SUBSÍDIOS



PROPOSTA DE LITURGIA PARA O CULTO DA REFORMA

OUTUBRO DE 2013

Prelúdio

Saudação
L Dou as boas vindas a cada uma e cada um de vocês. Hoje celebramos os 496 anos da Reforma da Igreja. Como é de nosso conhecimento, a Reforma foi um movimento liderado por Martim Lutero, que não atuou sozinho, mas teve o apoio de muitas mulheres e muitos homens.
Em geral, somente a obra e os feitos de Martim Lutero são conhecidos e destacados. Mas sabemos que, ainda naquela época, também as mulheres tiveram uma participação fundamental na divulgação da Reforma. Queremos, neste culto, nomear, citar, conhecer algumas dessas mulheres.

Canto

Invocação 
L Espírito de Sabedoria, enche-nos com tua graça para podermos compreender a tua Palavra, enche-nos de alegria para podermos celebrar, reafirmar e seguir reformando-nos neste mundo mutável. Inspira-nos para seguirmos o exemplo das valentes mulheres e dos homens que se engajaram na reforma da tua Igreja, e dá que todo o nosso fazer e agir seja em nome do teu amor. Amém.

História de uma mulher da Reforma
Elizabeth de Brandenburg era uma jovem que, com somente 15 anos, foi obrigada a se casar com um viúvo de 40 anos. Ela nos faz pensar nas tantas jovens latino-americanas, que são obrigadas a viver com homens mais velhos para ter seu sustento. Aos 17 anos, Elizabeth se envolveu com o movimento da Reforma. Com a morte de seu marido, ela se tornou duquesa regente e governou por cinco anos, quando seu filho, Eric II, alcançou a maior idade. No período em que esteve no poder, Elisabeth introduziu a Reforma Protestante em seu território. Ela foi uma importante mulher da Idade Média, não somente por ter assumido o governo, mas também por ter sido uma mulher que apoiou o movimento da Reforma, além de escritora e estudar teologia. Martim Lutero e Felipe Melanchton a estimavam muito. Melanchton, em um dos seus escritos disse: “Elisabeth governou esta igreja com um coração materno, suave e doce, alimentada e nutrida pelo Evangelho”.

Canto

Oração do dia 
(sola escriptura)

L Ó Deus, aprendemos de Lutero que toda Escritura Sagrada foi por ti inspirada, sendo ela útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver. Isso é assim para que o teu servo e a tua serva estejam completamente preparados e preparadas, e em prontidão para fazer todo tipo de boas ações.
C Graças te damos, Deus de amor, pela Sagrada Escritura. Nela lemos a tua santa Palavra e por meio dela recebemos os teus ensinamentos assim como a missão baseada no teu evangelho.

(sola fide)

L Ó Deus, conforme lemos em Romanos 3, todas e todos nós pecamos e nos afastamos da tua presença. Mas, pela sua graça que nada exige em troca, somos aceitas e aceitos por meio de Cristo Jesus, que nos salva. Graças te damos por teu filho, Jesus Cristo, que, pela sua morte na cruz, foi oferecido como sacrifício por nós. Por meio dele e pela fé nele recebemos o perdão dos nossos pecados. Graças te damos, ó Deus, porque tu nos aceitas pela fé somente e não pelo que a lei nos ordena fazer.
C Ó Deus, conforme lemos em Romanos 5, fomos aceitas e aceitos pela nossa fé em ti. Temos paz contigo por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, a vida na tua graça. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da tua glória.

(sola gracia)

L Ó Deus, lemos em Efésios 2 que pela graça somos salvas e salvos por meio da fé. Isso não vem de nós, mas é um presente dado por ti. Graças te damos, pois a salvação não é o resultado dos nossos esforços e ninguém pode se orgulhar de tê-la. Tu, ó Deus, nos fizeste o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus, tu nos criaste, para que fizéssemos as boas obras já preparadas para nós.
C Por tua graça, ó Deus, estamos salvas e salvos. Graças te damos porque nos enviaste o teu único filho, Jesus, para morrer na cruz por nossos pecados e pela nossa salvação. Louvamos-te eternamente. Amém.

Leitura responsiva do Salmo 46

L Deus é nosso refúgio e a nossa força
C socorro que não falta em tempos de aflição.
L Por isso, não teremos medo, ainda que a terra seja abalada, e as montanhas caiam nas profundezas do oceano.
C Não teremos medo, ainda que os mares se agitem e rujam, e os montes tremam violentamente.
L Há um rio que alegra a cidade de Deus, a casa sagrada do altíssimo.
C Deus vive nessa cidade, e ela nunca será destruída, de manhã bem cedo, Deus a ajudará.
L As nações ficam apavoradas, e os reinos são abalados.
C Deus troveja e a terra se desfaz. O Senhor Todo-Poderoso está do nosso lado; o Deus de Jacó é nosso refúgio.

História de uma mulher da Reforma
L A confiança em Deus movia o agir e pensar de Argula von Stauff, forte opositora do regime de governo de sua época, que proibia ler e falar sobre os ensinamentos de Martim Lutero. Argula von Stauff ficou conhecida como a primeira escritora protestante. Escreveu cartas, em forma de panfletos, que foram publicadas, onde defendia, com argumentos bíblicos e teológicos, o ideal da Reforma Protestante. Ela também se correspondia e conversava com os reformadores. Martim Lutero a reconheceu como um “instrumento especial de Cristo”.

Canto

Liturgia da Palavra 

1ª Leitura: Filipenses 2.12-13

2ª Leitura: Mateus 10.26b-33

Prédica

Canto

História de uma mulher da Reforma
L Não podemos deixar de mencionar a mulher que esteve ao lado de Martim Lutero, Catarina von Bora. Catarina era uma mulher empreendedora, reconhecida, hoje, como a primeira a desenvolver iniciativas empresariais na área rural. Além de suas habilidades administrativas, Catarina foi a grande aliada de seu esposo, o reformador. Provavelmente, participou de muitos debates e conversas teológicas com estudantes e outros reformadores, que aconteceram ao redor da mesa de sua casa. Lutero a chamou não somente de “minha amada”, ou “minha estrela da manhã de Wittenberg”, como também de “minha senhora Kathe” e “Catarina, a ‘Lutera’”. Em uma conversa à mesa, Lutero disse: “Ela me foi dada por Deus, assim como eu fui dado a ela”.

Oração da Igreja
L Deus, que iluminaste a mulheres e homens na Reforma, pedimos-te por todas as Igrejas Luteranas do mundo; que o teu Santo Espírito abençoe o peregrinar dessas Igrejas assim como os seus esforços na busca por um mundo melhor.
C Deus de amor, escuta a nossa oração.

L Pedimos-te, Deus, que nos mantenhas unidas e unidos em teu amor, em tua justiça e em tua paz. Pedimos-te força para seguir lutando a favor das pessoas necessitadas, tanto espiritual quanto social e economicamente.
C Deus de bondade, escuta a nossa oração.

L Deus de amor, te damos graças porque nos reúnes em tua Igreja, a IECLB. Graças te damos pela oportunidade de escutar a tua Palavra. Graças pelas pessoas jovens que, assim como Elisabeth de Brandenburg, como Maria, a mãe de Jesus, Timóteo e Jeremias, também jovens, anunciaram a tua mensagem.
C Deus, te louvamos e te damos graças.

L Deus, que se revelou a Maria Madalena, no sepulcro, dando-lhe a missão de ser a primeira testemunha da ressurreição, graças te damos pelo seu testemunho corajoso. Ajuda-nos a enfrentar situações de injustiça, como as que Maria Madalena enfrentou, quando não foi levada a sério ao testemunhar a tua ressurreição. Pedimos-te por tantas mulheres que, ainda hoje, não são levadas a sério em seu testemunho de vida e fé, ou quando são tratadas de forma injusta. Ajuda-nos a ser solidárias e solidários e a ter a força de Maria.
C Deus, por teu grande amor, escuta a nossa oração.

L Deus de amor e de sabedoria, lembramo-nos das mulheres que deixaram marcas em sua caminhada. Mulheres sábias e lutadoras, que, em diferentes épocas, enfrentaram restrições e preconceitos no anúncio da tua Palavra (aqui se menciona as mulheres de ontem e de hoje, que abriram caminho em nossas Igrejas, em nossa região, em nossa comunhão de igrejas).

Por Cristo, que nos ensinou a orar...

Pai nosso...

Bênção
Que Deus de Eva te ensine a discernir o bem e o mal;
Que Deus de Agar conforte a ti e a todas as mulheres quando se sentirem sozinhas no deserto de suas vidas;
Que Deus de Miriam te faça instrumento de libertação;
Que Deus de Débora te conceda audácia e coragem para lutar pela justiça;
Que Deus de Ester te conceda a força para enfrentar os poderosos e atuar em favor do povo subjugado;
Que Deus de Maria de Nazaré abra seu coração para receber com alegria a Palavra daquele que vive para sempre;
Que Jesus, que encontrou a samaritana, te faça evangelizadora do povo;
Que Jesus, que curou a mulher encurvada, liberte a ti e a todas as mulheres oprimidas pelas tradições culturais escravizadoras;
Que Jesus, ungido por uma Mulher, te faça sua profetisa e seu profeta para que proclames com alegria e entusiasmo a sua Palavra;
Que Jesus, o amigo de Maria Madalena, te envie a anunciar, para todas as pessoas, a sua mensagem de libertação;
Que o Espírito divino te consagre para que possas proclamar boas novas às pessoas pobres e libertação às pessoas oprimidas;
Em nome de Deus, que é, que era e que sempre será Deus-conosco. Amém.

Canto final

Envio

------------------------------------------------------------------------------------------


Sugestão de Liturgia para Celebração do Dia Internacional da Mulher

8 DE MARÇO DE 2013

Liturgia da entrada
Prelúdio
Acolhida
L Celebramos neste dia a grande bênção de sermos mulheres. Nossos jeitos, nossas ideias, nossos dons, tudo o que nos faz mulheres e que nos fortalece cada dia para seguir lutando e abrindo caminhos para que este mundo seja diferente, inclusivo e igualitário em relação a direitos e oportunidades.
Recordamos as muitas mulheres que abriram caminhos e lutaram pelo fim da violência contra as mulheres e reivindicaram nossos direitos. Unimo-nos em uma corrente, em uma rede com toda nossa rica região Latino-americana e caribenha para celebrar este dia, dando graças Deus por nos criar à sua imagem e semelhança, delicadas e fortes, sensíveis, inteligentes e valentes, lutando dia a dia e fazendo que nossas vozes sejam escutadas.
Saudação
L Somos igreja. Reunimo-nos na presença de Deus, que nos ampara, nos abraça, nos socorre, nos fortalece, nos ama e promete a suas filhas e seus filhos uma vida plena.
Em nome de Deus, que criou céus e terra, de Jesus Cristo e do Espírito Santo.
C Amém
Canto

Confissão de pecados
L O pecado nos separa do amor de Deus e nos impede de viver em comunhão. A confissão sincera pode restabelecer a comunhão e fortalecer a caminhada de fé. Acheguemo-nos confiantes à presença de Deus e confessemos os nossos pecados.
C Perdão, Senhor, por não termos coragem para amar como tu nos amas.
L A ti que nos olhas com ternura e nos acompanhas na defesa da vida, te pedimos perdão por reproduzirmos costumes e tradições que causam discriminação e injustiça. Ajuda-nos a buscar a sororidade, a buscar caminhos alternativos para a construção de teu Reino aqui e agora.
L Reconhecemos que as vozes que defenderam a dignidade humana foram silenciadas e temos visto a violência em todas as suas facetas. Colocamo-nos diante de Ti, buscando tua misericórdia e tua justiça para as vozes que foram caladas.
C Perdão, Senhor, por não termos coragem para amar como tu nos amas.
L Reconhecemos que, muitas vezes, temos alimentado desconfianças, indiferença e simulado preocupação. Há situações em que nossos corações estão surdos para a necessidade, cegos para ofertar ajuda e mudos para compartilhar tua palavra profética.
L Arrependidos e arrependidas pedimos teu perdão. Dá-nos força para construir um mundo novo, livre de exclusão, marginalização e repressão de todo tipo. 
C Perdão, Deus, por não termos coragem para amar como tu nos amas.
L Por teu grande amor, mostra-nos tua justiça, tu misericórdia e tu graça.
C Amém.
Anúncio da graça
L O salmista diz: “Louvemos a Deus eterno e não nos esqueçamos do quanto Deus é bom. Deus perdoa os nossos pecados e cura nossas enfermidades”. Cantemos louvores a nosso Deus:
C Louvemos todos juntos o nome do Senhor.
Kyrie
L Ao orarmos, expressamos nosso desejo de transformar situações que causam dor e sofrimento e nos comprometemos com essa transformação. Coloquemo-nos diante de Deus, clamando em favor de quem grita por misericórdia. Oremos pelas mulheres, nem sempre incluídas nos espaços de atuação na Igreja e na sociedade; pelas mulheres anônimas e pelos homens anônimos que arriscam a vida colocando-se ao lado de pessoas marginalizadas, exploradas e esquecidas. Clamemos a Deus, cantando:
C Pelas dores deste mundo, ó Senhor....
Glória
L O Antigo Testamento nos relata que a profetisa Miriam tomou um pandeiro e todas as mulheres a acompanharam, tocando e dançando, louvando o Deus, que libertou o povo da escravidão.
Juntemo-nos a elas e glorifiquemos a Deus, pois Deus vem, nos orienta com sua Palavra e nos fortalece à mesa da comunhão.
C Glória, glória, glória a Deus nas alturas.
Oração do dia: Deus de amor, tu que amas tuas filhas e teus filhos por igual, abençoa a todas a mulheres que lutam para que se restaure a igualdade e a equidade entre homens e mulheres. Pedimos-te que o esforço daquelas pessoas que nos antecederam, nos impulsione e nos encha de esperança de que no amor de teu Filho, outro mundo é possível. Por nosso Senhor Jesus Cristo, que, contigo e com o Espírito Santo, vive e reina, de eternidade a eternidade.
C Amém.
Liturgia da palavra
Canto 
L Ouçamos a leitura de Números 27: 1-11
C Pela Palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar.
Leitura do Evangelho
L Aclamemos o Evangelho, cantando:
C Aleluia.
Leitura do Evangelho de Lucas 15.8.10
Palavras do Senhor
C Louvado sejas, Cristo.
Prédica: Números 27.1-11 
Confissão de fé: (Credo da Mulher)
Creio em Deus, que criou a mulher e o homem a sua imagem, que criou o mundo e recomendou aos dois sexos o cuidado da terra.
Creio em Jesus, filho de Deus, eleito de Deus, nascido de uma mulher, Maria, que escutava as mulheres e as apreciava; que morava em suas casas e falava com elas sobre o Reino; que tinha mulheres discípulas, que o seguiam e o ajudavam com seus bens.
Creio em Jesus, que falou de teologia com uma mulher, junto a um poço, e lhe revelou, pela primeira vez, que ele era o Messias, que a motivou a ir e contar as grandes novas na cidade.
Creio em Jesus, sobre quem uma mulher derramou perfume, em casa de Simão; que repreendeu aos homens convidados que a criticavam.
Creio em Jesus, que disse que essa mulher seria lembrada pelo que havia feito: servir a Jesus.
Creio em Jesus, que curou a uma mulher, no sábado, e lhe restabeleceu a saúde porque era um ser humano.
Creio em Jesus, que comparou Deus com uma mulher que procurava uma moeda perdida, como uma mulher que varria, procurando a sua moeda.
Creio em Jesus, que considerava a gravidez e o nascimento com veneração, não como um castigo, mas como um acontecimento desgarrador, uma metáfora de transformação, um novo nascer da angústia para a alegria.
Creio em Jesus, que se comparou a galinha que abriga os seus pintinhos debaixo das suas asas.
Creio em Jesus, que apareceu primeiro à Maria Madalena, e a enviou a transmitir a assombrosa mensagem Ide e contai....
Creio na universalidade do Salvador, em quem não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher, porque todos somos um na salvação.
Creio no Espírito Santo, que se move sobre as águas da criação e sobre a terra.
Creio no Espírito Santo, o espirito feminino de Deus, que nos criou, e nos fez nascer, e qual uma galinha nos cobre com suas asas.
Canto (com recolhimento das ofertas)
Oração geral da Igreja
L Deus de amor, na Bíblia encontramos grandes exemplos de mulheres que marcaram a história e com seu exemplo nos inspiram. É por isto que da maneira mais humilde e simples, pedimos-te que tua justiça se faça presente logo, para que tua promessa de vida seja realidade entre nós.
Assim como fizeste com Débora, dá-nos disposição e ânimo para enfrentar as dificuldades da vida. Queremos, como Eva, poder ser tuas colaboradoras idôneas e teus colaboradores idôneos na construção de um mundo mais justo e igualitário. Ajude-nos a manter a fé e a esperança, ainda quando nada vemos.
Dá-nos a serenidade, a astúcia e prudência que teve Abigail. A inteligência de Noemi e a grandeza de coração de Rute que, podendo buscar seu próprio bem-estar, decidiu não abandonar sua sogra viúva, sem filhos e desamparada. Que possamos seguir as instruções e atentar para as orientações que nos dão aquelas pessoas que têm mais experiência que nós.
Que assim como Marta, saibamos servir, seja em nossas casas, em nossa comunidade, no lugar onde trabalhamos, onde vivemos. E que assim como Maria, sua irmã, saibamos quando devemos nos aquietar para escutar o que Tu, ó Deus, tens a nos dizer e a nos ensinar. E que não seja o cansaço ou o acúmulo de tarefas que nos impeça de estar em tua presença. 
Queremos ser valentes como Ester, que ainda que tenha sentido medo não desistiu. Ela arriscou sua vida para buscar a libertação de um povo oprimia e matava. 
Deus, tu que criaste mulheres e homens à tua imagem; que através de Jesus Cristo mostraste e ensinaste o respeito e o amor para com as mulheres, opondo-te a toda forma de violência, pedimos: ampara teus filhos e tuas filhas vítimas da violência. Ampara especialmente as mulheres vítimas da violência. Encoraja a elas e a nós para que atos de violência sejam denunciados. Faze das nossas comunidades espaço de acolhida para as mulheres vítimas de violência, e que sejam instrumentos da paz, da tua paz, da paz que Cristo nos deixou. 
Por Cristo, Teu Filho, nosso Salvador.
C Amém.
Avisos comunitários
Liturgia de despedida
Bênção 
Que a bênção de Deus de Sara, Hagar e Abraão
A bênção do Filho de Maria
A bênção do Espírito de amor,
que cuida de nós como uma mãe cuida de suas filhas e de seus filhos,
desça sobre vocês. Amém.
Envio
L Vão agora e sirvam a Deus sem medo, sem culpa e sem violência!
C Demos graças a Deus.

