sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PROPOSTA DE LITURGIA PARA O CULTO DA REFORMA - 2014

“VIDAS MOLDADAS EM COMUNHÃO



Material necessário: pequenos vasos de cerâmica, que serão distribuídos na entrada da Igreja. Dentro dele pode ser colocado um versículo bíblico de acordo com o tema do Culto ou a oração de confissão de pecados de Martim Lutero.
Preparação do ambiente: diante do altar, vasos de cerâmica de diferentes formas e tamanhos.

 
LITURGIA DA ENTRADA
Prelúdio
Acolhida
L: Bom Dia! / Boa noite!
Celebramos neste culto a história da Igreja Luterana, oriunda do Movimento da Reforma, no século 16. Muitas mãos contribuíram para que a Igreja Cristã fosse reformada e pudesse estar constantemente orientada pela Palavra de Deus, que nos liberta para amar a servir.
A partir da Reforma é possível afirmar que “de Deus nada se compra. Tudo se recebe! Por gratidão, podemos servi-lo com alegria!” Assim também Martim Lutero, Katharina von Bora e tantas outras pessoas serviram a Deus ao longo da história da cristandade!
Somos pessoas moldadas diariamente por Deus, o grande Oleiro, para que tenhamos vida de comunhão, vidas que promovem paz, justiça, civilidade e respeito onde vivemos.
Assim celebramos este culto com alegria, dando graças a Deus pelas vidas que foram moldadas por Deus para atuarem antes, durante e após a Reforma da Igreja.

Agradecemos pelas nossas vidas que são moldadas para viverem em comunhão no serviço ao Trino Deus, dentro e fora da Igreja!
Saudação
L: Que a graça e o amor de Deus, que é vida, a força e a coragem do Espírito de Sabedoria, a paz e a misericórdia do Cristo Ressuscitado estejam conosco. Amém!
Canto
Oração de Confissão dos Pecados (em pé)
(Durante a oração de confissão dos pecados cada pessoa segura o vaso em suas mãos)
C: “Vê, Senhor, que sou um vaso que carece muito de ser preenchido.
Meu Senhor, enche o vaso, pois sou pessoa fraca na fé.
Fortalece-me, pois sou pessoa fria no amor.
Aquece-me e torna-me quente, para que meu amor transborde para o próximo e a próxima.
Não tenho fé robusta e forte, acontece que sou pessoa acometida de dúvidas,
não podendo confiar em ti inteiramente.
Ó Senhor, ajuda-me, faze crescer minha fé e confiança.
Tudo o que tenho se encerra em ti.
Eu sou pobre, tu és rico e vieste para receber em misericórdia às pessoas pobres.
Eu sou pessoa pecadora, tu és justo.
Comigo está a doença do pecado, em ti está a plenitude da justiça.
Por isso quero ficar contigo, não preciso dar de mim para ti:
de ti posso receber. Amém
.” (Martim Lutero).
L: Entregamos diante de Ti, ó Deus, tudo aquilo que pesa em nós, tudo o que nos afasta de Ti e ofende as pessoas ao nosso redor. Entregamos nossos pecados e fraquezas nas tuas mãos, para que teu amor e tua graça quebrem o nosso preconceito, nosso orgulho, nossa solidão, nossa prepotência, nossas maldades e ações violentas. Sabemos que tudo isso te ofende e produz indiferença e frieza nas relações humanas. Quebra e transforma nossa vida, ó Deus, para que ela esteja sempre ao teu serviço, em alegria, paz e comunhão. Assim cantamos:
CantoEu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do Oleiro. Quebra minha vida, e faze-a de novo, eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo! (2x) (421 HPD 2)
Absolvição
L: Como pessoas amadas e perdoadas por Deus, que nos aceita por graça e fé, que nos motiva para irmos e não mais pecar e nos conduz rumo à santificação, somos perdoadas e perdoados, pois assim está escrito:
“Mas tu, ó Senhor Deus, és o nosso Pai; nós somos o barro, tu és o oleiro; todos nós fomos feitos por ti. Não continues tão irritado, ó Senhor, nem lembres para sempre os nossos pecados. Não esqueças que somos o teu povo.” (Isaías 64:8-9)
CantoComo tu queres, Senhor sou Teu, tu és o oleiro, barro sou eu.
Quebra e transforma, até que enfim, tua vontade se cumpra em mim.
 (2x) (194 HPD 1)
L: Louvamos a Deus que ouve a nossa oração, aceita nosso pedido de perdão e nos conduz para uma vida de santificação diária, pois conforme as palavras do Reformador Martin Lutero:
“A vida cristã não consiste em sermos piedosos, mas em nos tornarmos piedosos.
Não em sermos saudáveis, mas em sermos curados.
Não importa o ser, mas o tornar-se.
A vida cristã não é descanso, mas é um constante exercitar-se.
Ainda não somos o que devemos ser, mas em tal seremos transformados.
Nem tudo já aconteceu e nem tudo já foi feito, mas está em andamento.
A vida cristã não é o fim, mas o caminho.
Ainda nem tudo está luzindo e brilhando, mas tudo está melhorando.
” (Martim Lutero)
Glória
Deus nos ouve. Deus nos alcança com seu amor, perdão e cuidado a cada dia. Cantemos louvores a este Deus que nos conduz pela vida cristã para pensamentos e ações de paz, amor e comunhão:
C ♫: Glorificado seja teu nome, glorificado seja teu nome.
Aleluia, aleluia, aleluia, glória a Jesus!
 (2x) (253 HPD 1)
Oração do dia 
L: Louvamos-te, Deus da vida, que ao longo da história moldaste homens e mulheres para te servirem. Nós te pedimos, molda-nos hoje e sempre para que a tua Palavra nos desperte para ações de paz, inclusão e respeito para com todas as criaturas que surgiram das tuas mãos. Que nossa vida, como um vaso de barro, receba tua graça e teu perdão para que transborde em comunhão e justiça a favor de tantas pessoas que se irmanam na fé, na esperança e no amor. Em nome de teu filho, Jesus Cristo, nós oramos. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA
Leituras Bíblicas
L: Aclamemos o Evangelho deste culto em pé e cantemos Aleluia, cântico dirigido a Deus e significa “Louvado sejas”:
C ♫: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! (2x)
Leitura de João 8.31-36
(A ideia é que comentários da peça teatral “Memórias de Katharina”1  sejam lembrados durante o culto, após as leituras bíblicas, durante e após a pregação, como forma de ressaltar o empenho e serviço a Deus de pessoas que por ele foram moldadas).
Comentário da Peça Teatral “Memórias de Katharina”:
“Martim Lutero dizia que ‘um cristão é senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém. Um cristão é servidor de todas as coisas e sujeito a todos’. Martim Lutero viveu como pessoa liberta em Cristo, por isso trocou seu nome de Ludher, com dh, que significa vagabundo, para Luther, Lutero, com th, que significa liberto. Por sentir-se livre ele serviu a Deus. Traduziu a Bíblia para a língua alemã e fez questão de que os cultos acontecessem na nossa língua para que as pessoas pudessem compreender o que estava sendo pregado e não se deixassem ludibriar por vozes que não eram coerentes com o Evangelho de Jesus Cristo. Martim também pressionou os príncipes para que criassem escolas em seus territórios e oportunizassem o aprendizado da escrita e da leitura a todo menino e a toda menina. Criticou a usura das pessoas nos seus negócios e toda desonestidade e injustiça na relação entre patrão e empregados. Escreveu muito e ajudou as pessoas a conhecer um Deus que ama e que liberta do poder da morte e do pecado mediante a fé, sem qualquer mérito pessoal.”
Comentário da Peça Teatral “Memórias de Katharina”
“Foi incrível tudo o que aconteceu! Quem diria que os escritos do Dr. Martim Lutero entrariam no Convento Marienthron e que a sua leitura causaria todo este tumulto. De fato, depois que lemos que não é necessário servir a Deus nos conventos, mas que ele chama cada uma e cada um a servi-lo diariamente, através de sua atividade profissional ou estudantil, não vimos mais sentido em permanecer em reclusão! O mesmo pensaram freiras e monges em outros conventos que também se afastaram da vida em reclusão nos conventos. No Domingo de Páscoa, o dia da nossa fuga, chegamos até a cidade de Torgau e permanecemos lá até a terça feira. Três de nós encontraram abrigo junto as suas famílias ali mesmo. Ainda que tenhamos sido bem acolhidas, inclusive com aplausos por parte da população da cidade, as pessoas não queriam que permanecêssemos em Torgau porque naquele principado, quem auxiliasse uma freira, corria risco de pena de morte. Então seguimos até Wittenberg.”
Canto
Pregação
A partir destes comentários da peça teatral “Memórias de Katharina” e do Evangelho percebemos que Deus nos torna pessoas livres para amar e servir, em qualquer lugar onde estejamos. O que motiva esta vida de serviço é a comunhão e a relação de justiça e equidade entre as pessoas que são moldadas por Deus, quer seja na casa, no trabalho, na igreja, na sociedade em geral.