---------------------------------------------------------------------------------------------
LA MEMORIA SUBVERSIVA DE UNA MUJER
II Samuel 21:1-14


La vigilia de Rispá en el desierto, al lado de los cadáveres de sus hijos ejecutados, tuvo el fin de protestar los abusos del gobierno de David y reclamar un mejor tratamiento para los sobrevivientes de la casa de Saúl, resaltando así la espiritualidad de la participación solidaria de la mujer en la lucha por la justicia.
«Hubo hambre por tres años, años tras año». El hebreo comunica la creciente desesperación del pueblo ante la falta de lluvia. David como rey se sentía de alguna manera responsable de hacer frente a la situación. Por lo tanto acudió a Yahvé, descubriendo que la culpa estaba en Saúl y su familia por una anterior masacre de gabaonitas, aliados con los cuales Israel tenía vigente un tratado de defensa mutua. (No conocemos esta masacre en ningún texto bíblico). Consultados los sobrevivientes de Gabaón, David comprobó que ardía en su corazón un deseo de venganza que no contemplaba indem­nización económica ni represalias contra los israelitas, sino específicamente la ejecución pública de siete descendientes de Saúl.
Daba la casualidad que siete hombres había en linaje directo de Saúl. Estaban muertos los tres hijos de su esposa Ajinoam, pero quedaban dos hijos que tuvo con una concubina, Rispá, y también cinco nietos, hijos de su hija Merab. Estos servirán muy bien los propósitos de los gabaonitas, y David no demoró en entregárselos para que los gabaonitas los despeñaran en el monte ante Yahvé. Sigue el texto bíblico (vv. 10-14):
Rispá, hija de Ayyá, tomó un sayal y se lo tendía sobre la peña desde el comienzo de la siega hasta que cayeron sobre ellos lluvias del cielo; no dejaba que se pararan junto a ellos las aves del cielo por el día ni las bestias del campo por la noche. Avisaron a David lo que había hecho Rispá, hija de Ayyá, concubina de Saúl. Entonces David fue a recoger los huesos de Saúl y los huesos de su hijo Jonatán, de entre los vecinos de Yabés de Galaad que los habían hurtado de la explanada de Betsán, donde los filisteos los habían colgado el día que mataron a Saúl en Gelboé, subió desde allí los huesos de Saúl y los huesos de su hijo Jonatán, y los reunió con los huesos de los despeñados. Sepultaron los huesos de Saúl, los de su hijo Jonatán y los de los despeñados, en tierra de Benjamín, en Selá, en el sepulcro de Quis, padre de Saúl, y ejecutaron cuanto había ordenado el rey, después de lo cual Dios quedó aplacado con la tierra.
Los comentaristas generalmente prestan poca atención a esta parte del relato. La mencionan, si acaso, como una bella ilustración de la ternura maternal. Hasta David quedó impresionado, dicen, del heroísmo y nobleza del corazón de Rispá, y se complació en mostrar su respeto por las sensi­bilidades de una madre infeliz arreglando la sepultura de sus hijos. Esta lectura es sorprendentemente ingenua, pasando por alto los elementos económicos y políticos del relato y la fusión de sexo y política en la persona de Rispá.

Sexo y poder
El nombre de Rispá aparece primero en el texto bíblico en la batalla por sucesión al trono de Israel que se libró entre Abner e Isbaal sobre la posesión sexual de la concubina de Saúl (3:7-8). En intercambio de mujeres establecía relaciones de poder entre los hombres, y dormir con las concubinas del rey constituía una declaración de pretensiones al trono (cp. Absalom, 2 Sam 16:20-21; Adonías, I Re. 2:13-25,). Cuando Abner preguntó irónicamente a Isbaal por qué le insultaba, llamándole la atención por algo tan despreciable como una mujer, él expresaba, en efecto, la importancia que tenía esa mujer para ambos hombres como un medio para definir el poder. Más tarde, cuando Abner al fin entregó las tribus del norte a David, éste exigió también la entrega de una mujer para confirmar el pacto: ya no una mera concubina, sino la propia hija de Saúl.
La dominación de David sobre los demás hombres es señalada por sus conquistas tanto sexuales como militares (cp. Abigail, Betsabé). La otra madre en esta narrativa, Merab hija de Saúl, era hermana de la que fue entregada en el convenio con Abner. Merab había sido alguna vez destinada públicamente por su padre como esposa para David, pero la acción no fue más que un subterfugio. Saúl exigía victoria militar sobre los filisteos como condición para el matrimonio, esperando así librarse de David, quien le parecía cada vez más un rival. Cuando David resultó triunfador, Saúl renegó y dio su hija a Adriel meholatita, padre de cinco de los hombres ejecutados por los gabaonitas (cp. 1 Sam. 18:17-19). Al entregarlos a los gabaonitas, David no solamente eliminaba la descendencia de Satil; eliminaba también la descendencia de Adriel, el hombre que le quitó una mujer.
Efectivamente, la referencia a las dos mujeres, Rispá y Merab, como madres de los siete hombres ejecutados, es una alusión bastante explícita a las luchas por el poder en Israel y la fragilidad del consenso sobre el cual David inició su reino en el norte. Esos dos nombres dejan entrever que David no era un intermediario neutral en la venganza de los gabaonitas. Saúl e Isbaal estaban muertos y David ocupaba el trono, pero la posición del rey no era de ningún modo segura frente a las poderosas y tenazmente independientes tribus del norte. David debía su poder más a la intervención del ejército que al apoyo popular, y él sabía muy bien que un amplio sector del pueblo era leal a la casa de Saúl, sobre todo en Benjamín, donde probablemente muchos compartían el concepto de Semeí que David era «asesino y canalla» (2 Sam. 1:67). De hecho, buena parte del norte más tarde seguiría a Seba el benjaminita en rebelión abierta contra David (2 Sam. 20).
Estas circunstancias despiertan sospechas acerca de lo que motivó la solicitud gabaonita. Huele a confabulación con David para ayudarle a consolidar el poder. La alianza de Israel con Gabaón incluía también, según Josué 9:17, las ciudades de Kefirá, Beerot y Quiryat Yearim, todas localizadas en el mismo valle estratégico en la tierra de Benjamín. Allí, justamente al norte de Jerusalén, la tierra bajaba notablemente, ofreciendo fácil acceso al altiplano desde la costa y desde el valle del Jordán.
Resulta interesante recordar que dos hombres de Beerot asesinaron a Isbaal, hijo y sucesor de Saúl (2 5am. 4:1-12). Los beerotitas juzgaron mal el momento; si bien su acción favoreció a David en la lucha por el trono de Israel, la delicada situación política en el norte no le permitía otra respuesta que la pena de muerte para los dos. Sin embargo, llama la atención el compromiso con David y la decidida intervención en los asuntos internos de Israel, de parte de estas ciudades que son identificadas cuidadosamente, tanto en el capítulo 4 como aquí en el capítulo 21, como «no israelitas».
El exterminio de los descendientes varones de Saúl, así como el asesinato de Isbaal, le venía de perlas a David, ya que cualquiera de los siete pudo haberse levantado como pretendiente al trono. El texto indica que David deliberadamente no incluyó al hijo de Jonatán entre los que entregó a los gabaonitas, por lealtad a su amigo; sin embargo, 2 Samuel 9:1-5 sugiere que se enteró por primera vez de la existencia de Meribaal cuando ya no había otros descendientes de Saúl, o sea, después de esta ejecución. Los relatos de los últimos capítulos de 2 Samuel no están dispuestos en orden cronológico, así que es muy posible que este pasaje se refiera a un incidente que ocurriera antes del encuentro con Meribaal relatado en el capítulo 9. De todos modos, aun cuando no mató al hijo de Jonatán, lo trajo entre ojos a Jerusalén donde podía ser vigilado bajo una especie de arresto domiciliario disfrazado como atenciones a un huésped de honor.
Dado este trasfondo, no cabe duda que la acción de Rispá en el desierto tenía implicaciones políticas, hasta subversivas. Su presencia al lado de los muertos mantenía viva la memoria de ellos para todos los benjaminitas y para todo Israel, cuestionando el derecho de David de ocupar el trono y sus medios de mantenerse en el poder. Para entender esas implicaciones, es necesario conocer la situación de Rispá después de la muerte de Saúl y también las costumbres de sepultura en el antiguo Israel.

Viudas y concubinas
La viuda es citada con frecuencia en el libro de los Salmos y en otras partes de la Biblia, junto con el huérfano y el extranjero, como representante de una clase de personas que tenía necesidad especial de la protección de Yahvé. En una sociedad patriarcal como el antiguo Israel la seguridad económica de una mujer dependía de su vínculo con algún pariente varón. Ella entraba a formar parte de la familia del marido cuando se casaba, y si el marido moría ella seguía como parte de esa familia, sujeta a la autoridad y protección de otro varón de su parentela. De hecho, aún cuando regresara a vivir con su propio padre, la familia del marido mantenía su responsabilidad respecto a ella. (La viuda Tamar regresó a la casa paterna porque no había hermano de su marido disponible para casarse con ella; sin embargo, cuando la acusaron de prostitución, fue el suegro quien ordenó que fuera quemada (Gén. 38:25).
Aunque la mujer podía tener propiedad o dinero en su nombre, no parece que estuviera en condiciones de sostenerse después de la muerte del marido. Normalmente contaba con la ayuda de los hijos o el suegro, pero cuando estos varones desaparecían, como en el caso de Rispá, la viuda perdía su lugar en la estructura social y quedaba desamparada.
Rispá era viuda y probablemente vivía con sus dos hijos hasta la ejecución de ellos. Ya que la acción de David y los gabaonitas en esta masacre efectivamente extinguió la casa de Saúl en Israel, no quedaba varón que respondiera por ella. (Si Meribal ya estaba con David, era cliente del rey y no estaba en posición de ayudar a Rispá). Por lo tanto, existe la posibilidad que ella permaneciera en el desierto después de la ejecución, al menos en parte, porque no tiene a dónde más recurrir. Si los dos hijos ejecutados representaban su única fuente de sustento económico, su vigilia heroica en la peña pudo ser fruto de su desesperación. Ciertamente su situación actual contrastaba agudamente con la vida de lujo que disfrutaría cuando era la favorita del rey.
Sin embargo, dos factores en el caso de Rispá hacen dudar que esta explicación sola sea suficiente. En primer lugar, Rispá no estuvo casada. Su categoría social es identificada como «concubina», distinguida claramente de la categoría de esposa y también de la de ramera. La magnitud del harén indicaba el poder del rey. (Saúl tenía una concubina, David tenía diez, y Salomón tenía trescientas, además de todas sus esposas). Pero no solamente los reyes tenían concubinas. Sabemos de las concubinas de Abraham, Najor, Jacob, Gedeón y otros porque sus hijos figuran en las genealogías bíblicas, distinguidos cuidadosamente de los hijos de la(s) esposa(s). Inclusive un levita tiene una concubina en la problemática narrativa de Jueces 19-21 que, a pesar de dificultades textuales e históricas, parece suministrar pistas interesantes y probablemente fidedignas acerca de la estructura y relaciones del concubinato en Israel, como complemento a las leyes sobre al asunto en el antiguo Código de la Alianza en Éxodo 21:1-11.
La concubina era básicamente una esclava, una posesión, un objeto que podía ser comprado o vendido, inclusive por su propio padre (Ex. 21:7). Según la ley en Éxodo, el esclavo varón podía ser rescatado y quedaba libre después de seis años de servicio, pero la mujer no. Si bien algunas traduc­ciones de amplia circulación hablan de la posibilidad que su señor la «tome por esposa» (21:8-9; cp. la Biblia Latinoamericana y la versión Reina Valera), hay que reconocer que nada en el hebreo sugiere la intención de elevar su categoría; el verbo usado aquí tiene el sentido de «destinar, designar» y la ley parece considerar que aun cuando el amo la tomara como concubina, ella seguía siendo esclava. Ciertamente fue así en los casos de Agar, Bilha y Zilpa.
Por otra parte, la concubina contaba con ciertos derechos según esta ley: el rescate no era automático, como en el caso del varón, pero si el amo desechaba a su concubina, no podía venderla a extranjeros (¿a israelitas sí?) y debía permitir su rescate por dinero. Si el dueño la destinaba para concubina de su hijo, debía tratarla como una hija y, si tomaba otra mujer pero se quedaba con ella, no debía disminuir sus alimentos, vestidos ni derechos conyugales. Si su señor le fallara a la concubina en alguno de estos aspectos, la ley le daba a la mujer el derecho de abandonarlo sin tener que pagar el precio del rescate.
Es posible que la concubina del levita en Jueces 19:2 se valiera de este derecho, regresando a la casa de su padre después de enfadarse con el levita, de acuerdo con la lectura de versiones antiguas adoptada en la Biblia de Jerusalén. No sabemos si el padre de esta concubina la había vendido al levita, pero es posible (Ex. 21:7). Son notables sus esfuerzos por complacer al levita y el éxito que tuvo. Este llegó a Belén, según el texto, con el objetivo de «hablar al corazón» de la mujer, pero parece que pasó la mayor parte del tiempo hablando con el padre de ella (Juec. 19:4-9). Podemos concluir que no era anormal que el padre de una concubina mantuviera buenas relaciones con el dueño de ella.
Aquí es importante notar que Rispá es identificada en los relatos bíblicos como «hija de Ayyá». El uso del patronímico, relativamente poco común en el caso de las mujeres en la Biblia hebrea, nos recuerda que hay otro hombre en la vida de Rispá —su padre. Es probable que la relación entre Saúl y Ayyá haya sido por lo menos tan amistosa como la del levita con el padre de su concubina. El nombre Ayyá aparece en 1 Crónicas 1:40 como uno de los hijos de Sibón, jefe de un clan edomita. Sabemos de un edomita, Doeg, que sirvió en el ejército de Saúl, y es posible que el padre de Rispá fuera otro, relacionado con el clan de Sibón, que encontró su fortuna en el servicio de Saúl de Benjamín. Saúl como rey no se casaría con una mujer no israelita, pero podía hacerla su concubina.
Fuera extranjera o no, Ayyá sin duda recibió una generosa recompensa por su hija y de una posición privilegiada en Benjamín durante los reinados de Saúl e Isbaal. Cuando la suerte cambió y David asumió el trono, las propiedades de Saúl fueron confiscadas, pero David no tendría por qué confiscar la propiedad de Ayyá, adquirida durante los años cuando su hija gozaba de los favores de la primera familia de Israel. Así que Rispá muy probablemente tenía la opción de regresar a una familia cómodamente situada.
Bajo esta lectura la acción de Rispá, al permanecer al lado de los cadáveres de sus hijos en vez de volver a la casa de su padre, no representa solamente el dolor de una madre despojada de sus hijos, ni la desesperación de una viuda desamparada, sino una protesta política deliberada e intencional. Es posible que la familia de Rispá haya apoyado su estadía en el desierto, llevándole alimentos y agua y quizá acompañándola en las velas nocturnas. Pero la iniciativa y perseverancia en la velación eran claramente de ella. En el encuentro entre Abnere Isbaal (2 5am. 3), Rispá es representada como una víctima pasiva, violada y cosificada. Es invisible, sin voz ni voto en su futuro. El interés del escritor gira totalmente en torno a los dos hombres que pelean por ella. Ahora, aunque no se registran palabras de ella, sus acciones hablan a voz en cuello.

Muerte y sepultura
La muerte era el fin normal de la vida en el pensamiento del más antiguo Israel y, hasta los últimos siglos antes de la era cristiana, hubo poca especulación sobre una vida después de la muerte. Las antiguas bendiciones y promesas indican que la «multiplicación de su descendencia» era el futuro que el israelita esperaba (Gén. 26:23). La vida humana era entendida en términos sociales, políticas, y comunitarias. La vida no era simplemente vida biológica, sino todos los beneficios de la alianza con Yahvé. «Mira, yo pongo hoy ante ti vida y felicidad, muerte y desgracia... te pongo delante vida o muerte, bendición o maldición. Escoge la vida, para que vivas, tú y tu descendencia...» (Deut. 30:15-30).
La vida era relación con otros, vida en comunidad, y a través de los hijos el individuo continuaba participando en la comunidad. La posibilidad de ser «cortado de su pueblo» era una temible amenaza para el israelita (Lev. 20:6). Ni siquiera la muerte física ocurría en aislamiento; como miembro de la comunidad el moribundo era «unido a su pueblo» (cp. Gén. 25:8; 35:29; 49:29; Deut. 32:50) o «a sus padres» (Jue. 2:10; 1 Re. 2:10). Si bien había un concepto popular del lugar de los muertos («seol»), la teología oficial de Israel no le prestaba atención.
Israel entendía la necromancia y el culto a los muertos como incom­patibles con el yahvismo (Deut. 26:14; Lev. 19:27-28). Aunque prohibiciones contra adivinos tales como Lev. 19:31; 20:6,27 y Deut. 18:10-11 indican que estas prácticas persistían en algunos sectores, y se nos dice que Saúl mismo visitó a una adivina a fin de consultar con los muertos, nada sugiere que Rispá fuera adivina o que permaneciera al lado de los cadáveres como una forma de comunicación con los muertos o de culto de ellos. De hecho, 1 Samuel 28:3, afirmando que Saúl había expulsado a los encantadores y adivinos, hace virtualmente imposible esa interpretación.
Por otra parte, la sepultura correcta de los muertos tenía gran impor­tancia en el antiguo Israel. Las frecuentes referencias a entierros en la Biblia hebrea, y las miles de tumbas excavadas en las tierras bíblicas, atestiguan esa importancia. Ritos de lamentación acompañaban el entierro, y en el lamento formal de un muerto, las mujeres muchas veces desempeñaban un papel específico que parece haber implicado preparación especializada (Jer. 9:17, 20; 2 Crón. 35:25). Sin embargo, la falta de sepultura de estos cadáveres no admite la posibilidad que Rispá permaneciera al lado de los cuerpos de los siete como cantora profesional.
Antiguas costumbres y leyes, como también las exigencias del clima, apunta al pronto entierro de los muertos. Las familias tenían lugares tradicionales para sus muertos, y era importante para un moribundo y para su familia saber que sería sepultado allí. Existen varias tradiciones acerca del traslado de los huesos de Jacob desde Egipto para ser sepultados en terreno familiar en Canáan (Gén. 49:28-32; 50:4-14; Ex. 13:19; Jos. 24:32). La colección de leyes en Deuteronomio incluye la estipulación que un criminal ahorcado debía ser enterrado el mismo día de su ejecución (Deut. 21:23), pero evidentemente no hubo provisión para la sepultura de los siete herederos de Saúl ejecutados por David y los gabaonitas, y esta omisión parece intencional.
Aunque muchas versiones modernas dicen que los siete fueron ahor­cados, el verbo aquí, de la raíz yq’, no es el mismo que se emplea en el pasaje en Deuteronomio, donde se trata claramente ahorcadura. En Génesis 32:25, refiriéndose a Jacob en lucha libre con un adversario, yq’ significa «dislocar, zafar (un hueso)». En Ezequiel 23:17 se emplea esta raíz para hablar del deseo que se aparta de la mente de una persona, y en Jeremías 6:8 Yahvé mismo, como sujeto de yq’, amenaza con apartarse de Jerusalén. El único otro uso de este verbo en la Biblia, Números 25:4, tiene que ver también con una ejecución ritual cuyo propósito era hacer un ejemplo de los que hablan dirigido un culto herético en Israel, y se especifica que la acción de yq’ se hiciera «frente al sol», término enfático que implica que los ejecutados habían de permanecer visibles, o sea, sin enterrar. La Biblia de Jerusalén traduce yq’ como «despeñar». Así la ejecución de los siete habría sido similar a la de II Crónicas 25:12, aunque ese pasaje no emplea la raíz yq’.
En efecto, parece que la ejecución, sea como sea su forma, incluía la exposición pública de los cadáveres después de la muerte como parte del castigo. La mutilación y el olvido serían la última humillación de las víctimas. El peligro de animales y aves de rapiña sería constante y, sin la vigilancia de Rispá, los cadáveres habrían desaparecido rápidamente. Los israelitas sentían temor de permanecer sin sepultura después de la muerte, y la amenaza de ser consumido por animales o aves de rapiña constituía una temible maldición (1 Re. 14:11; 16:4; 21:23-24); cp. Jer. 8:1-2, 25:33). Fue evidentemente la intención de los Filisteos que los cuerpos de Saúl y Jonatán sufrieran esa humillación cuando los espetaron en el muro de la ciudad; aunque fueron rescatados en una heroica correría por los de Yabés de Galaad, sus huesos permanecían aún en esa ciudad al otro lado del Jordán y no habían sido entregados a sus deudos para ser enterrados en el sepulcro familiar.