As 13 freiras do Convento Marienthron agiram com a certeza de terem sua liberdade garantida para servir a Deus de um modo diferente daquele ensinado no século 16. Motivadas pela Palavra de Deus e pelos conselhos de Martim Lutero elas agiram unidas e destemidas para servirem a Deus também fora dos muros do convento, na certeza de que estavam sendo moldadas e cuidadas por Deus.
E hoje, o que e quem nos motiva a servir?
Outros momentos da vida de Katharina Von Bora nos lembram o quanto ela se deixou moldar no serviço ao Deus da vida. Vejamos:
Comentários da Peça Teatral 
(Os trechos da peça teatral poderão ser lidos por diferentes mulheres caracterizadas de Katharina Von Bora. O cenário poderá ser uma mesa com livros, um jardim ou uma pequena cozinha. Neste cenário poderá ser usado grandes jarras ou potes de barro. Os trechos poderão ser intercalados com estrofes do hino: Deus é Castelo Forte e Bom ou outros).
KatharinaAos 16 anos fui ordenada freira e foi quando recebi meu hábito. Nós trabalhávamos muito no mosteiro, especialmente na horta e no estábulo. Lá aprendi a cuidar de doentes e a lidar com chás e ervas medicinais. Aprendi a ler e a escrever e tive iniciação em latim. Também cantávamos e orávamos muito.
Segundo ele (Martin Lutero) entendemos corretamente que todas as pessoas são chamadas a servir a Deus através da profissão que exercem, no dia a dia. Sendo assim, não é necessário que as pessoas precisem viver em reclusão, nos conventos, isoladas de tudo, para agradar a Deus.
Canto
Katharina: Bem, ele ainda disse que, de fato, com muito estudo da Bíblia, percebeu que Deus nos salva porque ele nos ama, por causa de sua misericórdia. Nada, mas nada mesmo do que façamos fará com que conquistemos o seu perdão. Ele nos perdoa por graça, mediante a fé. Isto está escrito na carta do apóstolo Paulo aos Romanos!
Martim Lutero, então, escolheu como marido para mim um pastor, mas este eu não quis. Mandei um recado, por um amigo do Dr. Martim Lutero, dizendo-lhe que com este tal pastor eu não me casaria de forma alguma, mas se Lutero quisesse casar-se comigo eu não me recusaria. Apesar do medo que o Dr. Martim Lutero sentia de casar-se, visto que supunha ser assassinado a qualquer momento, algo aconteceu...! Ele já havia se pronunciado a respeito do casamento dizendo ser este um espaço privilegiado para homem e mulher servir a Deus. Nós nos casamos na noite de 13 de junho de 1525: Martim tinha 42 anos e eu 26!
Canto
Bem, nosso casamento foi uma bela festa no Schwarzes Kloster, um antigo mosteiro que Martim recebeu da Universidade como moradia. Nos anos seguintes a casa encheu-se de vida: Tivemos três meninas e três meninos. Também acolhemos conosco muitos sobrinhos e sobrinhas. Martim se ausentava de casa frequentemente e, muitas vezes, por longos períodos, em função das questões da Reforma. Não se esquecia, no entanto, de escrever às crianças e, sempre que possível, lhes trazia uma lembrança do lugar onde estivera. Nosso grande pesar foi a perda, ainda bebê, de nossa segunda filha, Elisabeth. Isto foi realmente difícil de superar! Mas Deus nos concedeu muitas alegrias com nossas filhas e filhos. Lembro-me, com saudade, dos natais em família, quando nossas filhas e filhos ainda eram crianças...!
O conhecimento sobre o uso de ervas medicinais que adquiri quando vivia no Convento Marienthron me foi de grande valia, em diversas ocasiões. Até mesmo pessoas da cidade vinham até a nossa casa solicitar auxílio na doença. Quando Martim viajava, costumava escrever-me cartas sobre diversos assuntos. Ora me mantinha a par dos acontecimentos políticos que envolviam a Reforma, ora me atualizava sobre as discussões teológicas, ora solicitava minha opinião a respeito de algum assunto ou me pedia para encaminhar a publicação de mais um de seus escritos.
Sempre achei muito simpático e amoroso a forma como Martim se dirigia a mim na introdução de suas cartas. Vejam só: em 7 de fevereiro de 1546 ele escreveu (Katharina lê!): “Minha querida dona-de-casa Katharina Luther, doutora, mercadora de porcos de Wittenberg, minha graciosa senhora, em mãos e pés.” Alguns dias depois, em 10 de fevereiro de 1546, ele escreveu novamente: “À santa, mulher preocupada, senhora Katharina Luther, doutora, mulher de Zülsdorf (esta é a cidade onde adquirimos terras que pertenciam à minha família), minha graciosa, querida dona-de-casa.” Em muitas cartas Martim encerrava com as seguintes palavras: “Martinus Luther, teu querido amorzinho.
Lembro que nem sempre pude assistir aos cultos do meu querido Lutero, pois muitas vezes estava ocupada fazendo visitas a pessoas idosas, doentes, enlutadas, onde também usava meus conhecimentos com ervas medicinais, chás, pomadas para feridas e dores reumáticas e técnicas de massagens2.
Hino
Confissão de Fé (sugestão)
Nós cremos todos num só Deus – (cantado ou lido)
Hino 88 – HPD 1 – Martim Lutero
1. Nós cremos todos num só Deus, Criador de céu e terra.
Nós todos somos filhos seus; nele todo o amor se encerra.
Quer unir-nos com carinho, alma e corpo preservar-nos;
tira o mal que há no caminho; perdição não há de alcançar-nos.
Protege-nos com seu amor. Tudo está nas mãos do Senhor.
2. Nós cremos todos em Jesus, Filho Seu, Deus glorioso,
eterno, como o Pai na luz, Deus igual e poderoso.
Foi nascido de Maria, pelo Espírito gerado;
trouxe a nova da alegria, em favor do homem condenado.
Na cruz foi morto, mas por Deus, ressurgiu e retornou aos céus.
3. Nós cremos todos com fervor em o Espírito Divino.
Com Deus e com Jesus, Senhor, o adoramos em nosso hino.
Guarda toda a cristandade e a conserva sempre unida;
perdoando a iniquidade, nos concede a eterna vida.
Após a luta, o Senhor há de nos levar ao seu fulgor.
Oração Geral da Igreja
L: Graças rendemos a Ti, Deus Eterno, que moldas a vida de tantas pessoas, que as chama, as orienta, as conduz para o serviço de amor e gestos de paz neste mundo.
Graças redemos pela vida de homens e mulheres que encorajaste com teu Santo Espírito para testemunharem a tua verdade contida na Palavra que nos torna livres para amar e servir.
Intercedemos pela tua Igreja, para que seja sempre reformada e seja moldada por ti, sendo espaço de comunhão, de acolhida, de repouso e aconchego nos momentos difíceis da vida.
Intercedemos pelas lideranças da Igreja, que sejam moldadas para ações de bondade, misericórdia e compaixão em suas ações e decisões.
Intercedemos para que todas as pessoas sejam valorizadas com respeito e dignidade dentro da Igreja e fora dela, para que haja sinais do teu Reino entre nós, sinais de civilidade, justiça e respeito para com todas as criaturas que integram a tua vasta e diversa Criação.
Molda-nos, ó Deus, para que espalhemos sinais de amor, esperança e partilha neste mundo. Molda-nos para que pessoas sejamos de ações violentas que agridem nosso próximo e toda a tua criação. Molda-nos para que possamos ir ao encontro das pessoas que sofrem, das doentes, enlutadas, menosprezadas, injustiçadas, oprimidas e solitárias.
Molda-nos para que sejamos sempre instrumentos de paz, amor e respeito promovendo gestos de vida e comunhão.
Em nome de Jesus Cristo, teu filho amado, nós oramos. Amém.
(Se por algum motivo, a Ceia do Senhor não for celebrada, conclui-se a Oração Geral com o Pai-nosso)
Hino

LITURGIA DA CEIA
Preparação da mesa
L: A nossa oferta em dinheiro é um gesto de gratidão a Deus e de solidariedade para com as pessoas. Ofertando, nos colocamos como o barro nas mãos do Oleiro, e nos comprometemos com o serviço e a comunhão com Deus, com a próxima e o próximo. As ofertas deste culto estão destinadas para .....
L: Enquanto cantamos o hino....... as ofertas serão recolhidas e os elementos da Ceia serão trazidos ao altar.
Canto
L: Louvamos-te, Deus de bondade, por teu agir bondoso e amoroso em nosso viver.
Louvamos-te pelas dádivas da tua criação, pelas ofertas aqui trazidas, pelo pão e o fruto da videira presentes nesta mesa. Louvamos-te pelo teu amor que nos molda e nos capacita para te servir. Que a ceia que aqui vamos celebrar seja um sinal concreto da salvação que teu filho Jesus Cristo nos oferece. Que ela nos fortaleça no testemunho da verdadeira comunhão.
C: Amém.
L: (Diálogo) O Senhor esteja com vocês.
C: E também com você.
L: Vamos elevar nossos corações a Deus.
C: Ao Senhor os elevamos.
L: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
C: Isso é digno e justo.

Oração Eucarística
L: Ó Deus, tu que nos moldas e nos transformas. Nós te rendemos graças e louvores pela tua forma amorosa e acolhedora de agir. Louvamos-te por que chamaste a homens e mulheres e confiaste a eles e a elas a tua missão de anunciar e propagar o teu reino de amor, bondade, justiça, respeito e cuidado. Inscreveste ao longo da história a lei do amor nos corações humanos e fizeste com que teu povo te servisse e fosse fiel a ti e ao teu querer. Por isso, ó Deus, o teu nome exaltamos cantando.
C♫Santo, santo, santo, meu coração te adora. Meu coração só sabe dizer: Santo és, Senhor. (HPD 2 - 364)
L: Louvado sejas, Deus de amor, por teu Filho, Jesus Cristo, que foi fiel ao teu chamado e morreu e ressuscitou por nós, por amor ao mundo. Ele veio nos salvar e nos motivar a agir com gestos de partilha, justiça, em diálogo e harmonia com nossos irmãos e irmãs.
L: Jesus Cristo, teu filho que te serviu até o fim, reuniu-se com seus companheiros e companheiras da caminhada. E na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, o deu às pessoas ali reunidas, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memória de mim.
L: Derrama, ó Deus da vida, o teu espírito de igualdade, força e criatividade sobre nós, o mesmo que enviaste a teus discípulos e discípulas, aos homens e mulheres da Reforma da Igreja e a todas as pessoas que por ti foram chamadas e moldadas ao longo da história. Envia teu Espírito de amor e nos transforma para vivermos em comunhão.
C♫: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da Terra.:/
L: Lembramos, Deus do amor, das pessoas que serviram a tua Igreja nas gerações passadas e em todos os tempos, deixando marcas de renovação e testemunho de amor entre nós. Reúne-nos com elas à festa da alegria no Reino pleno de paz e justiça.
L: Como barro em tuas mãos, queremos fazer tua vontade neste mundo, servindo-te com alegria, coragem, sabedoria e fé, na certeza de que a lei do amor domina nossas mentes, corpos e ações. A uma só voz, oramos como teu Filho Jesus Cristo, nos ensinou:
PAI NOSSO
(Segue como sugestão a meditação sobre o Pai Nosso escrita por Katharina Zell3, em 1558. Poderá ser impressa, distribuída ou lida em conjunto).
L: “Nosso Pai, que habita no céu.”
CEle não é chamado de Senhor ou Juiz, mas Pai. E desde que Ele nos enviou seu filho e nós nascemos de novo, nós devemos chamá-lo de avô também. Ele deve ser admirado também como uma mãe que soube das aflições do nascimento e o prazer de amamentar.
L: “Santificado seja o teu nome.”
CDevemos abraçar isso com respeito, não só pelo nosso comportamento, os outros abraçaram isso com reverência.
L: “Venha teu reino.
CQue reines em nossos corações, alma, corpo e consciência.
LSeja feita a tua vontade.
CSalve-nos de murmurar contra qualquer cruz que jaz sobre nós.
L: “O pão nosso de cada dia, nos dá hoje.”
CAbençoe o labor de nossas mãos para que possamos fazer nossa própria comida e também para os outros. Dê-nos do pão e da água de cada dia, do qual se alguém comer ou beber nunca mais terá fome ou sede. Como os grãos de trigo se tornam um pão, que assim nós possamos nos unir em Cristo, prontos para com Ele enfrentar pobreza, dor e vergonha.
L: “Perdoe as nossas dívidas.
CSalve-nos dos ressentimentos quando somos caluniados e desprezados, como Cristo, que como uma ovelha que antes de ser tosquiada permanece muda e não abre sua boca.
L: “Livra-nos da tentação” de acreditar que nós fomos verdadeiramente perdoados, enquanto o rancor permanece e perante a tentação desesperadora da tua misericórdia, esquecer que Pedro e Maria Madalena foram perdoados.
C: “Liberta-nos dos demônios”, da fome, da guerra, escassez e aborrecimento, mesmo se esta for a tua vontade.
L: “Pois teu é o Reino.
CCristo deve reinar no céu e na terra.
L: “E o poder.”
CAssim mesmo como libertaste Israel, liberta-nos.
L: “E a glória.”
CAssim como deste o seu sopro para cada coisa que vive, porque a tua glória não tem fim.
T: “Para sempre. Amém!” (Kathrina Zell)
Gesto da paz
L: Vamos desejar a paz de Cristo que molda nosso agir, pensar e falar, com um aperto de mão ou um abraço aos nossos irmãos e nossas irmãs enquanto cantamos:
C♫: A paz de Jesus eu te dou, a paz do Senhor e o seu amor! (369HPD 2)
Fração
L.: O cálice da bênção pelo qual damos graças é a comunhão no sangue de Cristo. O pão que partimos é a comunhão no corpo de Cristo.
C♫Nós, embora muitos, somos um só corpo.
Comunhão 
L: Venham, pois tudo já está preparado. Participemos com alegria da mesa da comunhão que nos une e fortalece na missão da Igreja.
C♫: Este é meu corpo partido por ti;
traz salvação e dá a paz;
tome e come, e quando o fizeres,
faze-o em amor por mim.
Este é o meu sangue vertido por ti;
traz o perdão e liberdade;
Toma e bebe e quando o fizeres,
faze-o em amor por mim
. (357 HPD 2)
Oração pós-comunhão
L: Deus de bondade, agradecemos-te pela tua misericórdia e acolhida em tua mesa. Renova-nos na fé, na esperança e no amor e ajuda-nos para que, ao sairmos daqui, o corpo e o sangue de Jesus Cristo nos sustente na caminhada como Igreja que vive e celebra a comunhão. Molda a vida de homens e mulheres para um mundo solidário, justo e amoroso. É o que te pedimos em nome de Jesus Cristo, teu Filho amado, nosso Salvador.
C.: Amém.

LITURGIA DE SAÍDA
Avisos
Canto Final
Bênção 
Como barro nas mãos do Oleiro, Deus te abençoe!
Como barro moldado pelo Oleiro, Deus te use!
Como vaso novo, Deus te revigore para o serviço de amor e alegria!
Como vaso de barro, Deus te molde sempre para uma vida de comunhão!
Assim te abençoe o Deus que te criou, te moldou e te sustenta para seres vaso novo na tua casa, na Igreja, na sociedade, em qualquer lugar onde estiveres.
Envio
Que o Deus Eterno, Criador e Moldador de vidas nos guie para servi-lo com amor e alegria, hoje e sempre. Um abençoado dia e vão na paz do Cristo Ressuscitado, com a força do Espírito Vivificador. Amém.
Poslúdio
Notas:
1.A peça Teatral “Memórias de Katharina” foi escrita pela Pa. Ms. Scheila dos Santos Dreher e está disponível no Portal Luteranos no endereço:
http://www.luteranos.com.br/conteudo_organizacao/confessionalidade-luteranos-em-contexto/memorias-de-katharina
2. Do Livro: Katharina Von Bora – uma biografia, de Heloisa Gralow Dalferth, Editora Otto Kuhr, 2014, p.43-44.
3.Para saber mais sobre Kathrina Zell veja matéria sobre “O Movimento da Reforma e a Participação das
   Mulheres” no blog: http://redemulheresluteranas.blogspot.com.br/p/estudo-biblico-teologico.html.


Liturgia elaborada pela Pa. Cristina Scherer
São Francisco do Sul-SC
Uma iniciativa da Rede de Mulheres e Justiça de Gênero das Igrejas Luteranas da América Latina e Caribe filiadas à FLM

PROPUESTA LITURGICA PARA EL CULTO 

DE LA REFORMA

OCTUBRE DE 2014

“VIDAS MOLDEADAS EN COMUNIÓN


Material necesario: pequeños vasos de cerámica, que serán distribuidos a la entrada de la Iglesia. Dentro de ellos puede ser colocado un versículo bíblico de acuerdo con el tema del Culto o la oración de confesión de pecados de Martin Lutero.