Espiritualidad y solidaridad
Rispá era una sobreviviente. La muerte la había tocado de varias maneras. Perdió a su marido en guerra, y ahora mataron a sus hijos porque representaban una amenaza para el régimen que tenía el poder. (Es poco probable que los benjaminitas haya tragado la excusa de la supuesta masacre de gabaonitas como justificación para esta ejecución). Y allá en el desierto, en la fría noche y el candente sol, aguantando el olor de los cuerpos, la sed y el miedo, día tras día, noche tras noche, Rispá espantaba a las aves y las fieras para mantener viva la memoria de sus hijos, del linaje de Saúl, de todo lo que había ocurrido a la casa de Saúl desde que David puso los ojos en el trono.
¿Quién avisó a David lo que hizo Rispá, y qué fue lo que le dijeron? Pudo ser un benjaminita, amenazándolo, o tal vez uno de sus propios consejeros advirtiéndole del potencial para disturbios en la situación. Cuando se enteró de la acción de Rispá, David evidentemente se sentía aludido, porque se puso en movimiento de una vez. No fue a ver a Rispá, que habría sido el paso lógico si quisiera felicitarla por la nobleza de su corazón. Se dirigió personalmente a Yabés de Galaad para pedir los huesos de Saúl y Jonatán a fin de darles sepultura en el sepulcro familiar junto con los huesos de los recién ejecutados, recogidos por mensajeros. Evidentemente David dio órdenes para una gran ceremonia, y pudo ser para esta ocasión que compuso la elegía que hoy se encuentra en 2 Samuel 1:17-27. Parece que no fue originalmente el plan del editor (¿judaíta?) del libro de 2 Samuel incluir esta narrativa acerca de Rispá y los huesos de Saúl y Jonatán. Pero otros (¿del norte?) agregaron el relato después porque la historia de la vida de Saúl quedaba incompleta.
Esta ceremonia de sepultura habría significado mucho más que un simple rito de lamentación, dado el contexto social y político. Representaría un intento de parte de David de aplacar a los benjaminitas y a los israelitas del norte, una promesa que se acabaría la persecución de los simpatizantes de Saúl. Ya hemos visto que fue probablemente en esta situación que David preguntó si quedaba todavía algún hijo de la casa de Saúl, afirmando que quería «favorecerle por amor a Jonatán» (2 Sam. 9:1).
También el mismo pasaje que estudiamos aquí puede ser fruto del esfuerzo de David por justificarse a los ojos de las tribus del norte. El documento parece tener el propósito de defender a David mostrando que la ejecución de los siete no fue un capricho malicioso, sino una justa restitución que el rey se vio obligado a exigir de los que llevaban la culpa de la violación de un solemne juramento sancionado por Yahvé.
Estas observaciones confirman la sospecha que la acción de Rispá fue concebida y realizada como una protesta política, y que de esa manera fue entendida por su destinatario, el jefe de gobierno. Era un acto político pero, a la vez, un acto de profunda espiritualidad. La solidaridad de Rispá con estas víctimas demuestra el poder que surge de un compromiso con los demás y manifiesta a Dios presente en el mundo.
Desde luego, ella lloraba a sus hijos. Pero su presencia al lado de los cadáveres después de la masacre representaba mucho más que el dolor del corazón de una madre. O, mejor dicho, no se ha reconocido en el mundo patriarcal lo que significa verdaderamente el dolor del corazón de una mujer. Las mujeres sobrevivientes, como Rispá, son las que quedan para cuidar de los enfermos y los que sufren. En la brutal destrucción de vida en América Latina, soportan la desaparición de padres, maridos, hijos. Son testigos del asesinato de sus seres queridos por violencia o por hambre. Y ellas mismas son víctimas de violación, de abandono, de explotación y miseria. Sin embargo, hasta el día de hoy, las mujeres llevan adelante la lucha de Rispá frente al asesinato, la violencia y la muerte, optando por actuar, proteger y defender la vida.
Rispá no solamente lloraba la memoria de sus hijos. Ella tuvo el firme propósito de restaurar la dignidad humana de las siete víctimas que habían sido ultrajadas y abandonadas a la mutilación de sus cuerpos. Su respuesta a una masacre salvaje era una afirmación de su poder de seguir siendo humana en medio de la deshumanización. Rodeada de cadáveres, ella daba testimonio a la vida.
Esta mujer no se sometió a la erradicación que amenazaba a las víctimas de la masacre. Desafiaba el terror a la desaparición, peor que el terror a las fieras, porque no podía permitir que sus hijos fuesen borrados como si nunca hubieran existido. Estaba decidida a preservar su identidad aunque invitara la muerte para ella misma al hacerlo. Y en su compromiso con la vida, Rispá al fin dejó de ser una víctima pasiva y asumió una identidad propia.
La ejecución fue realizada en Guibeá, capital del gobierno de Saúl y sin duda repleta de sus parientes y simpatizantes. Tal vez la mayoría de ellos había pensado salvar su propio pellejo por el expediente de no ver, no hablar, no recordar. Insistiendo en la memoria de sus hijos, Rispá también creaba memoria. Promovía la visibilidad de lo que ocurrió para que no pasara inadvertido y olvidado. Ella comprendía la importancia de rememorar, de hacer visible la historia, porque ella misma había sido invisible.
Sus hijos no volverían a ella. Pero Rispá no dejaría de luchar por ellos hasta que fueran «reunidos a su pueblo». Esta mujer conservaba el sentido de pueblo en un momento de desasosiego y angustia. Y respondiendo a lo que amenazaba también a otros, ella actuaba por todos los indefensos en una lucha que ella vivía en acompañamiento, mutualidad y solidaridad que superaba la misma muerte.
La vigilia de Rispá habría llamado poderosamente la atención a los benjaminitas de la ciudad y sus alrededores, manteniendo vivo el odio contra el detestado usurpador. Y así su acción se convirtió en una denuncia de la injusticia e inhumanidad del hombre para con el hombre. Rispá no se acostumbraba a la injusticia. No la aceptaba como un hecho dado, incuestionable.
Por esta misma razón, su acción convocaba a los demás a unirse en la causa de todas las vidas que ella rememoraba con su propio sacrificio. Dio, quizá, el primer paso en aquella corriente de resistencia contra la creciente tiranía de David y Salomón que terminaría un siglo más tarde en una revolución popular y la organización del estado independiente de Israel (1 Re. 12:1-16).
Según el texto, el incidente de Rispá comenzó con una sequía. El sacrificio de los siete hombres por los hombres de Gabaón estaba destinado a subsanar la supuesta causa del hambre. Sin embargo, en el texto, la llegada de las lluvias no está vinculada directamente con el sacrificio de los hombres sino más bien con el sacrificio de la mujer, un sacrificio de otra índole. Y el texto también sugiere que Dios quedó aplacado solamente cuando se había respondido a la reivindicación implícita en la acción de la mujer, la reivin­dicación de la justicia.

Alicia Winters - Colombia

Publicado em RIBLA n. 13
Revista de Interpretação Bíblica Latino-americano
Disponível em:  http://www.claiweb.org/ribla/ribla13/la%20memoria%20subversiva.html  



Outro excelente texto sobre a história de Rispa foi escrito por 
Lúcia Weiler sob o título de: "RISPÁ simplesmente RISPÁ" para o periódico Estudos Teológicos 2006 / Vol. 46, Nº 1, disponível no site: 
http://www3.est.edu.br/publicacoes/estudos_teologicos/vol4601_2006/et2006-1e_lweiler.pdf


---------------------------------------------------------------------------------------------

DEUS É COMO UMA MULHER:

ABENÇOADAS SEJAM AS MULHERES!

Abençoadas sejam as mulheres
que colocaram-se e

colocam-se a caminho

Mulheres como nós

ministras ou não
simplesmente mulheres
Herdeiras dos movimentos da Reforma.



Abençoadas sejam as mulheres
que colocaram-se

e colocam-se a caminho

que lutam pelo pão nosso de cada dia

que cuidam dos pobres
que estendem as suas mãos sobre os doentes
que brincam com as crianças
que com sorrisos encantam a vida das pessoas idosas
que fazem Teologia
a partir da vida cotidiana
do falar e do viver
do morrer e do ressuscitar
da experiência contextual da vida
em todas as suas contradições e belezas.



Abençoadas sejam todas as mulheres 
que nos antecederam na história

que buscaram caminhos para encontrar

a moeda perdida.

Deus é como uma mulher
que coloca-se a caminho.



Abençoadas sejamos todas nós mulheres
que aqui estamos neste encontro histórico

30 anos de ordenação ao ministério público

reconhecido na IECLB.

São anos de luta,
de lágrimas e sorrisos,
de encontros e desencontros,
de conquistas e de novos desafios.



Abençoadas sejam todas nós mulheres
na procura da visibilização

de nossas experiências e histórias

somos protestantes

herdeiras
daquelas que muito antes de nós
acenderam uma luz
varreram muitas sujeiras
procuraram novos caminhos
insistiram
foram desprezadas
nem sempre honradas
entregaram a vida
buscaram pão e rosas
conquistaram direitos
hoje usufruímos
mas a procura
em rumo a igualdade continua
eterno processo
de acender a luz
varrer o velho
buscar o novo
por isto, não nos cansamos
na certeza de que a luta vale a pena.
Pois a alma não é pequena.
Um outro mundo é possível.
Uma outra Igreja é possível.



Abencoadas sejam todas nós
mulheres ministras

com nossas histórias

com nossas procuras

com denúncias
e anúncios de vida plena
Profetizas que não se cansam
de acender a luz
de varrer aquilo
que não produz
vida abundante
de buscar insistentemente
o bem viver
numa relação coletiva
comunitária.



Abençoadas sejam todas nós
mulheres ministras

que repartimos a alegria

do celebrar

30 anos de história
das moedas encontradas
das conquistas realizadas
e daquelas que ainda necessitam
serem recuperadas e conquistadas.



Abençoadas sejam todas nós
mulheres ministras

que não comemoram sozinhas

mas repartem a alegria

com vizinhas e amigas
diferentes mulheres
histórias múltiplas
diferentes, tristes
mas também
coloridas com as cores do arco iris.



Abençoadas sejam todas nós
mulheres ministras

nestes 30 anos de histórias

registrados e daqueles não registrados

Deus é como uma mulher
que coloca-se a procura
e festeja com alegria
coletivamente
comunitariamente
quando encontra aquelas
experiências de luta e vida
que estavam perdidas.



Que este Deus
que coloca-se a caminho

que procura, insiste

persiste, em criativa
sabedoria
no acender
a luz
no vencer o medo
da escuridão
Deus que se alegra
no encontro
e convida
a todas nós:
alegrai-vos.
Sou Deus convosco!
Palavra que se fez carne
morou entre vós
presente aqui
e no mundo
que clama por paz e justiça
Sabedoria Divina!
Abençoe a todas nós
em nossa diversidade!



Que a bênção
de Deus que se alegra

como uma mulher

nos fortaleça

nos cuide
nos abrace
nos alegre
aqui e sempre
em nosso pastorear
ser e viver!
Deus é como uma mulher
abençoadas sejam as mulheres
e todas nós.
Amém.

Bênção elaborada a partir do texto de Lucas 15.8-10 em vistas dos 30 anos de ordenação de ministras da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Pa. Dra. Claudete Beise Ulrich
---------------------------------------------------------------------------------------------

UMA MULHER APOIANDO-SE EM OUTRA...
Breve comentário sobre o livro de Rute


No Antigo Testamento existem dois livros que levam o nome de mulheres: Ester e Rute. Sobre o livro de Rute queremos ler um texto: Rute 1.6-22.
O livro de Rute nos fala de um romance, de uma história que aconteceu na época dos juízes (1.100 a.C). Essa história fala de relações humanas, das mais simples às mais complexas, sendo que o assunto da terra, da lei, da cultura, da justiça, do amor, da família e do povo são abordados neste pequeno livro do AT.
O fio vermelho do livro é as relações humanas e a defesa da vida e dos direitos de duas mulheres. A história se baseia na vida de Rute e Noemi e dos acontecimentos que as envolvem. Rute é jovem, Noemi é uma senhora de idade. As duas ficaram viúvas. Sem a referência masculina as duas se vêm sem futuro, em especial Noemi. Ela fica desanimada e quer deixar tudo para trás, deseja voltar para seu povo, Belém (casa do pão).
Rute é de Moabe, país vizinho de Israel. Noemi, seu marido e filhos foram para Moabe, terra de Rute, por causa da fome. Lá viveram alguns anos. Lá os filhos de Noemi se casaram, portanto Rute é uma das noras de Noemi.
Aconteceu que todos os homens da história morreram. Naquele tempo, eram os homens que protagonizavam os direitos oficiais. Ficar sem um homem como referência era ficar desolada e desamparada de direitos, à margem da sociedade. Mesmo sem a presença masculina as duas se encontram numa situação extremamente difícil. Elas passam a depender da solidariedade da família do marido. As viúvas sem filhos não tinham direito a terra nem aos meios de produção, sendo que ficavam economicamente dependentes de outros que tinham acesso a terra. Estando viúvas elas também eram excluídas do ponto de vista reprodutivo, pois ter muitos filhos era sinal de bênção no AT.
A situação realmente estava complicada para aquelas mulheres.
Noemi então decide voltar para Judá, à cidade de Belém de onde havia saído. Rute insiste e quer ir junto com Noemi, mas Noemi acha melhor que Rute volte para sua família, pois ela é jovem e tem a oportunidade de casar-se novamente. Em Judá, Noemi sabe que tudo vai ser difícil.
Sabe que não vão encontrar a solidariedade da família para reconstruir sua vida, muito menos a de Rute, pois em Judá ela é considerada estrangeira e por isso passa ter menos direitos. Mas Rute insiste em se comprometer com o futuro de Noemi e faz até um juramento em nome da amizade e da consideração que tem para com ela. Apesar da falta de perspectivas e das dificuldades, as duas voltam juntas para Judá.
Na solidariedade de uma para com a outra se encontra a resistência e a busca por novas relações que superam a dependência da dominação masculina da época. Porque se amam e são solidárias, expressam sua amizade de forma incomum, as duas mulheres colocam-se a caminho em busca de novos horizontes e soluções para os problemas e dificuldade de suas vidas.
A história continua. Quando Rute e Noemi chegam a Judá todo o povo comenta a tristeza das duas e fica com pena delas. Para as duas viúvas que já não tem mais direitos a terra porque não tem nenhum homem da família, a única coisa que resta é sobreviver com as sobras da colheita. Esta é uma antiga lei que vale para elas: os pobres têm direito de pegar o que fica nas plantações depois da primeira colheita.
Acontece que o dono da plantação é Boaz, um parente distante de Noemi. Ele se interessa por Rute somente por sua aparência. Mas quando fica sabendo de sua procedência e de sua história de fidelidade e compromisso com Noemi, fica mais impressionado e facilita o trabalho para ela.
Rute está interessada na solidariedade e no compromisso para com Noemi.
Com o passar do tempo, Rute e Boaz se conhecem e tem uma relação amorosa. Eles planejam e passam a avaliar e planejar o futuro. Boaz, como parente distante de Noemi não tem a obrigação legal de casar-se com Rute e resgatar as terras de Noemi. Outros parentes mais próximos é que tinham essa obrigação. Mas Boaz vai querer algo mais do que a lei simplesmente porque ama Rute e se solidariza com ela. Boaz vai superar os mecanismos que faziam da lei um instrumento de indiferença. Ele só descansa quando se casa com Rute e resgata as terras de Noemi.
Esta história do livro de Rute contada em quatro capítulos, tão simples e pequena é muitas vezes deixada de lado nas interpretações nas comunidades cristãs. Este livro não fala de uma grandiosa revelação de Deus a um profeta, de um grande acontecimento, mas simplesmente conta a história de vida de duas mulheres que lutam para continuar juntas e sobreviver em meio a uma sociedade injusta e indiferente. A bíblia também tem dessas coisas, histórias de vidas que querem mostrar a presença de Deus nas relações humanas.
Podemos nos perguntar, onde está Deus nesta história, onde podemos ver sua atuação, sua revelação?
Justamente no compromisso de amizade e solidariedade de Rute para com Noemi. Na promessa de que ficaria junto a ela até que a morte as separasse, na fidelidade à sogra já velha e cansada de viver, na luta pelo trabalho e por ser reconhecida por alguém que se interessasse com amor e justiça por elas. Ali Deus está presente, nas relações humanas, pois se revela como um Deus presente, um Deus-conosco.
Que ensinamentos esta história traz para nossas vidas?
Este livro quer ressaltar a importância da amizade na vida humana, especialmente amizade entre mulheres. Cada nome dos personagens do livro possui um significado, de acordo com a atitude de cada pessoa. O nome das mulheres significa:
• Noemi, nome da esposa, significa graça ou graciosa.
• Mara, outro nome da esposa, significa amargura.
• Orfa, nome da primeira nora, significa costas.
• Rute, nome da segunda nora, significa amiga.
A amizade é poderosa e pode transpor barreias, assim como fizeram Rute e Noemi, duas viúvas que perderam tudo. Comprometidas uma com a outra foram refazendo suas vidas, encontrando e sendo no caminho pessoas solidárias, vivendo a sororidade e a cumplicidade vão as duas, com sabedoria, valorizando gestos de amor e acolhida de uma para com a outra.
Uma mulher preocupada com outra mulher.
Uma mulher orientando outra mulher.
Uma mulher seguindo outra mulher.
Uma mulher apoiando-se em outra mulher.
Uma mulher confiando em outra mulher.
Uma mulher acreditando no Deus de outra mulher.
Uma mulher escutando outra mulher.
Uma mulher alimentando outra mulher.
Uma mulher protegendo outra mulher.
Uma mulher promovendo outra mulher.
Duas mulheres seguindo em frente,
Uma planeja e aconselha, a outra alimenta e seduz.
Nora e sogra, duas viúvas, duas marginalizadas.
Duas mulheres traçando seu caminho, perseguindo seu projeto.
As duas sobrevivem juntas, apoiando-se mutuamente.
E voltam a ser membros da sociedade.
Relacionamento centrado na outra mulher:
Aonde tu vais, eu irei.
Teu povo será meu povo,
E teu Deus será meu Deus.

(Autor desconhecido)

Fico do seu lado, mulher companheira de mulher.

Porque são muitas as fomes e nem há homens: me deixa ir com você! 


Encosto minha juventude na amarga velhice dos seus dias. 


Porque são poucos os caminhos e não há futuro: me deixa ir com você!


Colho o resto do resto do que sobra, 


no campo dos outros, o que era seu. 


Porque é tão grande a injustiça e não há lei: me deixa ir com você! 


Me visto com roupa de festa, perfume do que eu não devia. 


Porque este corpo é o valor que nos resta 


e não há mais vergonha ou pudor: me deixa ir com você! 


Me deito aos pés desse homem 


E faço o que ele me disser pra fazer. 


Porque a noite é de vinho e não há mais o que temer: me deixa ir com você! 


Tomo posse do homem e do filho e devolvo tudo aquilo que é seu. 


Eu sou Rute você, Noemi. 


Onde você for...vou também. 


Sua casa é também minha casa. 


Nosso povo. Nosso Deus. Me deixa ficar com você!