Preparación del ambiente: delante del altar, vasos de cerámica de diferentes formas y tamaños.


LITURGIA DE ENTRADA
Preludio

Bienvenida

L: Buenos días/tardes/noches!
Celebramos en este culto la historia de la Iglesia Luterana, oriunda del Movimiento de la Reforma, en el siglo 16.  Muchas manos contribuyeron para que la Iglesia Cristiana fuera reformada y pudiera estar constantemente orientada por la Palabra de Dios, que nos libera para amar y servir.
A partir de la Reforma es posible afirmar que “de Dios nada se compra; todo se recibe! Por gratitud, por poder servirle con alegría!”  Así también, Martín Lutero, Catalina Von Bora y tantas otras personas, sirvieron a Dios a lo largo de la historia de la cristiandad!
Somos personas moldeadas diariamente por Dios, el gran Alfarero, para que tengamos vida de comunión, vidas que promueven paz, justicia, civilización y respeto donde vivimos.
Así celebramos este culto con alegría, dando gracias a Dios por las vidas que fueron moldeadas por Dios para actuar antes, durante y después de la Reforma de la Iglesia.
Agradecemos por nuestras vidas que son moldeadas para vivir en comunión al servicio del Trino Dios, dentro y fuera de la Iglesia!

Saludo  (en pie)
L: Que la gracia y el amor de Dios, que es vida; la fuerza y el coraje del Espíritu de Sabiduría; y la paz y la misericordia del Cristo Resucitado, estén con nosotros.  Amén!

Canto: ___________________________________________________

Oración de Confesión de los pecados
(Durante la oración cada persona sostiene el vaso en sus manos)

C: “Mira, Señor, soy un vaso que necesita ser lleno. Mi Señor, llena el vaso, pues soy una persona débil en la fe.  Fortaléceme, pues soy una persona fría en el amor.  Anímame para que mi amor transborde para el prójimo.  No tengo fe sólida y fuerte, porque soy una persona  llena de dudas, y así no logro confiar en ti enteramente.
Oh Señor, ayúdame, haz crecer mi fe y confianza.  Todo lo que tengo se encierra en Ti.  Yo soy pobre, Tú eres rico y viniste para recibir en misericordia a las personas pobres.  Yo soy persona pecadora, Tú eres justo.  Conmigo está la enfermedad del pecado, en Ti está la plenitud de la justicia.  Por eso quiero estar contigo, no necesito dar de mí para Ti: de Ti puedo recibir.  Amén”. (Martín Lutero)

L: Entregamos delante de Ti, oh Dios, todo aquello que pesa en nosotros, todo lo que nos aparta de Ti y ofende las personas a nuestro alrededor.  Entregamos nuestros pecados y debilidades en tus manos, para que tu amor y tu gracia quebranten nuestro preconcepto, nuestro orgullo, nuestra soledad, nuestra prepotencia, nuestras maldades y acciones violentas.  Sabemos que todo eso te ofende y produce indiferencia y frialdad en las relaciones humanas.  Quebranta y transforma nuestra vida, oh Dios, para que ella esté siempre a tu servicio, en alegría, paz y comunión.  Así cantamos:
             
Canto: Haz lo que quieras, Señor de mí; Tú el alfarero, yo el barro soy;
              Dócil y humilde anhelo ser; Cúmplase siempre en mí tu querer.
Haz lo que quieras, Señor de mí; Mírame y prueba mi corazón;
Lávame y quita toda maldad para que pueda contigo estar.

Absolución
L: Como personas amadas y perdonadas por Dios, que nos acepta por gracia y fe, que nos motiva para ir y no más pecar y nos conduce rumbo a la santificación, somos perdonadas y perdonados, pues así está escrito:  “Ahora bien, Dios, Tu eres nuestro Padre; nosotros somos el barro y tú el alfarero.  Así que obra de tus manos somos.  No te enojes sobremanera, ni tengas perpetua memoria de la iniquidad.   Míranos ahora, pues pueblo tuyo somos todos nosotros”.  (Isaías 64:8-9 )

Canto: Haz lo que quieras, Señor de mí; Quita mis penas y mi dolor;
              Tuyo es, ¡Oh Cristo!, todo poder: Tu mano extiende y sanaré.
Haz lo que quieras, Señor de mí; Dueño absoluto sé de mi ser;
Del Paracleto dame la unción, y el mundo a Cristo pueda en mí ver.

L: Alabamos a Dios que oye nuestra oración, acepta nuestro pedido de perdón y nos conduce para una vida de santificación diaria, pues conforme a las palabras del Reformador Martín Lutero, recordamos que:
La vida cristiana no consiste en ser personas piadosas, sino en volvernos piadosas.  No consiste en ser saludables, sino en ser personas curadas.  No importa el ser, sino el volverse.  La vida cristiana no es descanso, sino que es una constante práctica.  Aún no somos lo que debemos ser, pero en tales seremos personas transformadas.  No todo ya sucedió y no todo ya fue hecho, pero está a camino.  La vida cristiana no es el fin, sino el camino.  Aún no todo está luciendo y brillando, pero todo está mejorando”. (Martín Lutero)

Gloria
L: Dios nos oye.  Dios nos alcanza con su amor, perdón y cuidado a cada día.  Cantemos loores a Dios que nos conduce por la vida cristiana para pensamientos y acciones de paz, amor y comunión.
C: Glorificado sea tu nombre//    Aleluya /// a Jesús (2x)

Oración del Día:
L: Te alabamos Dios de la vida, que a lo largo de la historia moldeaste hombres y mujeres para servirte.  Te pedimos, moldéanos hoy y siempre para que tu Palabra nos despierte para acciones de paz, inclusión y respeto para con todas las creaturas que surgieron de tus manos.  Que nuestra vida, como un vaso de barro, reciba tu gracia y tu perdón para que transborde en comunión y justicia a favor de tantas personas que se hermanan en la fe, en la esperanza y en el amor.  En nombre de tu Hijo, Jesucristo, oramos. Amén.  


LITURGIA DE LA PALABRA

(La idea es que comentarios de la pieza teatral “Memorias de Catarina”[1] sean recordadas durante el culto, después de la lectura bíblica, durante y después de la predicación, como forma de resaltar el empeño y servicio a Dios de personas que por Dios fueron moldeadas).