(Nancy Cardoso Pereira)



Pastora Cristina Scherer
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB
São Francisco do Sul -SC


-------------------------------------------------------------------------------------------
  

RECUPERAR EL SENTIDO 

DE LA VIDA 


TALLER  BÍBLICO

 Texto: 2 Samuel 13

Tema:  Violencia Intrafamiliar

 I. Contexto

La violencia contra la mujer, el abuso sexual infantil y otras violencias han permanecido silenciadas por siglos y  reducidas al ámbito de lo privado, sin embargo la Biblia recogió algunos hechos que causaron profundos sufrimientos en los seres humanos involucrados,  conmoción pública  y graves consecuencias políticas en la vida del pueblo de Israel.

Desde 2 Samuel 11 hasta 1 Reyes 2 se entrelazan una cadena de eventos trágicos en la familia de David. Comienzan con la violación de Betsabé realizada por David. Años después su hijo Amnón, viola a Tamar, su hermana. Posteriormente Absalón se levanta en contra de David y viola a diez concubinas del rey.  Al final Adonías se levanta contra David  y por fin, David nombra a Salomón como su sucesor al trono. Todos los involucrados son hijos de David y medios hermanos entre sí. Hay personajes claves que aparecen aliados y enemigos de cada uno. Hay acciones claves que anudan e interrelacionan los relatos: deseos, trampas, personas inocentes y culpables, violaciones, expulsiones y muertes. Los juicios pronunciados en el relato de la violación de Betsabé, (2 Samuel 11  y el mensaje de Yahveh a través de Natán, Cap.12) se  llevan a cabo en los otros hechos. Los hijos de David van muriendo, atrapados en sus vicios y sus odios.

Te invitamos a realizar talleres bíblicos sobre este tema. Aquí va una breve guía que puede ayudar en algo. Lo importante es abrir espacios de habla, escuchar, acoger, sentir el cuerpo con sus emociones y lenguajes, romper los históricos silencios y trabajar en la prevención, para que nunca más en nuestras narices un niño o una niña sea violentada sexualmente.

Hoy día, las predicadoras y predicadoras, son interpelados a proclamar que los niños y las niñas son Templos del Espíritu Santo y que constituyen la presencia de lo Santo entre nosotras y nosotros. Por tanto nadie puede violar el templo de Dios.

TRABAJO EN GRUPO PEQUEÑO

Texto: 2 Samuel 13

1. Leer detenidamente el texto bíblico.  
§       ¿Qué siente al leer este pasaje?  Medite en silencio.
§       Comparta sus impresiones con las personas que están a su lado.
2. Señale los personajes del texto y caracterice a cada uno. ¿Qué desea cada uno?
3. Cómo y en qué lugar suceden los hechos?
4. Busque los verbos empleados y analícelos.
5. Analice las reacciones de cada una de las personas involucradas en los hechos.
6. Señale las consecuencias para Tamar, sus reacciones y los mensajes que recibe.
7.- ¿Qué consecuencias produce este hecho en la familia?
8.- Identifique  las consecuencias políticas de la violación de Tamar.
9. ¿Qué mensaje nos entrega este relato hoy?
8. ¿Cómo enfrentamos hoy la violencia contra las mujeres?
9.- ¿Estamos siendo claros y precisos en afirmar que el cuerpo de las niñas y los niños son templos del Espíritu Santo, los cuales no pueden ser violentados?
10.- Como comunidades de fe ¿Estamos aportando a la construcción de relaciones humanas acogedoras, basadas en el respeto mutuo y la solidaridad?


II. Análisis del texto

En este estudio bíblico profundizaremos en la historia de Tamar. Este relato, sin duda alguna  nos impresiona profundamente. De él quisiéramos revelar algunos elementos que faciliten la reflexión.

  1. La violación sexual ocurre en el seno familiar
La violación sexual a Tamar es perpetrada por su hermano Amnón, en la casa-palacio familiar, insinuada por el primo de ambos, Jonadab.
Amnón, quien al principio  del relato pareciera motivado por el amor, estaba finalmente, impulsado por su instinto de posesión, al que hoy consideramos expresión brutal del machismo.  La violación fue planeada  haciendo uso y abuso del poder que tenía como heredero del trono y sin medir las consecuencias personales, familiares y políticas para todo el país.

  1. Los personajes y sus interrelaciones
Los personajes pertenecen todos a la familia real de David. Él es el monarca, cuya dinastía ha recibido la promesa eterna del Dios de Israel.

Amnón es el hijo varón mayor, esto, en las familias judías comunes le daba ya un lugar de privilegio y, en el caso de Amnón le garantizaba además el trono real, por ser el príncipe heredero y sin restricciones del mismo.

Según el texto, el hijo varón segundo y segundo heredero del trono era Absalón.

Tamar no era candidata al trono simplemente  por ser mujer. Era sí muy visible por pertenecer a la casa real  y por ser una hermosa princesa.

En el texto hay personajes claves que aparecen aliados. Yonadab es aliado de Amnón , cuya estrategia permite crear las condiciones para consumar la violación contra Tamar. Absalón,  interviene para pedir silencio: “No digas nada”  pero aprovecha este hecho en su lucha para conseguir el poder en la monarquía de Israel. Quizá sea una doble utilización de Tamar. Las consecuencias de la violación de Tamar, la hija del rey David tuvo serias consecuencias políticas para el Reino de Israel, pues comenzó la lucha por el poder que terminó con la división del reino.

3. El nombre

El autor de los libros de Samuel generalmente escribe historias de hombres, sin embargo, recoge y nos presenta  relatos de  historias de mujeres.  Curiosamente siempre menciona a los hombres por sus nombres,  sin embargo, cuando habla de Tamar, no siempre menciona su nombre; es ella.  Esto es muy relevante porque el nombre era muy importante en Israel, cuando usted no era nombrado usted “era nadie” Es decir, Tamar aquí no era nadie.  Desde la dimensión sicológica, toda persona tiene la necesidad de ser nombrada y el derecho a tener un nombre, esto contribuye a su propia identidad y a ser valorada socialmente. 

4. Ejerciendo la consolación

Tamar ejerce el ministerio de la consolación. Está cuidando la vida de su hermano enfermo. Actitud muy típica de la mujer, En hebreo la palabra Torta tiene la misma raíz que corazón, es decir Tamar hizo la torta, con sinceridad, con amor. Actitud muy distinta a la de Amnón, que tenía  la intención de violentar sexualmente a su hermana.
   
5. La mujer habla   

Tamar habla. (vs.12-13) y habla con sabiduría. No hay violencia en sus palabras. Trata de convencer.  Es un llamado ético al comportamiento que se debía tener como pueblo de Dios. A pesar de ofrecer alternativas, no es escuchada, más  bien es silenciada. El llamado al deber ser cae en el vacío. Ella  sabe que este acto traería serias consecuencias para ambos, consecuencias que se prolongaron por largos años.

6. El autoritarismo

El lenguaje y uso de los verbos empleados en la interrelación  es tremendamente autoritaria: Ve, trae, sujetó, forzó...Hay una dinámica de  relaciones interpersonales basada  en la  prepotencia y la dominación.

7.Desolación y silencio

Después de la violación Tamar es hechada . La frase en hebreo dice: “Hecha de aquí esta cosa” Amnón insiste en cerrarle bien la puerta. ¿Qué significa cerrar la puerta tras ella?
Sin duda que es un lenguaje simbólico de exclusión y dolor.
Tamar se identifica como inocente, rompiendo su vestido y llorando. Cubre su cabeza con ceniza y se va gritando. (v.19). Por la forma en que expresa su dolor, entendemos que no quiere ocultar lo sucedido, más bien decide hacer un gran escándalo. Quizás deseaba que el culpable de su tragedia no quedara impune. Es por esta acción de Tamar que todos se enteran de lo sucedido en su familia y en la corte, es decir, este brutal hecho doméstico en medio de esta conflictuada  familia real trasciende públicamente. Ello tiene así consecuencias políticas. Inmediatamente se le pide que guarde silencio. El violador fue su hermano, así que todo quedaría en familia. Su denuncia es ocultada.

Guarda silencio: “No digas nada”  dice Absalón y la acoge en su casa.

También David guarda silencio (v.21) El rey a pesar de enojarse mucho, no actuó. Amnón era su hijo preferido por ser el primogénito y heredero al trono, esto impidió que David enfrentara el problema con mayor objetividad y velara por el fortalecimiento del respeto y la ética de su pueblo.

Posteriormente Absalón, en un acto de venganza, mata a Amnón. Nada dice el texto si eso mitigó el desconsuelo de Tamar.
   

En el círculo de la violencia, el
 SILENCIO
 es el  principal  cómplice
 y  contribuye a su reproducción.


Sugerencias:
Al momento de leer, tener elementos visibles: una corona, bastón de autoridad, o algún símbolo de poder. Entre otros elementos que nos traigan a la memoria de los distintos momentos del suceso. Existen varios espacios, desde la cocina, de donde viene la preparación de la torta. La habitación de la intimidad. Esto ayudará a traer la situación a nuestro presente, y mejor si están presente los olores como el de la torta, perfume.
Se pueden contrastar los elementos que nos conectan con un momento feliz, y otras que no las son.
Esto será el puente que hacemos de la historia a nuestro hoy, en la vida de las mujeres silenciadas.

Elaborado por Mujeres de la Región Andina.
---------------------------------------------------------------------------------------------

Oración



Me siento frente a este día y nace en mí una reverencia
Me inclino anta Ti Divinidad Bella,
presente en cada mujer y en cada varón,
que me ayudó a valorarme, a creer y a crecer.

¿Porqué nos cuesta tanto oh Dios mirarte como Mujer?,
si de tu imagen y semejanza fuimos hechas.
La cultura y la Iglesia nos grabaron a fuego que sos varón,
olvidando tantos rasgos femeninos que habitan tu Palabra
y la historia de tu pueblo, ciegos frente a la femineidad con la cual
vestiste a la Naturaleza, olvidando que La Ruah danzó y sopló
sobre todas las creaturas hasta que cobramos vida.
¿Cómo no reconocerte Mujer oh Dios?,
si acunaste mis noches con tus manos maternas.
¿Cómo invisibilizarte de tal manera?,
si estás vitalmente activa, gestando, cuidando y dando a luz
en distinto lugares y ámbitos, 
variados procesos de humanidad nueva,
que venís pujando y pujando desde antaño como en un eterno parto.

¿Cómo no creer en Ti oh Dios, amante y compañera?,
si sabés de los ciclos que nos purifican, nos renuevan,
y en ese dolor te hacés fuerza.
¿Cómo no admirar tu armonía y tu belleza?,
si de tu Ser formaste la luna, la esperanza y las estrellas.
¿Cómo intentar ocultarte?,
si tu Sabiduría presenció el tiempo largo de la creación.
¿Cómo olvidarte incesante luchadora?,
si sostuviste el cuerpo y los sueños de tantas mujeres tenaces
y firmes a lo largo de la historia.

Me inclino ante Ti Belleza divina,
que nos seguís atrayendo con tu Amor,
Me inclino ante Ti y te doy GRACIAS
por habernos creado y por estar hoy,
danzando entre nosotras,
buscando abundancia de vida.



Hna. Carolina Acosta NSC, 2007
------------------------------------------------------------------------------

Poema: ¡Recibí Flores Hoy!

¡Recibí Flores Hoy!
No es mi cumpleaños ni ningún otro día especial.
Tuvimos nuestro primer disgusto anoche y él dijo muchas cosas crueles que en verdad me ofendieron.
Pero sé que está arrepentido y no las dijo en serio,
porque él me mandó flores hoy.
Anoche me lanzó contra la pared y comenzó a golpearme.
Parecía una pesadilla, pero de las pesadillas despiertas
y sabes que no es real.
Me levanté esta mañana dolorida y con golpes en todos lados...
Pero yo sé que está arrepentido, porque él me mandó flores hoy.
Y no es día de San Valentín ni ningún otro día especial
Anoche volvió a golpearme y amenazó con matarme.
Ni el maquillaje o las mangas largas podían esconder los cortes y
golpes que me ocasionó esta vez.
No pude ir al trabajo hoy, porque no quería que se dieran cuenta.
Pero yo sé que está arrepentido, porque él me mandó flores hoy.
Y no era el día de las madres ni ningún otro día señalado.
Anoche el me volvió a golpear, pero esta vez fue mucho peor.
Si logro dejarlo, ¿qué voy a hacer?
¿Cómo podría yo sola sacar adelante a los niños?
¿Qué pasará si nos falta el dinero?
¡Le tengo tanto miedo!
Pero dependo tanto de él que temo dejarlo.
Pero yo sé que está arrepentido, porque él me mandó flores hoy.
Hoy es un día muy especial:
Es el día de mi funeral.
Anoche por fin logró matarme.
Me golpeó hasta morir.
¡Si por lo menos hubiera tenido el valor y la fortaleza de dejarlo.....!
¡Si hubiera aceptado la ayuda profesional....!

¡Si se lo hubiera hecho saber a todas mis amistades, hoy no hubiera recibido flores!


---------------------------------------------------------------------------------------------


Celebración Litúrgica



O: En el nombre delDiosCreador, deJesucristo, y del Espíritu Santo.
C:Amén.
O:Confesamos nuestro pecado delante de Dios y en presencia los unos de los otros. Misericordia Infinita:

C: (Ev. Juan 19: 33 b) ¿Eres Tú el rey de los Judíos?   Silencio

Te confieso que muchasveces titubeo, simplemente piensoen el “reino terrenal”.
Gracia infinita,
VEN Desde lo hondo te llamo, desde los mundos diversos de tantas mujeres,  desde sus heridas que también me duelen. Aliento vital,
VEN, Energía creadora,
VEN, Fuerza que sustenta los huesos,
VEN Soplo que restaura lo humano,
VEN. Garra que sostiene las luchas,
VEN. Caricia que fortalece el deseo de vivir,
VEN. Color que da vigor a nuestros pasos,
VEN. Sabor que enriquece nuestros diálogos,
VEN. Grito que rompe el silencio frente a las injusticias,
VEN. Aroma que purifica los espacios de debate,
VEN. Melodía que alienta la resistencia,
VEN. Fuente de todo poder al servicio del bien común,
VEN. Ternura que recupera de los daños causados por la violencia,
VEN  Y AYUDANOS.
Por amor de tu Hijo Jesucristo, ten piedad de nosotros.
Perdónanos, renuévanos y dirígenos, a fin de que nos alegremos
en tu voluntad y caminemos por tus sendas, para gloria de tu santo nombre.  Amén.

O:(Ev. Juan 19: 37b)Tú lo dices: yo soy rey. 
Para esto he nacidoy he venido al mundo; para dar testimonio de la verdad. El que es de la verdad, escucha mi voz”
DIOS es la alegría que libera y saca de la opresión, Sabiduría que re-crea las organizaciones comunitarias, Lluvia torrencial que arrasa con el miedo y “él no te metas”. 
Abrazo que rescata del dolor y la pobreza, 
Palabra que devela toda hipocresía,  
Capacidad de compromiso frente al sufrimiento ajeno, 
Viento que hace posible la transparencia yreciprocidad.  
Amor que reúne a las y los diferentes, VEN.  
Calma que capacita para amar y ser coherentes, VEN
A los que creen en Jesucristo, Dios les concede el regalo de ser hijos e hijas de Dios y les concede su Espíritu Santo.
C:  ♫ Amén.

♫  ASI COMO TU SEÑOR
Así como tu Señor así como tú nos amas: ¡Y NOS AMAS!
Así queremos amar
Amar es confesarnos mutuamente.
Perdonarnos de nuevo cada día
buscar la luz, la verdad andar de frente sin
guardias sin secretos sin mentiras ¡y perdonas!
Amar es compartir todos los tiempos
los de espera dolor y de alegría
amar es entregarse por el otro
dando pan dando fuerza nuestra vida ¡y te entregas!
Amar es ser siervo del sufre
la pobreza, el hambre , la ignorancia
es luchar junto él por liberarnos
y llenar el futuro de esperanzas ¡y liberas!

O: La gracia de nuestro Señor Jesucristo, el amor de Dios y la comunión del Espíritu Santo sean con ustedes.

C: Y con tu espíritu.

O: Señor, ten piedad!!    Kyrie eleison.

C: ♫  Kyrie eleison, Kyrie eleison, Kyrie eleison.

O: Gloria a Dios en las alturas, en la tierra paz, buena voluntad para con la humanidad!

♫  Oíd un son en alta esfera: en los cielos gloria a Dios, y al mortal paz en la tierra:
Canta la celeste voz. Con los cielos alabemos, al Eterno Rey cantemos, a Jesús que es nuestro bien, con el coro de Belén. Canta la celeste voz,  en los cielos gloria a Dios.

O:  El Señor sea con ustedes.          C:  Y con tu espíritu.

O: Oremos...  (la Colecta del Día/ o la Oración Enviada)

C:  Amén.

OPCIONAL: Lectura del Salmo. ♫Gloria sea al Padre y al Hijo y al Espíritu Santo
como era al principio es ahora y será siempre por los siglos de los siglos.  Amén.

Primera Lectura:Daniel: 7: 13-14

Segunda Lectura:Apocalipsis 1:5-8

♫ Aleluya, Aleluya, Aleluya 

Lectura del Evangelio:San Juan: 18: 33 b-37

Reflexión Bíblica.

CREDO (Karina García Carmona. Credo. (inédito). México. 2012. En Liturgia Reforma)
Creemos en un Dios que a la vida hizo buena y abundante.
Padre que consuela, Madre que ilumina. Dios: amor/sabiduría.
Creemos en Jesucristo quien con su ejemplo sana y salva a cada instante
Vida que resurge y que suscita, manos que tocando, restituyen y dan vida.
Palabra viva y encarnada, poema que hermanando da esperanza.
Creemos en el Santo Espíritu que en silencio es acción reconfortante
Viento que te empuja, tenue voz que me acompaña, Santa Luz que nos abraza.
Creemos que es la gracia y el amor el cimiento que sostiene este mundo, nuestra casa.
Creemos que es el diálogo el momento en que la luz se hace Palabra.
Creemos que el amor nunca rechaza.
Creemos que en Dios es el amor y el amor nunca rechaza.

Oración General.                         Se reciben las ofrendas.

♫VA DIOS MISMO
Cuando el pobre nada tiene y aún reparte,
cuando un hombre pasa sed y agua nos da,
cuando el débil a su hermano fortalece,
//va Dios mismo en nuestro mismo caminar //
Cuando hombre sufre y logra su consuelo
cuando espera y no se cansa de esperar
Cuando amamos aunque el odio nos rodee
//Va Dios mismo en nuestro mismo caminar //
Cuando crece la alegría y nos inunda
cuando dicen nuestros labios la verdad
cuando amamos el sentir de los humildes,
//va Dios mismo en nuestro mismo caminar //
Cuando abunda el bien y todos lo comparten,
Cuando alguien donde hay guerra pone paz,
Cuando “hermano” le llamamos al extraño
//va Dios mismo en nuestro mismo caminar //
Las Palabras de Institución de la Mesa del Señor. 
El Padrenuestro.
La Paz del Señor sea con ustedes ahora y siempre.   C:  ♫Amén.

♫ Oh, Cristo, cordero de Dios,  
Que quitas el pecado el mundo,
ten piedad de nosotros (bis).
Oh, Cristo, cordero de Dios,  
Que quitas el pecado del mundo,  
Danos tu paz.

Se comparte la Mesa del Señor.

Oración.

Bendición.

C: ♫ Amén Amén, Amén.

Anuncios comunitarios, (se puede leer el poema: Recibí flores hoy)

♫No tengas miedo, hay señal secreta, un nombre que te ampara cuando vas,
en el camino que lleva a la meta, hay huellas por la senda donde vas.
No tengas miedo, si es la noche oscura, tú no estás solo,
ya no hay soledad;aunque la vida te parezca dura, hay quien dirige de la eternidad.
No tengas miedo, El guía tus pasos, tu nombre sabe y a tu lado está,
es el amigo que extiende sus brazos, no temas nada, El contigo va.
No tengas miedo si elcamino es duro, hay quien te guarda siempre con amor,
Él te defiende cual seguro escudo y te acompaña siempre en el dolor.

Diacona: María Elena Parras IELU,
Asesores: Equipo pastoral Wilma Rommel y Alan Eldrid
------------------------------------------------------------------------



Liturgia para o Dia Internacional da Mulher 
8 Março de 2014


Prelúdio
Acolhida
L. Não sei...
se a vida é curta ou longa demais pra nós,

mas sei que nada do que vivemos tem sentido,

se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:

colo que acolhe, braço que envolve,

palavra que conforta, silêncio que respeita,

alegria que contagia, lágrima que corre,

olhar que acaricia, desejo que sacia,

amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,

é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não

seja nem curta, nem longa demais,
mas que seja intensa, verdadeira,
pura...enquanto durar....“

L. Com essas palavras, da escritora e poetisa Cora Coralina, saúdo vocês. Estamos aqui para celebrar a vida. Vida que se renova a cada dia. Vida que se enche de sentido quando tocamos o coração das pessoas, ofertando um colo, uma palavra de carinho, um abraço. Assim fez Rute ao permanecer com Noemi. Seu carinho, sua amizade e fé fizeram toda a diferença não só para a vida de Noemi, mas para a vida do povo de Israel.
L. Hoje queremos contar essa história. Relembrar esse momento decisivo na vida dessas duas mulheres. Momento que se perpetua sempre que recordamos a história de mulheres que marcaram e marcam nossas vidas e a vida de nossas comunidades, nossa Igreja e cidade, por sua ousadia, coragem e sabedoria.
Saudação trinitária
L. Nós nos reunimos em nome de Deus, que nos criou e nos concedeu o dom da vida; que veio a nós em Jesus Cristo e nos mostrou o Reino da justiça e igualdade; que permanece no meio de nós pelo dom do Espírito Santo, Sabedoria Divina, que nos acompanha, orienta e fortalece. Amém.
Canto

(a escolher)

Confissão de pecados
L. O pecado nos separa do amor de Deus e nos impede de viver em comunhão. A confissão sincera pode restabelecer a comunhão e fortalecer a vida de fé. Acheguemo-nos confiantes à presença de Deus e confessemos os nossos pecados.
Deus de bondade e misericórdia, a Ti nos dirigimos para falar-te daquilo que pesa em nossos corações e que nos impede de sentir o teu amor e a tua presença. Perdão, Deus, pelos atos de covardia e violência contra meninas, meninos e mulheres. Perdão pelas portas fechadas, pelas poucas oportunidades, pela falta de confiança na capacidade das mulheres. Perdão pela omissão, pelos braços cruzados, quando deveriam estar estendidos em oferta de carinho, consolo e abraço. Perdão pela falta de tempo para escutar. Perdão pelas palavras de julgamento e condenação e pela pouca disposição em auxiliar. Dá-nos força para construir um mundo novo, livre de exclusão, marginalização, violência e repressão. Por teu grande amor, mostra-nos tua justiça, tua misericórdia e tua graça.
C. Amém!

Anúncio da graça

L. Deus responde ao nosso clamor, dizendo: “Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi”. (Is 44.22)

C. Graças te damos, ó Deus, por teu olhar compassivo e teu abraço de misericórdia. Amém.

Kyrie
L. Ao orarmos, expressamos nosso desejo de transformar situações que causam dor e sofrimento e nos comprometemos com essa transformação. Coloquemo-nos diante de Deus, clamando em favor de quem grita por misericórdia. Clamemos pelas mulheres silenciadas, violentadas e maltratadas na igreja e na sociedade. Clamemos pelas mulheres desprezadas, que, assim como Rute e Noemi, lutam por seus direitos. Clamemos pelas mulheres cuja participação na construção de uma nova realidade é anulada. Ainda acreditamos que somente atos heroicos e grandes teorias contribuem para a sobrevivência e evolução da espécie. Clamemos a Deus, cantando...

C. Pelas dores deste mundo, ó Senhor

Oração do dia

L. Deus de amor, oramos a Ti, pedindo que abençoes todas as mulheres e homens que lutam diariamente. Ajuda-nos a segurarmos em tua mão para seguir adiante, para não desfalecermos diante da adversidade e seguir firme na fé. Que tua palavra nos oriente, motive, console e fortaleça. Abra, Deus de amor, nossos corações para que tua palavra encontre solo fértil e produza frutos. Por Cristo, teu filho, nosso Salvador.

C. Amém!

Liturgia da Palavra



Leituras bíblicas

L. Ouçamos a leitura de Rute 1.6-18

C. Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar

Leitura do Evangelho

L. Aclamemos o Evangelho, cantando:

C. Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar
L. Evangelho segundo Marcos 14.3-9
L. (leitura) Palavras do Senhor!
C. Louvado sejas, Cristo!
Prédica



Leitura de Rute 1.6-18
Dinâmica das sobras dos alimentos



(Após a leitura do texto, duas ou mais pessoas arrumam a mesa para que esta fique bem bonita. Ao final, L diz:)
L. Os alimentos dispostos nesta mesa foram trazidos por várias pessoas desta comunidade. São restos, sobras de comida: pão, frutas, bolachas... Restos não significa dizer que esta comida não serve para se alimentar. Dizemos que são sobras porque são alimentos que ainda servem para serem consumidos. Pergunto: O que podemos fazer com estas sobras, estes restos de alimentos? Para que servem? Quantas pessoas podem ser alimentadas com estas sobras? Outra pergunta: o que estes restos de alimentos têm a ver com a história das duas mulheres do texto que acabamos de ouvir? Como estas sobras podem se relacionar com a história das mulheres das nossas comunidades?
(A partir desse impulso inicial, sugerimos que cada qual construa a mensagem a partir dos subsídios dados para a pregação, no final deste texto)

Confissão de fé
(Credo da Mulher)
C. Creio em Deus, que criou a mulher e o homem a sua imagem, que criou o mundo e recomendou aos dois sexos o cuidado da terra.

Creio em Jesus, filho de Deus, eleito de Deus, nascido de uma mulher, Maria, que escutava as mulheres e as apreciava; que morava em suas casas e falava com elas sobre o Reino; que tinha mulheres discípulas, que o seguiam e o ajudavam com seus bens.

Creio em Jesus, que falou de teologia com uma mulher, junto a um poço, e lhe revelou, pela primeira vez, que ele era o Messias, que a motivou a ir e contar as grandes novas na cidade.

Creio em Jesus, sobre quem uma mulher derramou perfume, em casa de Simão; que repreendeu aos homens convidados que a criticavam.

Creio em Jesus, que disse que essa mulher seria lembrada pelo que havia feito: servir a Jesus.

Creio em Jesus, que curou a uma mulher, no sábado, e lhe restabeleceu a saúde porque era um ser humano.

Creio em Jesus, que comparou Deus com uma mulher que procurava uma moeda perdida, como uma mulher que varria, procurando a sua moeda.

Creio em Jesus, que considerava a gravidez e o nascimento com veneração, não como um castigo, mas como um acontecimento desgarrador, uma metáfora de transformação, um novo nascer da angústia para a alegria.

Creio em Jesus, que se comparou a galinha que abriga os seus pintinhos debaixo das suas asas.

Creio em Jesus, que apareceu primeiro à Maria Madalena, e a enviou a transmitir a assombrosa mensagem Ide e contai....

Creio na universalidade do Salvador, em quem não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher, porque somos um na salvação.

Creio no Espírito Santo, que se move sobre as águas da criação e sobre a terra.

Creio no Espírito Santo, o espírito feminino de Deus, que nos criou, e nos fez nascer, e qual uma galinha nos cobre com suas asas.

Canto

(com recolhimento das ofertas)


Oração geral da Igreja:
L. Deus de amor, a história de Rute nos fala sobre duas mulheres separadas por barreiras étnicas, levantadas por nós, seres humanos, mas unidas pelo amor. É por isso que pedimos que a tua misericórdia esteja conosco. Assim como estiveste com elas, sê, Deus de bondade, conosco hoje e sempre, fazendo realidade tuas promessas para quem se coloca em tuas mãos. Ajuda-nos a olhar a vida como Rute o fez; ela que, apesar de todas as adversidades, seguiu pelo caminho que tu tinhas traçado, refugiando-se em ti e na tua verdade. Deus, ajuda-nos a tomar as melhores decisões para estarmos nos lugares em que somos necessárias e necessários, receber a tua bênção, fazendo sempre o bem, mesmo em tempos difíceis. Dá-nos coragem e sabedoria para enfrentarmos as crises e poder amar à nossa próxima e ao nosso próximo sem impor barreiras, amparadas e amparados em tua Palavra. Por Jesus Cristo, nosso Salvador.

C. Amém!

Avisos comunitários



Liturgia de Despedida


Bênção



L. Que a estrada se abra à sua frente

Que o vento sopre levemente às suas costas,

Que o sol brilhe morno e suave em sua face,

Que a chuva caia de mansinho em seus campos

E que até que nos encontremos de novo

Deus te guarde na palma de sua mão

E que até que nos encontremos de novo

Deus te guarde

Deus nos guarde

Em suas mãos

Envio



L. Vão agora e sirvam a Deus sem medo, sem culpa e sem violência!
C. Demos graças a Deus.

Subsídio para pregação
Sobre o texto de Rute



A Pa. Sisi Blind comenta o seguinte sobre o livro de Rute: “Existe polêmica quanto à formação, à meta e ao lugar do livro de Rute. Optamos pela versão que o coloca na formação pós-exílica. Concordamos também que é uma novela muito bem elaborada, que simboliza a polêmica situação do povo naquela época. A sobrevivência daquele povo não se dá porque existem amparos da legalidade e da estrutura religiosa e estatal. A sobrevivência se dá através da memória histórica da comunidade tribal, da perseverança, da fé e da opção pela busca inconformada pela continuidade da vida. O livro de Rute nos conta a trajetória de um povo que não se deixa abalar. Quando já não resta mais esperança, é das migalhas, do resto que se recomeça a caminhada. Geraldo Vandré parece ter cantado já naquela situação: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. (Proclamar Libertação - Auxílio Homilético 29 - Rute 1.1-19a )

Alguns pontos que chamam atenção no livro:
1. A história do povo é contada a partir da história de duas mulheres, ambas viúvas e pobres.
2. Toda a trama se desenvolve em torno da busca por direitos: à proteção (ambas eram viúvas), à sobrevivência (lei do levirato – Dt 25.5-6; Rt 4.3-8), à hospitalidade (Rute era estrangeira).
3. Rute, a personagem principal, vai atrás de sobras: sobras de espigas; sobra de solidariedade. E transforma esta “sobra” em algo novo, em uma nova realidade.
4. A participação de mulheres na história sempre foi considerada um apêndice e colocada à parte. “Coisa de mulher”, “coisa de cozinha”. No entanto, mulheres não se resignaram com esse “lugar” e “papel” a elas designados. Usando os meios que lhe eram dados, transformaram sua própria realidade e a realidade de todo um povo.
5. Também na história de nosso país, cidade e comunidade houve a participação de mulheres. No entanto, esta participação foi colocada em segundo plano e ofuscada pelo relato “oficial” da história.
6. As mulheres sempre participaram da construção e edificação de nossas comunidades, envolvendo-se com arrecadação de fundos para construir templos, casa ministerial, ministrando culto infantil, ensino confirmatório, cozinhando para festas, entre tantas outras tarefas... Mas essa participação não ficou e não fica registrada na história de nossas comunidades. São como “sobras”.
7. Nosso desafio é, à luz dos 500 anos da Reforma Luterana, desvelar e revelar a participação das mulheres na história: suas ações, contribuições e fazer teológico. É fazer das “sobras” uma bela mesa, cheia de histórias de vidas que, unidas, formam um banquete que alimenta quem tem fome.
8. Vamos transformar o caminho da cozinha para a sala de jantar, e vice-versa, criando espaços e oportunidades para o diálogo, para o debate, para a participação de todas as pessoas na construção de algo novo.
Um exemplo concreto:



A Pa. Gloria Rojas, do Chile, relata o seguinte: Logo depois do terremoto do dia 27 de fevereiro de 2010, foi formado um Comitê Inter eclesiástico de Emergência, composto por nove pessoas. No dia 03 de março, saímos em caravana em direção ao sul do país para saber e acompanhar os membros, pastores e pastoras de nossas igrejas. Nessa viagem, só podíamos levar alguns alimentos para o nosso próprio consumo durante a viagem e também para compartilhar com as pessoas onde ficaríamos. Antes de partir, o P. Oscar Sanhueza (da Igreja Luterana em Concepción) – conseguiu se comunicar comigo e me pediu que levássemos pão, pois não se o conseguia nem mesmo comprado. Lamentavelmente, nós também não conseguimos juntar muito e, mesmo assim, partimos. Em uma das paradas durante a viagem, fomos recebidas e recebidos pelos membros da Igreja Metodista em Parral. Nesta comunidade, uma senhora nos ofereceu um pão preparado naquele dia. Tomei coragem e lhe perguntei se era possível conseguir mais alguns pães para levar a Concepción. Ela me disse que não poderia fazer mais pão, pois o que tinha era muito pouco. Na manhã seguinte, no entanto, alguns minutos antes de nossa partida, chegou a Sra. Rosa trazendo um saco de pão, fruto da doação de membros. Pessoas doaram farinha e ela havia preparado os pães. Nunca nos esquecemos desse generoso gesto de solidariedade e entrega em favor de pessoas que estavam sofrendo “mais que elas e eles”. Graças a Deus, que move nossos corações e nos leva a compartilhar, acompanhar e celebrar a vida em meio às dificuldades. Nos corações de Rute e Noemi estavam fortemente enraizados o amor, a solidariedade, o auxílio e o compartilhar das possibilidades, assim como aconteceu com o exemplo acima.





-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------

Mulheres que louvam a Deus


Obra e Biografia

Mulheres que louvam a Deus
Na Bíblia encontramos algumas mulheres que passaram por situações difíceis, mas experimentaram a mão poderosa de Deus e então ergueram suas vozes para louvar a Deus. - Você conhece alguns nomes dessas mulheres? Veja, por exemplo: Êxodo 15,20 e 21; Juízes 5,1-3; I.Samuel 2,1-10; Lucas 1,46-55; Lucas 2,36-38.
A primeira poetisa evangélica de confissão luterana, na época da Reforma, foi Elisabeth Cruziger (1500-1535). Ela é a autora do hino “Herr Christ, der einig Gotts Sohn” (Senhor Cristo, o unigênito Filho de Deus; não se encontra no HPD), um hino para a época da Epifania e que foi publicado no hinário de 1524, Geistliches Gesang-Büchlein, (organizado por Johann Walther, com 32 hinos em língua alemã e 5 em latim, e um prefácio de M. Lutero).
lisabeth era filha da família nobre von Meseritz, na Pomerânia. Quando bem jovem ainda, ela foi entregue à Ordem das freiras Praemonstratensianas em Treptow. Ali chegou a conhecer as idéias da Reforma através de Bugenhagen, um amigo e colaborador de Martim Lutero. E resolveu abandonar o convento, junto com algumas colegas correligionárias. Em 1524 casou com Kaspar Cruziger (ou Kreuziger), recebendo a bênção matrimonial por Lutero. – Depois de Elisabeth Cruziger muitas outras senhoras2 ajudaram a aumentar o louvor a Deus.

Poetisas, tradutoras e compositoras no HPD
Nomes -  *Nasc.    - + Fal.     - HPD nº    -  Observações
Berger, Micaela - *1947 - 139 - M música
Brakemeier, Ruthild -  *1938 - 031, 221  -Tr.
Camac Ramirez, Esther - 438  - L letra
Crosby, Frances Jane (Fanny) - 1820-1915 - 184 - L
Denyszczuk, Alice Östergreen - *1922 -  237 -  Tr.
Elliot, Charlotte - 1789-1871 - 192  - L
Franz-Bock, Valéria - 1961 - 425 - L
Frenzel, Marise - 425   LM -  414 - Tr.
Gomes, Irene -  412, 415 -  M
Grzeschiuchna, Hanna- *1935 -  251 - LM
Hausmann, Julie Katharina von - 1826-1901 - 174 - L
Hayn, Henriette Mª Luise von - 1724-1782 -  202 -  L
Holzmeister, Liselotte - 1921-1994  - 020 - Tr.
Jesus, Santa Tereza de  -  453 L
Kalley, Sara Poulton - 1825-1907 - 084, 085, 117, 120, 127, 132  - L
Kolling, Miriam T. - *1939 - 358 - M
Krobot, Liara Roseli - 425 - M
Lafferty, Karen - *1948 - 197 - M
Lathbury, Mary A. - 1841-1913 - 201 - L
Lee, Ruth - 313 - L
Monteiro, Simei  - 330 L  - 331,339,341,420,432,433 - M
Müller, Ivete - 199
Muller-Zitzke, Martha - 1899-1972  - 67 - L
Oranien,Luise Henriette von - 1627-1667 -  298 - L
Östergreen Denyszczuk, Alice - *1922 -  237 -  L
Pollard, Adelaide - 1862-1934 - 194 - L
Redern, Hedwig von - 1866-1935 - 169 - L
Reuss, Eleonore Princesa von - 1835-1903 - 34 - L
Santos, Gladis D. dos-  484 - L
Sardenberg, Maria - 488-  M
Schwarzburg-Rudolstadt, Ämilie J.  - 1637-1706 - 233 e 292 - L
Senitz, Elisabeth von - 1629-1679 -  56 - L
Uesi (ou Ursi), Amália -  462 - M
Verel-Rappard, E.  -  303 - L
Viebahn, Christa von - 1873-1955 - 221-  L
Weiss, Christa - *1925 - 284 - L
Winkel, Helga - *1922 -  22 - 1 L
Zuberbühler, Sophie - 1833-1893 - 107 - M
Notas:
1 The Order of Canons Regular of Prémontré, also known as the Premonstratensians, the Norbertines, or in Britain and Ireland as the White Canons (from the colour of their habit), are a Catholic religious order of canons regular founded at Prémontré near Laon in 1120 by Saint Norbert, who later became Archbishop of Magdeburg
2 Winrech Scheffbuch e Beate Scheffbuch escreveram um livro com o título „Weil mich festhält deine starke Hand“ (Porque tua mão forte me segura) e o sub-título „Frauen singen von Jesus“ (Mulheres cantam a respeito de Jesus). Ali se encontram 32 biografias de poetisas, cujos hinos ainda hoje em dia se cantam.
i Hanna Grzeschiuchna é autora de Letra e Melodia do original alemão “Ich sing solang es mir gefällt” EG (18ª ed.) nº 497, adaptado por Frank Graf em HPD nº 251.
O artigo ainda está EM OBRAS.




++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
=======================================================================


PROPOSTA DE LITURGIA PARA O CULTO DA REFORMA - 2014

“VIDAS MOLDADAS EM COMUNHÃO

Material necessário: pequenos vasos de cerâmica, que serão distribuídos na entrada da Igreja. Dentro dele pode ser colocado um versículo bíblico de acordo com o tema do Culto ou a oração de confissão de pecados de Martim Lutero.
Preparação do ambiente: diante do altar, vasos de cerâmica de diferentes formas e tamanhos.