L: Aclamemos el Evangelio en pié y cantemos Aleluya, canto dirigido a Dios que significa: “Alabado seas”:
C♪: Aleluya!//// (2x)

Lectura Bíblica: Evangelio de Juan 8.31-36

Canto:

Predicación:
(Los trechos de la pieza teatral podrán ser leídos por diferentes mujeres caracterizadas de Catalina.  El escenario puede tener una mesa con libros, un jardín, una pequeña cocina con grandes jarras o potes de barro.  Los trechos pueden ser intercalados con estrofas del himno Castillo Fuerte u otros)

Comentario de la pieza teatral “Memorias de Catalina”:
“Martín Lutero decía que: “un cristiano es señor libre sobre todas las cosas y no está sujeto a nadie.  Un cristiano es servidor de todas las cosas y sujeto a todos”.  Martin Lutero vivió como  persona libre en Cristo, por eso cambió su nombre de Ludher, con dh, que significa vagabundo, para Luther, con th, que significa liberado.  Por sentirse libre él sirvió a Dios.  Tradujo la Biblia para la lengua alemana e hizo énfasis de que los cultos se realizaran en nuestra lengua para que las personas pudieran comprender lo que estaba siendo predicado y no se dejaran engañar por voces que no eran coherentes con el Evangelio de Jesucristo.  Lutero también presionó los príncipes para que crearan escuelas  en sus territorios y  providenciaran el aprendizaje de la escrita y de la lectura a todo niño y toda niña.  Criticó la ambición de las personas en sus negocios y toda deshonestidad e injusticia en la relación entre patrón y empleados.  Escribió mucho  y ayudó las personas a conocer un Dios que ama y que libera del poder de la muerte y del pecado mediante la fe, sin cualquier mérito personal”.

Catalina: “Fue increíble lo que sucedió!  Quien diría que los escritos del Dr. Martín Lutero entrarían en el Convento Marienthron y que su lectura causaría todo este movimiento.  De hecho, después que leemos que no es necesario servir a Dios en los conventos, sino que Dios llama cada una y cada uno a servirle diariamente, a través de su actividad profesional o estudiantil, no vimos más sentido en permanecer en reclusión!  Lo mismo pensaron monjas  y monjes en otros conventos que también se apartaron de la vida monástica.  En el domingo de Pascua, el día de nuestra fuga, llegamos hasta la ciudad de Torgau y permanecimos allá hasta el martes.  Tres de nosotras encontraron abrigo junto a sus familias allí mismo.  Aunque hayamos sido bien acogidas, inclusive con aplausos  por parte de la población de la ciudad, las personas no querían que permaneciéramos en Torgau porque en aquel principado, quien auxiliase una monja, corría el riesgo de pena de muerte.  Entonces seguimos hasta Wittenberg.”

L: A partir de estos comentarios de la pieza teatral “Memorias de Catalina” y del Evangelio, percibimos que Dios nos transforma en personas libres para amar y servir en cualquier lugar donde estemos. Lo que motiva esta vida de servicio es la comunión y la relación de justicia e igualdad entre las personas que son moldeadas por Dios, sea en casa, en el trabajo, en la Iglesia, en la sociedad en general.
Las 13 monjas del Convento Marienthron actuaron con la seguridad de tener su libertad garantizada para servir a Dios de un modo diferente de aquel enseñado en el siglo 16.  Motivadas por la Palabra de Dios y por los consejos de Martin Lutero ellas actuaron unidas y audaces para servir a Dios también fuera de los muros del convento, en la seguridad de que estaban siendo moldeadas y cuidadas por Dios.
Y Hoy, ¿qué y quién nos motiva a servir?
Otros momentos de la vida de Catalina Von Bora nos recuerdan cuanto ella se dejó moldear en el servicio al Dios de la vida.  Veamos:

Catalina: A los 16 años fui ordenada monja y fue cuando recibí mi hábito.  Nosotras trabajábamos mucho en el monasterio, especialmente en la huerta y en el establo.  Allí aprendí a cuidar de los enfermos y a lidiar con los tés y hierbas medicinales.  Aprendí a leer y escribir y tuve iniciación en latín. También cantábamos y orábamos mucho.  Según él (Martín Lutero), entendimos correctamente que todas las personas son llamadas a servir a Dios a través de la profesión que ejercen, en el día a día.  Siendo así, no es necesario que las personas necesiten vivir en reclusión, en los conventos, aisladas de todo para agradar a Dios.

Canto:

Catalina: Bien, él aún dice que, de hecho, con mucho estudio de la Biblia, percibió que Dios nos salva porque Él nos ama, por causa de su misericordia.  Nada, mas nada menos de lo que hagamos hará con que conquistemos su perdón.  Él nos perdona por gracia, mediante la fe.  Esto está escrito en la carta del apóstol Pablo a los Romanos! 
Martín Lutero, entonces, escogió como marido para mí un pastor, pero a este yo no lo quería.  Envié un recado, por medio de un amigo del Dr. Martín Lutero, diciéndole que con ese tal pastor yo no me casaría de ninguna manera, pero si Lutero quisiera casarse conmigo, yo no me negaría. 
A pesar del miedo que el Dr. Martín Lutero  sentía de casarse, puesto que suponía ser asesinado a cualquier momento, algo sucedió….! Él ya se había manifestado al respecto del matrimonio diciendo ser este un espacio privilegiado para el hombre y mujer servir a Dios.  Nosotros nos casamos en la noche del 13 de junio de 1525.  Martín tenía 42 años y yo 26!

Canto:

Catalina: Bien, nuestro matrimonio fue una bella fiesta en el Schwarzes Kloster, un antiguo monasterio que Martín recibió de la Universidad como vivienda.  En los años siguientes la casa se llenó de vida: Tuvimos tres niñas y tres niños.  También acogimos con nosotros muchos sobrinos y sobrinas.  Martin se ausentaba de casa frecuentemente y muchas veces, por largos períodos, en función de las cuestiones de la Reforma.  Sin embargo, no se olvidaba, de escribir a los niños y niñas siempre que le fue posible. Les traía recuerdos del lugar donde estuviera.  Nuestro grande pesar fue la pérdida, aún bebé, de nuestra segunda hija, Elizabeth.  Esto fue realmente difícil superarlo.  Pero Dios nos concedió muchas alegrías con nuestras hijas e hijos.  Me acuerdo, con nostalgia, de las navidades en familia, cuando nuestras hijas e hijos aún eran niños….!