 
LITURGIA DA ENTRADA
Prelúdio
Acolhida
L: Bom Dia! / Boa noite!
Celebramos neste culto a história da Igreja Luterana, oriunda do Movimento da Reforma, no século 16. Muitas mãos contribuíram para que a Igreja Cristã fosse reformada e pudesse estar constantemente orientada pela Palavra de Deus, que nos liberta para amar a servir.
A partir da Reforma é possível afirmar que “de Deus nada se compra. Tudo se recebe! Por gratidão, podemos servi-lo com alegria!” Assim também Martim Lutero, Katharina von Bora e tantas outras pessoas serviram a Deus ao longo da história da cristandade!
Somos pessoas moldadas diariamente por Deus, o grande Oleiro, para que tenhamos vida de comunhão, vidas que promovem paz, justiça, civilidade e respeito onde vivemos.
Assim celebramos este culto com alegria, dando graças a Deus pelas vidas que foram moldadas por Deus para atuarem antes, durante e após a Reforma da Igreja.

Agradecemos pelas nossas vidas que são moldadas para viverem em comunhão no serviço ao Trino Deus, dentro e fora da Igreja!
Saudação
L: Que a graça e o amor de Deus, que é vida, a força e a coragem do Espírito de Sabedoria, a paz e a misericórdia do Cristo Ressuscitado estejam conosco. Amém!
Canto
Oração de Confissão dos Pecados (em pé)
(Durante a oração de confissão dos pecados cada pessoa segura o vaso em suas mãos)
C: “Vê, Senhor, que sou um vaso que carece muito de ser preenchido.
Meu Senhor, enche o vaso, pois sou pessoa fraca na fé.
Fortalece-me, pois sou pessoa fria no amor.
Aquece-me e torna-me quente, para que meu amor transborde para o próximo e a próxima.
Não tenho fé robusta e forte, acontece que sou pessoa acometida de dúvidas,
não podendo confiar em ti inteiramente.
Ó Senhor, ajuda-me, faze crescer minha fé e confiança.
Tudo o que tenho se encerra em ti.
Eu sou pobre, tu és rico e vieste para receber em misericórdia às pessoas pobres.
Eu sou pessoa pecadora, tu és justo.
Comigo está a doença do pecado, em ti está a plenitude da justiça.
Por isso quero ficar contigo, não preciso dar de mim para ti:
de ti posso receber. Amém
.” (Martim Lutero).
L: Entregamos diante de Ti, ó Deus, tudo aquilo que pesa em nós, tudo o que nos afasta de Ti e ofende as pessoas ao nosso redor. Entregamos nossos pecados e fraquezas nas tuas mãos, para que teu amor e tua graça quebrem o nosso preconceito, nosso orgulho, nossa solidão, nossa prepotência, nossas maldades e ações violentas. Sabemos que tudo isso te ofende e produz indiferença e frieza nas relações humanas. Quebra e transforma nossa vida, ó Deus, para que ela esteja sempre ao teu serviço, em alegria, paz e comunhão. Assim cantamos:
CantoEu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do Oleiro. Quebra minha vida, e faze-a de novo, eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo! (2x) (421 HPD 2)
Absolvição
L: Como pessoas amadas e perdoadas por Deus, que nos aceita por graça e fé, que nos motiva para irmos e não mais pecar e nos conduz rumo à santificação, somos perdoadas e perdoados, pois assim está escrito:
“Mas tu, ó Senhor Deus, és o nosso Pai; nós somos o barro, tu és o oleiro; todos nós fomos feitos por ti. Não continues tão irritado, ó Senhor, nem lembres para sempre os nossos pecados. Não esqueças que somos o teu povo.” (Isaías 64:8-9)
CantoComo tu queres, Senhor sou Teu, tu és o oleiro, barro sou eu.
Quebra e transforma, até que enfim, tua vontade se cumpra em mim.
 (2x) (194 HPD 1)
L: Louvamos a Deus que ouve a nossa oração, aceita nosso pedido de perdão e nos conduz para uma vida de santificação diária, pois conforme as palavras do Reformador Martin Lutero:
“A vida cristã não consiste em sermos piedosos, mas em nos tornarmos piedosos.
Não em sermos saudáveis, mas em sermos curados.
Não importa o ser, mas o tornar-se.
A vida cristã não é descanso, mas é um constante exercitar-se.
Ainda não somos o que devemos ser, mas em tal seremos transformados.
Nem tudo já aconteceu e nem tudo já foi feito, mas está em andamento.
A vida cristã não é o fim, mas o caminho.
Ainda nem tudo está luzindo e brilhando, mas tudo está melhorando.
” (Martim Lutero)
Glória
Deus nos ouve. Deus nos alcança com seu amor, perdão e cuidado a cada dia. Cantemos louvores a este Deus que nos conduz pela vida cristã para pensamentos e ações de paz, amor e comunhão:
C ♫: Glorificado seja teu nome, glorificado seja teu nome.
Aleluia, aleluia, aleluia, glória a Jesus!
 (2x) (253 HPD 1)
Oração do dia 
L: Louvamos-te, Deus da vida, que ao longo da história moldaste homens e mulheres para te servirem. Nós te pedimos, molda-nos hoje e sempre para que a tua Palavra nos desperte para ações de paz, inclusão e respeito para com todas as criaturas que surgiram das tuas mãos. Que nossa vida, como um vaso de barro, receba tua graça e teu perdão para que transborde em comunhão e justiça a favor de tantas pessoas que se irmanam na fé, na esperança e no amor. Em nome de teu filho, Jesus Cristo, nós oramos. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA
Leituras Bíblicas
L: Aclamemos o Evangelho deste culto em pé e cantemos Aleluia, cântico dirigido a Deus e significa “Louvado sejas”:
C ♫: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! (2x)
Leitura de João 8.31-36
(A ideia é que comentários da peça teatral “Memórias de Katharina”1  sejam lembrados durante o culto, após as leituras bíblicas, durante e após a pregação, como forma de ressaltar o empenho e serviço a Deus de pessoas que por ele foram moldadas).
Comentário da Peça Teatral “Memórias de Katharina”:
“Martim Lutero dizia que ‘um cristão é senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém. Um cristão é servidor de todas as coisas e sujeito a todos’. Martim Lutero viveu como pessoa liberta em Cristo, por isso trocou seu nome de Ludher, com dh, que significa vagabundo, para Luther, Lutero, com th, que significa liberto. Por sentir-se livre ele serviu a Deus. Traduziu a Bíblia para a língua alemã e fez questão de que os cultos acontecessem na nossa língua para que as pessoas pudessem compreender o que estava sendo pregado e não se deixassem ludibriar por vozes que não eram coerentes com o Evangelho de Jesus Cristo. Martim também pressionou os príncipes para que criassem escolas em seus territórios e oportunizassem o aprendizado da escrita e da leitura a todo menino e a toda menina. Criticou a usura das pessoas nos seus negócios e toda desonestidade e injustiça na relação entre patrão e empregados. Escreveu muito e ajudou as pessoas a conhecer um Deus que ama e que liberta do poder da morte e do pecado mediante a fé, sem qualquer mérito pessoal.”
Comentário da Peça Teatral “Memórias de Katharina”
“Foi incrível tudo o que aconteceu! Quem diria que os escritos do Dr. Martim Lutero entrariam no Convento Marienthron e que a sua leitura causaria todo este tumulto. De fato, depois que lemos que não é necessário servir a Deus nos conventos, mas que ele chama cada uma e cada um a servi-lo diariamente, através de sua atividade profissional ou estudantil, não vimos mais sentido em permanecer em reclusão! O mesmo pensaram freiras e monges em outros conventos que também se afastaram da vida em reclusão nos conventos. No Domingo de Páscoa, o dia da nossa fuga, chegamos até a cidade de Torgau e permanecemos lá até a terça feira. Três de nós encontraram abrigo junto as suas famílias ali mesmo. Ainda que tenhamos sido bem acolhidas, inclusive com aplausos por parte da população da cidade, as pessoas não queriam que permanecêssemos em Torgau porque naquele principado, quem auxiliasse uma freira, corria risco de pena de morte. Então seguimos até Wittenberg.”
Canto
Pregação
A partir destes comentários da peça teatral “Memórias de Katharina” e do Evangelho percebemos que Deus nos torna pessoas livres para amar e servir, em qualquer lugar onde estejamos. O que motiva esta vida de serviço é a comunhão e a relação de justiça e equidade entre as pessoas que são moldadas por Deus, quer seja na casa, no trabalho, na igreja, na sociedade em geral.
As 13 freiras do Convento Marienthron agiram com a certeza de terem sua liberdade garantida para servir a Deus de um modo diferente daquele ensinado no século 16. Motivadas pela Palavra de Deus e pelos conselhos de Martim Lutero elas agiram unidas e destemidas para servirem a Deus também fora dos muros do convento, na certeza de que estavam sendo moldadas e cuidadas por Deus.
E hoje, o que e quem nos motiva a servir?
Outros momentos da vida de Katharina Von Bora nos lembram o quanto ela se deixou moldar no serviço ao Deus da vida. Vejamos:
Comentários da Peça Teatral 
(Os trechos da peça teatral poderão ser lidos por diferentes mulheres caracterizadas de Katharina Von Bora. O cenário poderá ser uma mesa com livros, um jardim ou uma pequena cozinha. Neste cenário poderá ser usado grandes jarras ou potes de barro. Os trechos poderão ser intercalados com estrofes do hino: Deus é Castelo Forte e Bom ou outros).
KatharinaAos 16 anos fui ordenada freira e foi quando recebi meu hábito. Nós trabalhávamos muito no mosteiro, especialmente na horta e no estábulo. Lá aprendi a cuidar de doentes e a lidar com chás e ervas medicinais. Aprendi a ler e a escrever e tive iniciação em latim. Também cantávamos e orávamos muito.
Segundo ele (Martin Lutero) entendemos corretamente que todas as pessoas são chamadas a servir a Deus através da profissão que exercem, no dia a dia. Sendo assim, não é necessário que as pessoas precisem viver em reclusão, nos conventos, isoladas de tudo, para agradar a Deus.
Canto
Katharina: Bem, ele ainda disse que, de fato, com muito estudo da Bíblia, percebeu que Deus nos salva porque ele nos ama, por causa de sua misericórdia. Nada, mas nada mesmo do que façamos fará com que conquistemos o seu perdão. Ele nos perdoa por graça, mediante a fé. Isto está escrito na carta do apóstolo Paulo aos Romanos!
Martim Lutero, então, escolheu como marido para mim um pastor, mas este eu não quis. Mandei um recado, por um amigo do Dr. Martim Lutero, dizendo-lhe que com este tal pastor eu não me casaria de forma alguma, mas se Lutero quisesse casar-se comigo eu não me recusaria. Apesar do medo que o Dr. Martim Lutero sentia de casar-se, visto que supunha ser assassinado a qualquer momento, algo aconteceu...! Ele já havia se pronunciado a respeito do casamento dizendo ser este um espaço privilegiado para homem e mulher servir a Deus. Nós nos casamos na noite de 13 de junho de 1525: Martim tinha 42 anos e eu 26!
Canto
Bem, nosso casamento foi uma bela festa no Schwarzes Kloster, um antigo mosteiro que Martim recebeu da Universidade como moradia. Nos anos seguintes a casa encheu-se de vida: Tivemos três meninas e três meninos. Também acolhemos conosco muitos sobrinhos e sobrinhas. Martim se ausentava de casa frequentemente e, muitas vezes, por longos períodos, em função das questões da Reforma. Não se esquecia, no entanto, de escrever às crianças e, sempre que possível, lhes trazia uma lembrança do lugar onde estivera. Nosso grande pesar foi a perda, ainda bebê, de nossa segunda filha, Elisabeth. Isto foi realmente difícil de superar! Mas Deus nos concedeu muitas alegrias com nossas filhas e filhos. Lembro-me, com saudade, dos natais em família, quando nossas filhas e filhos ainda eram crianças...!
O conhecimento sobre o uso de ervas medicinais que adquiri quando vivia no Convento Marienthron me foi de grande valia, em diversas ocasiões. Até mesmo pessoas da cidade vinham até a nossa casa solicitar auxílio na doença. Quando Martim viajava, costumava escrever-me cartas sobre diversos assuntos. Ora me mantinha a par dos acontecimentos políticos que envolviam a Reforma, ora me atualizava sobre as discussões teológicas, ora solicitava minha opinião a respeito de algum assunto ou me pedia para encaminhar a publicação de mais um de seus escritos.
Sempre achei muito simpático e amoroso a forma como Martim se dirigia a mim na introdução de suas cartas. Vejam só: em 7 de fevereiro de 1546 ele escreveu (Katharina lê!): “Minha querida dona-de-casa Katharina Luther, doutora, mercadora de porcos de Wittenberg, minha graciosa senhora, em mãos e pés.” Alguns dias depois, em 10 de fevereiro de 1546, ele escreveu novamente: “À santa, mulher preocupada, senhora Katharina Luther, doutora, mulher de Zülsdorf (esta é a cidade onde adquirimos terras que pertenciam à minha família), minha graciosa, querida dona-de-casa.” Em muitas cartas Martim encerrava com as seguintes palavras: “Martinus Luther, teu querido amorzinho.
Lembro que nem sempre pude assistir aos cultos do meu querido Lutero, pois muitas vezes estava ocupada fazendo visitas a pessoas idosas, doentes, enlutadas, onde também usava meus conhecimentos com ervas medicinais, chás, pomadas para feridas e dores reumáticas e técnicas de massagens2.
Hino
Confissão de Fé (sugestão)
Nós cremos todos num só Deus – (cantado ou lido)
Hino 88 – HPD 1 – Martim Lutero
1. Nós cremos todos num só Deus, Criador de céu e terra.
Nós todos somos filhos seus; nele todo o amor se encerra.
Quer unir-nos com carinho, alma e corpo preservar-nos;
tira o mal que há no caminho; perdição não há de alcançar-nos.
Protege-nos com seu amor. Tudo está nas mãos do Senhor.
2. Nós cremos todos em Jesus, Filho Seu, Deus glorioso,
eterno, como o Pai na luz, Deus igual e poderoso.
Foi nascido de Maria, pelo Espírito gerado;
trouxe a nova da alegria, em favor do homem condenado.
Na cruz foi morto, mas por Deus, ressurgiu e retornou aos céus.
3. Nós cremos todos com fervor em o Espírito Divino.
Com Deus e com Jesus, Senhor, o adoramos em nosso hino.
Guarda toda a cristandade e a conserva sempre unida;
perdoando a iniquidade, nos concede a eterna vida.
Após a luta, o Senhor há de nos levar ao seu fulgor.
Oração Geral da Igreja
L: Graças rendemos a Ti, Deus Eterno, que moldas a vida de tantas pessoas, que as chama, as orienta, as conduz para o serviço de amor e gestos de paz neste mundo.
Graças redemos pela vida de homens e mulheres que encorajaste com teu Santo Espírito para testemunharem a tua verdade contida na Palavra que nos torna livres para amar e servir.
Intercedemos pela tua Igreja, para que seja sempre reformada e seja moldada por ti, sendo espaço de comunhão, de acolhida, de repouso e aconchego nos momentos difíceis da vida.
Intercedemos pelas lideranças da Igreja, que sejam moldadas para ações de bondade, misericórdia e compaixão em suas ações e decisões.
Intercedemos para que todas as pessoas sejam valorizadas com respeito e dignidade dentro da Igreja e fora dela, para que haja sinais do teu Reino entre nós, sinais de civilidade, justiça e respeito para com todas as criaturas que integram a tua vasta e diversa Criação.
Molda-nos, ó Deus, para que espalhemos sinais de amor, esperança e partilha neste mundo. Molda-nos para que pessoas sejamos de ações violentas que agridem nosso próximo e toda a tua criação. Molda-nos para que possamos ir ao encontro das pessoas que sofrem, das doentes, enlutadas, menosprezadas, injustiçadas, oprimidas e solitárias.
Molda-nos para que sejamos sempre instrumentos de paz, amor e respeito promovendo gestos de vida e comunhão.
Em nome de Jesus Cristo, teu filho amado, nós oramos. Amém.
(Se por algum motivo, a Ceia do Senhor não for celebrada, conclui-se a Oração Geral com o Pai-nosso)
Hino

LITURGIA DA CEIA
Preparação da mesa
L: A nossa oferta em dinheiro é um gesto de gratidão a Deus e de solidariedade para com as pessoas. Ofertando, nos colocamos como o barro nas mãos do Oleiro, e nos comprometemos com o serviço e a comunhão com Deus, com a próxima e o próximo. As ofertas deste culto estão destinadas para .....
L: Enquanto cantamos o hino....... as ofertas serão recolhidas e os elementos da Ceia serão trazidos ao altar.
Canto
L: Louvamos-te, Deus de bondade, por teu agir bondoso e amoroso em nosso viver.
Louvamos-te pelas dádivas da tua criação, pelas ofertas aqui trazidas, pelo pão e o fruto da videira presentes nesta mesa. Louvamos-te pelo teu amor que nos molda e nos capacita para te servir. Que a ceia que aqui vamos celebrar seja um sinal concreto da salvação que teu filho Jesus Cristo nos oferece. Que ela nos fortaleça no testemunho da verdadeira comunhão.
C: Amém.
L: (Diálogo) O Senhor esteja com vocês.
C: E também com você.
L: Vamos elevar nossos corações a Deus.
C: Ao Senhor os elevamos.
L: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
C: Isso é digno e justo.