El conocimiento sobre el uso de hierbas medicinales que adquirí cuando vivía en el Convento me fue de gran valor en diversas ocasiones.  Hasta las personas de la ciudad venían hasta nuestra casa para solicitar auxilio en la enfermedad. 

Cuando Martin viajaba, acostumbraba escribirme cartas sobre diversos asuntos.  Me mantenía a la par de los acontecimientos políticos que envolvían la Reforma, me actualizaba sobre las discusiones teológicas, solicitaba mi opinión al respecto de algún asunto o me pedía para encaminar la publicación de más uno de sus escritos.
Siempre me pareció simpática y amorosa la forma como se dirigía a mí en la introducción de sus cartas.  Por ejemplo: el 7 de febrero de 1546 él escribió (Catalina lee): “Mi querida dueña de casa Catalina Lutero, doctora, comerciante de puercos de Wittenberg, mi graciosa señora, en manos y pies”.  Algunos días después, el 10 de febrero de 1546, escribió nuevamente: “A la santa mujer preocupada, señora Catalina Lutero, doctora mujer de Zülsdorf (esta es la ciudad donde adquirimos tierras que pertenecían a mi familia), mi graciosa, querida dueña de casa”.  En muchas cartas Martín finalizaba con las siguientes palabras: “Martín Lutero, tu querido amorcito”.
Me acuerdo que ni siempre pude asistir a los cultos de mi querido Lutero, pues muchas veces estaba ocupada haciendo visitas a personas ancianas, enfermas, enlutadas, donde también usaba mis conocimientos con hierbas medicinales, tés, pomadas para heridas y dolores reumáticos y técnicas de masaje[2].                           

Canto:

Confesión de Fe (sugerencia)
Creemos en un solo Dios (cantado o leído)
Creemos en un solo Dios, Hacedor de tierra y cielo;
Cual Padre escucha nuestra voz, nos da vida, luz, consuelo.
Nos provee del sustento, campo, hogar y el alimento.
Él nos cuida en cuerpo y alma, nuestra cuita y pena alma
Nos guarda fiel en su bondad, librándonos de la maldad.

Creemos en Cristo Emmanuel, Unigénito del Padre;
Cual nuestro sustituto fiel Él nació de virgen madre.
Del altísimo engendrado, por María a luz fue dado.
Ningún mal ha cometido, su cruz nos ha redimido.
Por su triunfal resurrección nos brinda eterna salvación.

Creemos en el preceptor, Santo Espíritu divino,
Quien nos conduce al Salvador; guiándonos en su camino.
Nuestras almas ilumina, engendrando fe genuina.
Toda transgresión perdona, con sus dones nos corona.
Conserva fiel la cristiandad, le da el cielo en heredad.

Oración General de la Iglesia
L: Gracias rendimos a Ti, Dios eterno, que moldeas la vida de tantas personas, que las llama, las orienta, las conduce para el servicio de amor y gestos de paz en este mundo.   Gracias rendimos por la vida de hombres y mujeres que animaste con tu Santo Espíritu para dar testimonio de tu verdad contenida en la Palabra que nos hace libres para amar y servir.
Intercedemos por tu Iglesia, para que sea siempre reformada y sea moldeada por Ti, siendo espacio de comunión, bienvenida, reposo y consuelo en los momentos difíciles de la vida.  Intercedemos por los liderazgos de la Iglesia, para que sean moldeados para acciones de bondad, misericordia y compasión en sus acciones y decisiones.  Intercedemos para que todas las personas sean valoradas con respecto y dignidad dentro de la iglesia y fuera de ella, para que haya señales de tu Reino entre nosotros.  Señales de civilización, justicia y respeto para con todas las creaturas  que integran tu enorme y diversa creación.
Moldéanos, oh Dios, para que difundamos señales de amor, esperanza y servicio en este mundo.     Moldéanos para que podamos ir al encuentro de las personas que sufren, de las enfermas, enlutadas, menospreciadas, injusticiadas, oprimidas y solitarias.  Moldéanos para que seamos siempre instrumentos de paz, amor y respeto promoviendo gestos de vida y comunión.
Te lo pedimos en nombre de Jesucristo, tu hijo amado.  Amén.

(Se por algún motivo, la Cena del Señor no es celebrada, se concluye la Oración General con el Padre Nuestro)

Canto:


LITURGIA DE LA CENA

Preparación de la Mesa:
L: Nuestras ofrendas en dinero son una señal de gratitud a Dios y de solidaridad para con las personas.  Ofrendando nos colocamos como barro en las manos del Alfarero y nos comprometemos con el servicio y la comunión con Dios y con el prójimo y con la prójima.  Las ofrendas de este culto están destinadas para….

En cuanto cantamos el canto _____ las ofrendas serán recogidas y los elementos de la Cena serán traídos al altar.

Canto:

L: Te alabamos Dios de bondad, por tu actuación amorosa en nuestra vida.  Te alabamos por las dádivas de tu creación, por las ofrendas aquí traídas, por el pan y el fruto de la vid presentes en esta mesa.  Te alabamos por tu amor que nos moldea y nos capacita para servirte.  Que la cena que aquí vamos a celebrar sea una señal concreta de la salvación que tu Hijo Jesucristo nos ofrece.  Que ella nos fortalezca en el testimonio de la verdadera comunión.
C: Amén.
L: El Señor esté con ustedes.
C: Y también con usted.
L: Elevemos nuestros corazones a Dios.
C: Al Señor los elevamos
L: Demos gracias al Señor nuestro Dios.
C: Esto es digno y justo.

Oración Eucarística
L: Oh Dios, Tu que nos moldeas y nos transformas; te rendimos gracias y loor por tu forma amorosa y acogedora de actuar.  Te alabamos porque llamaste a hombres y mujeres y confiaste a ellos y a ellas tu Misión de anunciar y propagar tu Reino de amor, bondad, justicia, respeto y cuidado.  Inscribiste a lo largo de la historia la ley del amor en los corazones humanos e hiciste con que tu pueblo te sirviera y fuera fiel a Ti y a tu querer.  Por eso, oh Dios, tu nombre exaltamos cantando:
C♪: Santo, Santo, Santo, mi corazón te adora.  Mi corazón sabe decir: Santo eres tú.

L: Alabado seas Dios de amor, por tu Hijo Jesucristo, que fue fiel a tu llamado y murió y resucitó por nosotros, por amor al mundo.  Él vino a salvarnos y motivarnos a actuar con señales de servicio, justicia, en diálogo y harmonía con nuestros hermanos y hermanas.

L: Jesucristo tu Hijo, que te sirvió hasta el fin, se reunión con sus compañeros y compañeras de caminada y en la noche en que fue traicionado, tomó el pan y habiendo dado gracias, lo dio a las personas allí reunidas, diciendo: Esto es mi cuerpo, que es dado por ustedes, haced esto en memoria de mí.  Por semejante modo, después de haber cenado, tomó también el cáliz y dijo: Este cáliz es la nueva alianza en mi sangre; haced esto todas las veces que bebieres en memoria de mí.

L: Derrama oh Dios de la vida, tu Espíritu de igualdad, fuerza y creatividad sobre nosotros, el mismo que enviaste a tus discípulos y discípulas, a los hombres y mujeres de la Reforma de la Iglesia y a todas las personas que por Ti fueron llamadas y moldeadas a lo largo de la historia.  Envía tu Espíritu de amor y transfórmanos para vivir en comunión.
C♪: Envía tu Espíritu, Señor, y renueva la faz de la tierra.

L: Recordamos Dios de amor, a las personas que sirvieron en tu Iglesia en las generaciones pasadas y en todos los tiempos, dejando marcas de renovación y testimonio de amor entre nosotros.  Reúnenos con ellas en la fiesta de la alegría en el Reino pleno de paz y justicia.

L: como el barro en tus manos, queremos hacer tu voluntad en este mundo, sirviéndote con alegría, coraje, sabiduría y fe, en la seguridad de que la ley del amor domina nuestras mentes, cuerpos y acciones.  A una sola voz, oramos como tu Hijo Jesucristo nos enseñó:

(Sigue como sugerencia la meditación sobre el Padre Nuestro escrito por Katharina Zell[3], en 1558. Puede ser leída en conjunto)

L: Nuestro Padre, que habita en el cielo
C: Él no es llamado de Señor o Juez sino de Padre.  Y desde que Él nos envió su Hijo y nosotros nacimos de nuevo, nosotros debemos llamarlo de abuelo también.  Él debe ser admirado también como una madre que supo de las aflicciones del nacimiento y el placer de amamantar.
L: Santificado sea tu nombre
C: Debemos abrazar eso con respeto, no solo por nuestro comportamiento, los otros abrazaron eso con reverencia.
L: Venga tu reino
C: Que reines en nuestros corazones, alma, cuerpo y consciencia.
L: Hágase tu voluntad
C: Sálvenos de murmurar contra cualquier cruz que reposa sobre nosotros.
L: El pan nuestro de cada día, dánoslo hoy
C: Bendice la labor de nuestras manos para que podamos hacer nuestra propia comida y también para los otros.  Danos del pan y del agua de cada día, del cual si alguien come o bebe nunca más tendrá hambre o sed.  Como los granos de trigo se vuelven un pan, que así nosotros podamos unirnos en Cristo, listos para enfrentar con Él la pobreza, dolor y vergüenza.
L: Perdona nuestras deudas
C: Líbranos de los resentimientos cuando somos calumniados y despreciados, como Cristo, que como una oveja que antes de ser trasquilada permanece muda y no abre su boca.
L: Líbranos de la tentación
C: De creer que nosotros fuimos verdaderamente perdonados mientras el rencor permanece y ante la tentación desesperadora de tu misericordia, olvidar que Pedro y María Magdalena fueron perdonados.
L: Líbranos de los demonios
C: Del hambre, de la guerra, escasez y enojo, aunque esta fuera tu voluntad.
L: Pues tuyo es el Reino
C: Cristo debe reinar en el cielo y en la tierra
L: Y el poder
C: Así mismo como liberaste a Israel, libéranos a nosotros.
L: Y la Gloria
C: Así como diste tu soplo para cada cosa que vive, porque tu gloria no tiene fin.
T: Para siempre Amén.

Saludo de la paz
L: Vamos a desear la paz de Cristo que moldea nuestro actuar, pensar y hablar, con un abrazo a nuestros hermanos y hermanas mientras cantamos:
C♪:

L
: El cáliz de la bendición por el cual damos gracias es la comunión en la sangre de Cristo.  El pan que partimos es la comunión en el cuerpo de Cristo.
C: Nosotros aun siendo muchos somos un solo cuerpo!

L: Venid pues todo está preparado. Participemos con alegría de la mesa de la comunión que nos une y fortalece en la misión de la Iglesia.

Distribución de la Cena

Oración Post-Comunión:
L: Dios de bondad, agradecemos por tu misericordia y acogida en tu mesa.  Renueva nuestra fe en la esperanza y en el amor y ayúdanos para que al salir de aquí, el cuerpo y la sangre de Jesucristo nos sustenten en la caminada como Iglesia que vive y celebra la comunión.  Moldea la vida de hombres y mujeres para un mundo solidario, justo y amoroso.  Es lo que te pedimos en nombre de Jesucristo, tu Hijo amado, nuestro salvador.
C: Amén.


LITURGIA DE SALÍDA

Anuncios

Canto Final

Bendición
Como barro en las manos del Alfarero, Dios te bendiga!
Como barro moldeado por el Alfarero, Dios te use!
Como vaso nuevo, Dios te revigore para el servicio del amor y alegría!
Como vaso de barro, Dios te moldee siempre para una vida de comunión!
Así te bendiga el Dios que te creó, te moldeó y te sustenta para ser vaso nuevo en tu casa, en la Iglesia, en la sociedad, en cualquier lugar donde estés.

Envío
Que el Dios eterno, creador y modelador de vidas nos guíe para servirlo con amor y alegría, hoy y siempre.  Un día muy bendecido y vayan en la paz del Cristo Resucitado, con la fuerza del Espíritu vivificador. Amén.

Postlúdio


Liturgia elaborada por la Pa. Cristina Scherer
São Francisco do Sul – Santa Catarina – Brasil
Uma iniciativa de la Red de Mujeres y Justicia de Género de las Iglesias Luteranas de América Latina y Caribe filiadas a FLM.



[1] A Peça Teatral “Memórias de Katharina” foi escrita pela Pa. Ms. Scheila dos Santos Dreher e está disponível no Portal Luteranos no endereço: http://www.luteranos.com.br/conteudo_organizacao/confessionalidade-luteranos-em-contexto/memorias-de-katharina

[2] del Libro: Katharina Von Bora – uma biografia, de Heloisa Gralow Dalferth, Editora Otto Kuhr, 2014, p.43-44.

[3] Para saber mais sobre Kathrina Zell veja matéria sobre “O Movimento da Reforma e a Participação das Mulheres” no blog: http://redemulheresluteranas.blogspot.com.br/p/estudo-biblico-teologico.html