Oração Eucarística
L: Ó Deus, tu que nos moldas e nos transformas. Nós te rendemos graças e louvores pela tua forma amorosa e acolhedora de agir. Louvamos-te por que chamaste a homens e mulheres e confiaste a eles e a elas a tua missão de anunciar e propagar o teu reino de amor, bondade, justiça, respeito e cuidado. Inscreveste ao longo da história a lei do amor nos corações humanos e fizeste com que teu povo te servisse e fosse fiel a ti e ao teu querer. Por isso, ó Deus, o teu nome exaltamos cantando.
C♫Santo, santo, santo, meu coração te adora. Meu coração só sabe dizer: Santo és, Senhor. (HPD 2 - 364)
L: Louvado sejas, Deus de amor, por teu Filho, Jesus Cristo, que foi fiel ao teu chamado e morreu e ressuscitou por nós, por amor ao mundo. Ele veio nos salvar e nos motivar a agir com gestos de partilha, justiça, em diálogo e harmonia com nossos irmãos e irmãs.
L: Jesus Cristo, teu filho que te serviu até o fim, reuniu-se com seus companheiros e companheiras da caminhada. E na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, o deu às pessoas ali reunidas, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memória de mim.
L: Derrama, ó Deus da vida, o teu espírito de igualdade, força e criatividade sobre nós, o mesmo que enviaste a teus discípulos e discípulas, aos homens e mulheres da Reforma da Igreja e a todas as pessoas que por ti foram chamadas e moldadas ao longo da história. Envia teu Espírito de amor e nos transforma para vivermos em comunhão.
C♫: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da Terra.:/
L: Lembramos, Deus do amor, das pessoas que serviram a tua Igreja nas gerações passadas e em todos os tempos, deixando marcas de renovação e testemunho de amor entre nós. Reúne-nos com elas à festa da alegria no Reino pleno de paz e justiça.
L: Como barro em tuas mãos, queremos fazer tua vontade neste mundo, servindo-te com alegria, coragem, sabedoria e fé, na certeza de que a lei do amor domina nossas mentes, corpos e ações. A uma só voz, oramos como teu Filho Jesus Cristo, nos ensinou:
PAI NOSSO
(Segue como sugestão a meditação sobre o Pai Nosso escrita por Katharina Zell3, em 1558. Poderá ser impressa, distribuída ou lida em conjunto).
L: “Nosso Pai, que habita no céu.”
CEle não é chamado de Senhor ou Juiz, mas Pai. E desde que Ele nos enviou seu filho e nós nascemos de novo, nós devemos chamá-lo de avô também. Ele deve ser admirado também como uma mãe que soube das aflições do nascimento e o prazer de amamentar.
L: “Santificado seja o teu nome.”
CDevemos abraçar isso com respeito, não só pelo nosso comportamento, os outros abraçaram isso com reverência.
L: “Venha teu reino.
CQue reines em nossos corações, alma, corpo e consciência.
LSeja feita a tua vontade.
CSalve-nos de murmurar contra qualquer cruz que jaz sobre nós.
L: “O pão nosso de cada dia, nos dá hoje.”
CAbençoe o labor de nossas mãos para que possamos fazer nossa própria comida e também para os outros. Dê-nos do pão e da água de cada dia, do qual se alguém comer ou beber nunca mais terá fome ou sede. Como os grãos de trigo se tornam um pão, que assim nós possamos nos unir em Cristo, prontos para com Ele enfrentar pobreza, dor e vergonha.
L: “Perdoe as nossas dívidas.
CSalve-nos dos ressentimentos quando somos caluniados e desprezados, como Cristo, que como uma ovelha que antes de ser tosquiada permanece muda e não abre sua boca.
L: “Livra-nos da tentação” de acreditar que nós fomos verdadeiramente perdoados, enquanto o rancor permanece e perante a tentação desesperadora da tua misericórdia, esquecer que Pedro e Maria Madalena foram perdoados.
C: “Liberta-nos dos demônios”, da fome, da guerra, escassez e aborrecimento, mesmo se esta for a tua vontade.
L: “Pois teu é o Reino.
CCristo deve reinar no céu e na terra.
L: “E o poder.”
CAssim mesmo como libertaste Israel, liberta-nos.
L: “E a glória.”
CAssim como deste o seu sopro para cada coisa que vive, porque a tua glória não tem fim.
T: “Para sempre. Amém!” (Kathrina Zell)
Gesto da paz
L: Vamos desejar a paz de Cristo que molda nosso agir, pensar e falar, com um aperto de mão ou um abraço aos nossos irmãos e nossas irmãs enquanto cantamos:
C♫: A paz de Jesus eu te dou, a paz do Senhor e o seu amor! (369HPD 2)
Fração
L.: O cálice da bênção pelo qual damos graças é a comunhão no sangue de Cristo. O pão que partimos é a comunhão no corpo de Cristo.
C♫Nós, embora muitos, somos um só corpo.
Comunhão 
L: Venham, pois tudo já está preparado. Participemos com alegria da mesa da comunhão que nos une e fortalece na missão da Igreja.
C♫: Este é meu corpo partido por ti;
traz salvação e dá a paz;
tome e come, e quando o fizeres,
faze-o em amor por mim.
Este é o meu sangue vertido por ti;
traz o perdão e liberdade;
Toma e bebe e quando o fizeres,
faze-o em amor por mim
. (357 HPD 2)
Oração pós-comunhão
L: Deus de bondade, agradecemos-te pela tua misericórdia e acolhida em tua mesa. Renova-nos na fé, na esperança e no amor e ajuda-nos para que, ao sairmos daqui, o corpo e o sangue de Jesus Cristo nos sustente na caminhada como Igreja que vive e celebra a comunhão. Molda a vida de homens e mulheres para um mundo solidário, justo e amoroso. É o que te pedimos em nome de Jesus Cristo, teu Filho amado, nosso Salvador.
C.: Amém.

LITURGIA DE SAÍDA
Avisos
Canto Final
Bênção 
Como barro nas mãos do Oleiro, Deus te abençoe!
Como barro moldado pelo Oleiro, Deus te use!
Como vaso novo, Deus te revigore para o serviço de amor e alegria!
Como vaso de barro, Deus te molde sempre para uma vida de comunhão!
Assim te abençoe o Deus que te criou, te moldou e te sustenta para seres vaso novo na tua casa, na Igreja, na sociedade, em qualquer lugar onde estiveres.
Envio
Que o Deus Eterno, Criador e Moldador de vidas nos guie para servi-lo com amor e alegria, hoje e sempre. Um abençoado dia e vão na paz do Cristo Ressuscitado, com a força do Espírito Vivificador. Amém.
Poslúdio
Notas:
1.A peça Teatral “Memórias de Katharina” foi escrita pela Pa. Ms. Scheila dos Santos Dreher e está disponível no Portal Luteranos no endereço:
http://www.luteranos.com.br/conteudo_organizacao/confessionalidade-luteranos-em-contexto/memorias-de-katharina
2. Do Livro: Katharina Von Bora – uma biografia, de Heloisa Gralow Dalferth, Editora Otto Kuhr, 2014, p.43-44).
3.Para saber mais sobre Kathrina Zell veja matéria sobre “O Movimento da Reforma e a Participação das
   Mulheres” no blog: http://redemulheresluteranas.blogspot.com.br/p/estudo-biblico-teologico.html.


Liturgia elaborada pela Pa. Cristina Scherer
São Francisco do Sul-SC
Uma iniciativa da Rede de Mulheres e Justiça de Gênero das Igrejas Luteranas da América Latina e Caribe filiadas à FLM


---------------------------------





PROPUESTA LITURGICA PARA EL CULTO DE LA REFORMA

OCTUBRE DE 2014

“VIDAS MOLDEADAS EN COMUNIÓN

Material necesario: pequeños vasos de cerámica, que serán distribuidos a la entrada de la Iglesia. Dentro de ellos puede ser colocado un versículo bíblico de acuerdo con el tema del Culto o la oración de confesión de pecados de Martin Lutero.

Preparación del ambiente: delante del altar, vasos de cerámica de diferentes formas y tamaños.


LITURGIA DE ENTRADA
Preludio

Bienvenida

L: Buenos días/tardes/noches!
Celebramos en este culto la historia de la Iglesia Luterana, oriunda del Movimiento de la Reforma, en el siglo 16.  Muchas manos contribuyeron para que la Iglesia Cristiana fuera reformada y pudiera estar constantemente orientada por la Palabra de Dios, que nos libera para amar y servir.
A partir de la Reforma es posible afirmar que “de Dios nada se compra; todo se recibe! Por gratitud, por poder servirle con alegría!”  Así también, Martín Lutero, Catalina Von Bora y tantas otras personas, sirvieron a Dios a lo largo de la historia de la cristiandad!
Somos personas moldeadas diariamente por Dios, el gran Alfarero, para que tengamos vida de comunión, vidas que promueven paz, justicia, civilización y respeto donde vivimos.
Así celebramos este culto con alegría, dando gracias a Dios por las vidas que fueron moldeadas por Dios para actuar antes, durante y después de la Reforma de la Iglesia.
Agradecemos por nuestras vidas que son moldeadas para vivir en comunión al servicio del Trino Dios, dentro y fuera de la Iglesia!

Saludo  (en pie)
L: Que la gracia y el amor de Dios, que es vida; la fuerza y el coraje del Espíritu de Sabiduría; y la paz y la misericordia del Cristo Resucitado, estén con nosotros.  Amén!

Canto: ___________________________________________________

Oración de Confesión de los pecados
(Durante la oración cada persona sostiene el vaso en sus manos)

C: “Mira, Señor, soy un vaso que necesita ser lleno. Mi Señor, llena el vaso, pues soy una persona débil en la fe.  Fortaléceme, pues soy una persona fría en el amor.  Anímame para que mi amor transborde para el prójimo.  No tengo fe sólida y fuerte, porque soy una persona  llena de dudas, y así no logro confiar en ti enteramente.
Oh Señor, ayúdame, haz crecer mi fe y confianza.  Todo lo que tengo se encierra en Ti.  Yo soy pobre, Tú eres rico y viniste para recibir en misericordia a las personas pobres.  Yo soy persona pecadora, Tú eres justo.  Conmigo está la enfermedad del pecado, en Ti está la plenitud de la justicia.  Por eso quiero estar contigo, no necesito dar de mí para Ti: de Ti puedo recibir.  Amén”. (Martín Lutero)

L: Entregamos delante de Ti, oh Dios, todo aquello que pesa en nosotros, todo lo que nos aparta de Ti y ofende las personas a nuestro alrededor.  Entregamos nuestros pecados y debilidades en tus manos, para que tu amor y tu gracia quebranten nuestro preconcepto, nuestro orgullo, nuestra soledad, nuestra prepotencia, nuestras maldades y acciones violentas.  Sabemos que todo eso te ofende y produce indiferencia y frialdad en las relaciones humanas.  Quebranta y transforma nuestra vida, oh Dios, para que ella esté siempre a tu servicio, en alegría, paz y comunión.  Así cantamos:
             
Canto: Haz lo que quieras, Señor de mí; Tú el alfarero, yo el barro soy;
              Dócil y humilde anhelo ser; Cúmplase siempre en mí tu querer.
Haz lo que quieras, Señor de mí; Mírame y prueba mi corazón;
Lávame y quita toda maldad para que pueda contigo estar.

Absolución
L: Como personas amadas y perdonadas por Dios, que nos acepta por gracia y fe, que nos motiva para ir y no más pecar y nos conduce rumbo a la santificación, somos perdonadas y perdonados, pues así está escrito:  “Ahora bien, Dios, Tu eres nuestro Padre; nosotros somos el barro y tú el alfarero.  Así que obra de tus manos somos.  No te enojes sobremanera, ni tengas perpetua memoria de la iniquidad.   Míranos ahora, pues pueblo tuyo somos todos nosotros”.  (Isaías 64:8-9 )

Canto: Haz lo que quieras, Señor de mí; Quita mis penas y mi dolor;
              Tuyo es, ¡Oh Cristo!, todo poder: Tu mano extiende y sanaré.
Haz lo que quieras, Señor de mí; Dueño absoluto sé de mi ser;
Del Paracleto dame la unción, y el mundo a Cristo pueda en mí ver.

L: Alabamos a Dios que oye nuestra oración, acepta nuestro pedido de perdón y nos conduce para una vida de santificación diaria, pues conforme a las palabras del Reformador Martín Lutero, recordamos que:
La vida cristiana no consiste en ser personas piadosas, sino en volvernos piadosas.  No consiste en ser saludables, sino en ser personas curadas.  No importa el ser, sino el volverse.  La vida cristiana no es descanso, sino que es una constante práctica.  Aún no somos lo que debemos ser, pero en tales seremos personas transformadas.  No todo ya sucedió y no todo ya fue hecho, pero está a camino.  La vida cristiana no es el fin, sino el camino.  Aún no todo está luciendo y brillando, pero todo está mejorando”. (Martín Lutero)

Gloria
L: Dios nos oye.  Dios nos alcanza con su amor, perdón y cuidado a cada día.  Cantemos loores a Dios que nos conduce por la vida cristiana para pensamientos y acciones de paz, amor y comunión.
C: Glorificado sea tu nombre//    Aleluya /// a Jesús (2x)

Oración del Día:
L: Te alabamos Dios de la vida, que a lo largo de la historia moldeaste hombres y mujeres para servirte.  Te pedimos, moldéanos hoy y siempre para que tu Palabra nos despierte para acciones de paz, inclusión y respeto para con todas las creaturas que surgieron de tus manos.  Que nuestra vida, como un vaso de barro, reciba tu gracia y tu perdón para que transborde en comunión y justicia a favor de tantas personas que se hermanan en la fe, en la esperanza y en el amor.  En nombre de tu Hijo, Jesucristo, oramos. Amén.  


LITURGIA DE LA PALABRA

(La idea es que comentarios de la pieza teatral “Memorias de Catarina”[1] sean recordadas durante el culto, después de la lectura bíblica, durante y después de la predicación, como forma de resaltar el empeño y servicio a Dios de personas que por Dios fueron moldeadas).

L: Aclamemos el Evangelio en pié y cantemos Aleluya, canto dirigido a Dios que significa: “Alabado seas”:
C♪: Aleluya!//// (2x)

Lectura Bíblica: Evangelio de Juan 8.31-36

Canto:

Predicación:
(Los trechos de la pieza teatral podrán ser leídos por diferentes mujeres caracterizadas de Catalina.  El escenario puede tener una mesa con libros, un jardín, una pequeña cocina con grandes jarras o potes de barro.  Los trechos pueden ser intercalados con estrofas del himno Castillo Fuerte u otros)

Comentario de la pieza teatral “Memorias de Catalina”:
“Martín Lutero decía que: “un cristiano es señor libre sobre todas las cosas y no está sujeto a nadie.  Un cristiano es servidor de todas las cosas y sujeto a todos”.  Martin Lutero vivió como  persona libre en Cristo, por eso cambió su nombre de Ludher, con dh, que significa vagabundo, para Luther, con th, que significa liberado.  Por sentirse libre él sirvió a Dios.  Tradujo la Biblia para la lengua alemana e hizo énfasis de que los cultos se realizaran en nuestra lengua para que las personas pudieran comprender lo que estaba siendo predicado y no se dejaran engañar por voces que no eran coherentes con el Evangelio de Jesucristo.  Lutero también presionó los príncipes para que crearan escuelas  en sus territorios y  providenciaran el aprendizaje de la escrita y de la lectura a todo niño y toda niña.  Criticó la ambición de las personas en sus negocios y toda deshonestidad e injusticia en la relación entre patrón y empleados.  Escribió mucho  y ayudó las personas a conocer un Dios que ama y que libera del poder de la muerte y del pecado mediante la fe, sin cualquier mérito personal”.

Catalina: “Fue increíble lo que sucedió!  Quien diría que los escritos del Dr. Martín Lutero entrarían en el Convento Marienthron y que su lectura causaría todo este movimiento.  De hecho, después que leemos que no es necesario servir a Dios en los conventos, sino que Dios llama cada una y cada uno a servirle diariamente, a través de su actividad profesional o estudiantil, no vimos más sentido en permanecer en reclusión!  Lo mismo pensaron monjas  y monjes en otros conventos que también se apartaron de la vida monástica.  En el domingo de Pascua, el día de nuestra fuga, llegamos hasta la ciudad de Torgau y permanecimos allá hasta el martes.  Tres de nosotras encontraron abrigo junto a sus familias allí mismo.  Aunque hayamos sido bien acogidas, inclusive con aplausos  por parte de la población de la ciudad, las personas no querían que permaneciéramos en Torgau porque en aquel principado, quien auxiliase una monja, corría el riesgo de pena de muerte.  Entonces seguimos hasta Wittenberg.”

L: A partir de estos comentarios de la pieza teatral “Memorias de Catalina” y del Evangelio, percibimos que Dios nos transforma en personas libres para amar y servir en cualquier lugar donde estemos. Lo que motiva esta vida de servicio es la comunión y la relación de justicia e igualdad entre las personas que son moldeadas por Dios, sea en casa, en el trabajo, en la Iglesia, en la sociedad en general.
Las 13 monjas del Convento Marienthron actuaron con la seguridad de tener su libertad garantizada para servir a Dios de un modo diferente de aquel enseñado en el siglo 16.  Motivadas por la Palabra de Dios y por los consejos de Martin Lutero ellas actuaron unidas y audaces para servir a Dios también fuera de los muros del convento, en la seguridad de que estaban siendo moldeadas y cuidadas por Dios.
Y Hoy, ¿qué y quién nos motiva a servir?
Otros momentos de la vida de Catalina Von Bora nos recuerdan cuanto ella se dejó moldear en el servicio al Dios de la vida.  Veamos:

Catalina: A los 16 años fui ordenada monja y fue cuando recibí mi hábito.  Nosotras trabajábamos mucho en el monasterio, especialmente en la huerta y en el establo.  Allí aprendí a cuidar de los enfermos y a lidiar con los tés y hierbas medicinales.  Aprendí a leer y escribir y tuve iniciación en latín. También cantábamos y orábamos mucho.  Según él (Martín Lutero), entendimos correctamente que todas las personas son llamadas a servir a Dios a través de la profesión que ejercen, en el día a día.  Siendo así, no es necesario que las personas necesiten vivir en reclusión, en los conventos, aisladas de todo para agradar a Dios.

Canto:

Catalina: Bien, él aún dice que, de hecho, con mucho estudio de la Biblia, percibió que Dios nos salva porque Él nos ama, por causa de su misericordia.  Nada, mas nada menos de lo que hagamos hará con que conquistemos su perdón.  Él nos perdona por gracia, mediante la fe.  Esto está escrito en la carta del apóstol Pablo a los Romanos! 
Martín Lutero, entonces, escogió como marido para mí un pastor, pero a este yo no lo quería.  Envié un recado, por medio de un amigo del Dr. Martín Lutero, diciéndole que con ese tal pastor yo no me casaría de ninguna manera, pero si Lutero quisiera casarse conmigo, yo no me negaría. 
A pesar del miedo que el Dr. Martín Lutero  sentía de casarse, puesto que suponía ser asesinado a cualquier momento, algo sucedió….! Él ya se había manifestado al respecto del matrimonio diciendo ser este un espacio privilegiado para el hombre y mujer servir a Dios.  Nosotros nos casamos en la noche del 13 de junio de 1525.  Martín tenía 42 años y yo 26!

Canto:

Catalina: Bien, nuestro matrimonio fue una bella fiesta en el Schwarzes Kloster, un antiguo monasterio que Martín recibió de la Universidad como vivienda.  En los años siguientes la casa se llenó de vida: Tuvimos tres niñas y tres niños.  También acogimos con nosotros muchos sobrinos y sobrinas.  Martin se ausentaba de casa frecuentemente y muchas veces, por largos períodos, en función de las cuestiones de la Reforma.  Sin embargo, no se olvidaba, de escribir a los niños y niñas siempre que le fue posible. Les traía recuerdos del lugar donde estuviera.  Nuestro grande pesar fue la pérdida, aún bebé, de nuestra segunda hija, Elizabeth.  Esto fue realmente difícil superarlo.  Pero Dios nos concedió muchas alegrías con nuestras hijas e hijos.  Me acuerdo, con nostalgia, de las navidades en familia, cuando nuestras hijas e hijos aún eran niños….!

El conocimiento sobre el uso de hierbas medicinales que adquirí cuando vivía en el Convento me fue de gran valor en diversas ocasiones.  Hasta las personas de la ciudad venían hasta nuestra casa para solicitar auxilio en la enfermedad. 

Cuando Martin viajaba, acostumbraba escribirme cartas sobre diversos asuntos.  Me mantenía a la par de los acontecimientos políticos que envolvían la Reforma, me actualizaba sobre las discusiones teológicas, solicitaba mi opinión al respecto de algún asunto o me pedía para encaminar la publicación de más uno de sus escritos.
Siempre me pareció simpática y amorosa la forma como se dirigía a mí en la introducción de sus cartas.  Por ejemplo: el 7 de febrero de 1546 él escribió (Catalina lee): “Mi querida dueña de casa Catalina Lutero, doctora, comerciante de puercos de Wittenberg, mi graciosa señora, en manos y pies”.  Algunos días después, el 10 de febrero de 1546, escribió nuevamente: “A la santa mujer preocupada, señora Catalina Lutero, doctora mujer de Zülsdorf (esta es la ciudad donde adquirimos tierras que pertenecían a mi familia), mi graciosa, querida dueña de casa”.  En muchas cartas Martín finalizaba con las siguientes palabras: “Martín Lutero, tu querido amorcito”.
Me acuerdo que ni siempre pude asistir a los cultos de mi querido Lutero, pues muchas veces estaba ocupada haciendo visitas a personas ancianas, enfermas, enlutadas, donde también usaba mis conocimientos con hierbas medicinales, tés, pomadas para heridas y dolores reumáticos y técnicas de masaje[2].                           

Canto:

Confesión de Fe (sugerencia)
Creemos en un solo Dios (cantado o leído)
Creemos en un solo Dios, Hacedor de tierra y cielo;
Cual Padre escucha nuestra voz, nos da vida, luz, consuelo.
Nos provee del sustento, campo, hogar y el alimento.
Él nos cuida en cuerpo y alma, nuestra cuita y pena alma
Nos guarda fiel en su bondad, librándonos de la maldad.

Creemos en Cristo Emmanuel, Unigénito del Padre;
Cual nuestro sustituto fiel Él nació de virgen madre.
Del altísimo engendrado, por María a luz fue dado.
Ningún mal ha cometido, su cruz nos ha redimido.
Por su triunfal resurrección nos brinda eterna salvación.

Creemos en el preceptor, Santo Espíritu divino,
Quien nos conduce al Salvador; guiándonos en su camino.
Nuestras almas ilumina, engendrando fe genuina.
Toda transgresión perdona, con sus dones nos corona.
Conserva fiel la cristiandad, le da el cielo en heredad.

Oración General de la Iglesia
L: Gracias rendimos a Ti, Dios eterno, que moldeas la vida de tantas personas, que las llama, las orienta, las conduce para el servicio de amor y gestos de paz en este mundo.   Gracias rendimos por la vida de hombres y mujeres que animaste con tu Santo Espíritu para dar testimonio de tu verdad contenida en la Palabra que nos hace libres para amar y servir.
Intercedemos por tu Iglesia, para que sea siempre reformada y sea moldeada por Ti, siendo espacio de comunión, bienvenida, reposo y consuelo en los momentos difíciles de la vida.  Intercedemos por los liderazgos de la Iglesia, para que sean moldeados para acciones de bondad, misericordia y compasión en sus acciones y decisiones.  Intercedemos para que todas las personas sean valoradas con respecto y dignidad dentro de la iglesia y fuera de ella, para que haya señales de tu Reino entre nosotros.  Señales de civilización, justicia y respeto para con todas las creaturas  que integran tu enorme y diversa creación.
Moldéanos, oh Dios, para que difundamos señales de amor, esperanza y servicio en este mundo.     Moldéanos para que podamos ir al encuentro de las personas que sufren, de las enfermas, enlutadas, menospreciadas, injusticiadas, oprimidas y solitarias.  Moldéanos para que seamos siempre instrumentos de paz, amor y respeto promoviendo gestos de vida y comunión.
Te lo pedimos en nombre de Jesucristo, tu hijo amado.  Amén.

(Se por algún motivo, la Cena del Señor no es celebrada, se concluye la Oración General con el Padre Nuestro)

Canto:


LITURGIA DE LA CENA

Preparación de la Mesa:
L: Nuestras ofrendas en dinero son una señal de gratitud a Dios y de solidaridad para con las personas.  Ofrendando nos colocamos como barro en las manos del Alfarero y nos comprometemos con el servicio y la comunión con Dios y con el prójimo y con la prójima.  Las ofrendas de este culto están destinadas para….

En cuanto cantamos el canto _____ las ofrendas serán recogidas y los elementos de la Cena serán traídos al altar.

Canto:

L: Te alabamos Dios de bondad, por tu actuación amorosa en nuestra vida.  Te alabamos por las dádivas de tu creación, por las ofrendas aquí traídas, por el pan y el fruto de la vid presentes en esta mesa.  Te alabamos por tu amor que nos moldea y nos capacita para servirte.  Que la cena que aquí vamos a celebrar sea una señal concreta de la salvación que tu Hijo Jesucristo nos ofrece.  Que ella nos fortalezca en el testimonio de la verdadera comunión.
C: Amén.
L: El Señor esté con ustedes.
C: Y también con usted.
L: Elevemos nuestros corazones a Dios.
C: Al Señor los elevamos
L: Demos gracias al Señor nuestro Dios.
C: Esto es digno y justo.

Oración Eucarística
L: Oh Dios, Tu que nos moldeas y nos transformas; te rendimos gracias y loor por tu forma amorosa y acogedora de actuar.  Te alabamos porque llamaste a hombres y mujeres y confiaste a ellos y a ellas tu Misión de anunciar y propagar tu Reino de amor, bondad, justicia, respeto y cuidado.  Inscribiste a lo largo de la historia la ley del amor en los corazones humanos e hiciste con que tu pueblo te sirviera y fuera fiel a Ti y a tu querer.  Por eso, oh Dios, tu nombre exaltamos cantando:
C♪: Santo, Santo, Santo, mi corazón te adora.  Mi corazón sabe decir: Santo eres tú.

L: Alabado seas Dios de amor, por tu Hijo Jesucristo, que fue fiel a tu llamado y murió y resucitó por nosotros, por amor al mundo.  Él vino a salvarnos y motivarnos a actuar con señales de servicio, justicia, en diálogo y harmonía con nuestros hermanos y hermanas.

L: Jesucristo tu Hijo, que te sirvió hasta el fin, se reunión con sus compañeros y compañeras de caminada y en la noche en que fue traicionado, tomó el pan y habiendo dado gracias, lo dio a las personas allí reunidas, diciendo: Esto es mi cuerpo, que es dado por ustedes, haced esto en memoria de mí.  Por semejante modo, después de haber cenado, tomó también el cáliz y dijo: Este cáliz es la nueva alianza en mi sangre; haced esto todas las veces que bebieres en memoria de mí.

L: Derrama oh Dios de la vida, tu Espíritu de igualdad, fuerza y creatividad sobre nosotros, el mismo que enviaste a tus discípulos y discípulas, a los hombres y mujeres de la Reforma de la Iglesia y a todas las personas que por Ti fueron llamadas y moldeadas a lo largo de la historia.  Envía tu Espíritu de amor y transfórmanos para vivir en comunión.
C♪: Envía tu Espíritu, Señor, y renueva la faz de la tierra.

L: Recordamos Dios de amor, a las personas que sirvieron en tu Iglesia en las generaciones pasadas y en todos los tiempos, dejando marcas de renovación y testimonio de amor entre nosotros.  Reúnenos con ellas en la fiesta de la alegría en el Reino pleno de paz y justicia.

L: como el barro en tus manos, queremos hacer tu voluntad en este mundo, sirviéndote con alegría, coraje, sabiduría y fe, en la seguridad de que la ley del amor domina nuestras mentes, cuerpos y acciones.  A una sola voz, oramos como tu Hijo Jesucristo nos enseñó:

(Sigue como sugerencia la meditación sobre el Padre Nuestro escrito por Katharina Zell[3], en 1558. Puede ser leída en conjunto)

L: Nuestro Padre, que habita en el cielo
C: Él no es llamado de Señor o Juez sino de Padre.  Y desde que Él nos envió su Hijo y nosotros nacimos de nuevo, nosotros debemos llamarlo de abuelo también.  Él debe ser admirado también como una madre que supo de las aflicciones del nacimiento y el placer de amamantar.
L: Santificado sea tu nombre
C: Debemos abrazar eso con respeto, no solo por nuestro comportamiento, los otros abrazaron eso con reverencia.
L: Venga tu reino
C: Que reines en nuestros corazones, alma, cuerpo y consciencia.
L: Hágase tu voluntad
C: Sálvenos de murmurar contra cualquier cruz que reposa sobre nosotros.
L: El pan nuestro de cada día, dánoslo hoy
C: Bendice la labor de nuestras manos para que podamos hacer nuestra propia comida y también para los otros.  Danos del pan y del agua de cada día, del cual si alguien come o bebe nunca más tendrá hambre o sed.  Como los granos de trigo se vuelven un pan, que así nosotros podamos unirnos en Cristo, listos para enfrentar con Él la pobreza, dolor y vergüenza.
L: Perdona nuestras deudas
C: Líbranos de los resentimientos cuando somos calumniados y despreciados, como Cristo, que como una oveja que antes de ser trasquilada permanece muda y no abre su boca.
L: Líbranos de la tentación
C: De creer que nosotros fuimos verdaderamente perdonados mientras el rencor permanece y ante la tentación desesperadora de tu misericordia, olvidar que Pedro y María Magdalena fueron perdonados.
L: Líbranos de los demonios
C: Del hambre, de la guerra, escasez y enojo, aunque esta fuera tu voluntad.
L: Pues tuyo es el Reino
C: Cristo debe reinar en el cielo y en la tierra
L: Y el poder
C: Así mismo como liberaste a Israel, libéranos a nosotros.
L: Y la Gloria
C: Así como diste tu soplo para cada cosa que vive, porque tu gloria no tiene fin.
T: Para siempre Amén.

Saludo de la paz
L: Vamos a desear la paz de Cristo que moldea nuestro actuar, pensar y hablar, con un abrazo a nuestros hermanos y hermanas mientras cantamos:
C♪:

L: El cáliz de la bendición por el cual damos gracias es la comunión en la sangre de Cristo.  El pan que partimos es la comunión en el cuerpo de Cristo.

C: Nosotros aun siendo muchos somos un solo cuerpo!

L: Venid pues todo está preparado. Participemos con alegría de la mesa de la comunión que nos une y fortalece en la misión de la Iglesia.

Distribución de la Cena

Oración Post-Comunión:
L: Dios de bondad, agradecemos por tu misericordia y acogida en tu mesa.  Renueva nuestra fe en la esperanza y en el amor y ayúdanos para que al salir de aquí, el cuerpo y la sangre de Jesucristo nos sustenten en la caminada como Iglesia que vive y celebra la comunión.  Moldea la vida de hombres y mujeres para un mundo solidario, justo y amoroso.  Es lo que te pedimos en nombre de Jesucristo, tu Hijo amado, nuestro salvador.
C: Amén.


LITURGIA DE SALÍDA

Anuncios

Canto Final

Bendición
Como barro en las manos del Alfarero, Dios te bendiga!
Como barro moldeado por el Alfarero, Dios te use!
Como vaso nuevo, Dios te revigore para el servicio del amor y alegría!
Como vaso de barro, Dios te moldee siempre para una vida de comunión!
Así te bendiga el Dios que te creó, te moldeó y te sustenta para ser vaso nuevo en tu casa, en la Iglesia, en la sociedad, en cualquier lugar donde estés.

Envío
Que el Dios eterno, creador y modelador de vidas nos guíe para servirlo con amor y alegría, hoy y siempre.  Un día muy bendecido y vayan en la paz del Cristo Resucitado, con la fuerza del Espíritu vivificador. Amén.

Postlúdio


Liturgia elaborada por la Pa. Cristina Scherer
São Francisco do Sul – Santa Catarina – Brasil
Uma iniciativa de la Red de Mujeres y Justicia de Género de las Iglesias Luteranas de América Latina y Caribe filiadas a FLM.







[1] A Peça Teatral “Memórias de Katharina” foi escrita pela Pa. Ms. Scheila dos Santos Dreher e está disponível no Portal Luteranos no endereço: http://www.luteranos.com.br/conteudo_organizacao/confessionalidade-luteranos-em-contexto/memorias-de-katharina

[2] del Libro: Katharina Von Bora – uma biografia, de Heloisa Gralow Dalferth, Editora Otto Kuhr, 2014, p.43-44.
[3] Para saber mais sobre Kathrina Zell veja matéria sobre “O Movimento da Reforma e a Participação das Mulheres” no blog: http://redemulheresluteranas.blogspot.com.br/p/estudo-biblico-teologico.html



--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------




Prédica 


30 Anos de ordenação de 


mulheres ao ministério na Igreja

Culto pelos 30 anos de ordenação de mulheres ao ministério na Igreja –  
Rio Claro- SP - 11.11.12
Leituras: Salmo 119. 33-40
                     Efésios 4. 1-7, 11-16

Prédica: 1ª Co 12. 12-27
Prezada Comunidade!
Caros irmãos, caríssimas irmãs!
O culto de hoje é um culto de gratidão a Deus pelos 30 anos de ordenação de mulheres ao ministério na nossa Igreja – a IECLB – a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. No dia 13 de Novembro de 1982, fui ordenada ao ministério pastoral e passei a ser a primeira mulher ordenada ao ministério em nossa Igreja. 
É importante esclarecer que não fui a primeira mulher a estudar teologia. Antes de mim, outras já haviam feito o curso de teologia na então Faculdade de Teologia. Tinham até concluído o estudo de teologia, sem assumir um pastorado na Igreja. Quando iniciei os estudos de Teologia, em 1973, havia quatro mulheres estudando. Comigo entraram mais três, dobrando o número de mulheres estudando teologia, em 1973. E dessas oito, três assumiram o ministério pastoral em Comunidades. 
Também não fui a primeira mulher a exercer o ministério pastoral em nossa Igreja. A Pastora Rita Marta Panke foi a primeira. Ela assumiu seu primeiro pastorado em 1977 e eu, em 1978. Mas, fui a primeira a ser ordenada. A pastora Rita foi ordenada alguns meses depois. Isso assim aconteceu porque a prática da ordenação era diferente de como se realiza hoje. 
Como fui a primeira a ser ordenada, a data da minha ordenação passou a ser o início da ordenação de mulheres na IECLB. Ela aconteceu num culto numa pequena Comunidade de migrantes evangélicos oriundos do Espírito Santo, do Paraná e de Santa Catarina, escondida meio da floresta amazônica, em Rondônia. Certamente a pequena Comunidade de Colorado D’Oeste não tinha a menor ideia de que estava participando desse fato histórico. Nem eu tinha noção disso. Nem mesmo o coordenador das Novas Áreas de Colonização, pastor Arteno Spellmeier, que foi encarregado pela presidência da Igreja de celebrar minha ordenação, tinha. Oto, meu marido, e eu fomos ordenados no mesmo culto e trabalhamos juntos em todas as paróquias em que estivemos, enquanto isso foi possível.
Este nosso culto de gratidão a Deus, portanto, não é apenas pela minha ordenação, mas pela ordenação de mulheres ao ministério na Igreja. Precisamos expressar nossa gratidão pelo fato de mulheres serem reconhecidas como capazes de participar, lado a lado com homens, na missão de Deus neste mundo.
O início das mulheres no exercício do ministério não se deu com uma política claramente elaborada pelos órgãos decisórios da IECLB. Provavelmente, porque não havia mulheres exercendo o ministério, talvez nem houvesse como planejar. Não se sabia como seria a reação dos membros das comunidades!! Que problemas poderiam surgir? Talvez, nem todos os que participavam dessas decisões, a princípio, estivessem convictos de que as mulheres devessem ser admitidas ao ministério ordenado. Opositores, certamente havia, sim. Mas, o fato é que mulheres começaram ser admitidas ao estudo de teologia, no início numa porcentagem bem menor e controlada em relação ao número de homens. Depois, foram assumindo o ministério pastoral em comunidades, foram conquistando espaço, e abrindo espaço para mais mulheres, a ponto de hoje estarem em grande número nos bancos das instituições que formam ministros e ministras para os vários ministérios. 
Se, mesmo tendo um início tímido, e até de certa forma desarticulado, a participação das mulheres no ministério ordenado cresceu, e chegou ao tamanho que tem hoje, em apenas trinta anos, é porque tem sido conduzida pelas mãos de Deus. Se barreiras são derrubadas, preconceitos são ultrapassados, dificuldades são enfrentadas e mulheres podem ser capacitadas e aceitas para servir no ministério ordenado, isto só é possível pela graça de Deus. Não é apenas desejo das mulheres, mas é Deus que quer que mulheres respondam a sua vocação e se preparem, se disponham, a servir no ministério ordenado. Esse é o verdadeiro motivo da nossa gratidão no culto de hoje: Deus chama homens e mulheres para participar de sua missão no exercício do ministério ordenado na IECLB. 
Mulheres e homens tem vocação para o ministério. Como alguém descobre que tem vocação para o ministério? Pode haver muitas respostas para essa pergunta. Cada pessoa vai falar a partir de sua experiência. Eu só posso responder a partir da minha convicção. E estou convicta de que a vocação vai se formando na vivência da comunidade. A vocação vai se concretizando na dinâmica da comunidade, desde a infância. 
Com certeza, eu não consigo me lembrar dos detalhes, das histórias que a Dona Vilma Stein contava quando eu ia à escola dominical. Mas eu me lembro da maneira como ela contava, do sentimento de que o que ela dizia era muito importante, e que eu deveria levar a sério. Também não me lembro dos detalhes, de tudo que se fazia nas reuniões da Mocidade, pode ser que outros se lembrem, eu não tenho essa memória. Mas eu me lembro de que, mesmo que a semana tivesse sido cheia e cansativa, havia trabalho e estudo, mesmo assim, as atividades da Mocidade eram prioridade. Além da reunião do sábado à noite, era importante o culto dominical, elaborar o jornal da Mocidade, o piquenique em Ferraz. Lembro-me do sentimento de pertencer à comunidade e, como grupo de jovens, ter tarefas a realizar. 
Creio que esse sentimento de pertencer, de fazer parte e, portanto, ter algo a realizar, uma tarefa, esse sentimento, vai nutrindo a vocação. Sem dúvida, alguns fatos, alguns acontecimentos podem se tornar alimento mais sólido, ser decisivos para o crescimento da vocação:
- Nas aulas de ensino confirmatório, cantávamos muito o hino 201, era quase o hino oficial. Não me lembro de que o pastor tenha falado sobre esse hino alguma vez, mas ele foi marcante, tem sido até hoje. Enquanto, ó Salvador, teu livro ler, meus olhos vem abrir, pois quero ver, da mera letra além, o que, Senhor, nos revelaste em teu imenso amor. Esse hino expressa a vontade de conhecer a palavra de Deus, ter os olhos abertos para o que Deus revela não só à primeira vista, numa simples leitura, mas mais profundamente, com mais conhecimento, mais informações. À beira-mar, Jesus, partiste o pão, satisfazendo ali a multidão: da vida o pão és tu: vem, pois, assim, nutrir-me até entrar no céu, enfim! Na segunda estrofe, fala da grande revelação de Deus que é Jesus Cristo, o pão que mata a fome da multidão, o alimento de que precisamos até o fim da vida. Um hino curtinho, fácil e instigante. Acredito que o pastor não nos fazia cantar sempre esse hino, à toa. Era como a leitura do Catecismo: tínhamos que repetir, repetir e repetir, até entender. 
- O versículo da Confirmação, vocês se lembram do versículo da confirmação da vocês? Ele certamente não foi escolhido a esmo, foi escolhido para acompanhar vocês. Na minha confirmação, além da bênção de Deus para assumir meu lugar como membro responsável na comunidade, eu recebi como um lema para minha vida, o versículo de 1ª Tess. 5.21: “Examinem tudo, fiquem com o que é bom...” Excelente conselho para uma pessoa jovem, não é? É, não só para jovens, para adultos e idosos também. Uma palavra extremamente sábia e atual para os tempos em que vivemos. Com tanta oferta para comprar, ideias para acreditar e valores para reproduzir, é preciso examinar tudo muito bem para saber o que, de fato, é útil, necessário e valioso para nossa vida.
Examinem tudo, fiquem com o que é bom...” como é que esse conselho está na Bíblia? Era o que eu perguntava, não só sobre esse versículo, mas sobre muitas outras coisas que o pastor Graetz ensinava. Certamente a sabedoria com que ele orientava a Comunidade, sua profundidade e clareza teológica tiveram grande influência sobre minha vontade de saber mais, de entender além da mera letra, o que Deus quer de nós, o que ele quer que façamos com a vida que Ele nos dá.
Não tenho dúvidas de que a vivência de comunidade, que relembrei em rápidas palavras, e em alguns aspectos, foi decisiva para despertar meu interesse pelo estudo de teologia, que ampliou minha visão de pastorado. É bem verdade que não é a comunidade que “cria” a vocação em alguém. Deus é quem chama. O Espírito Santo de Deus é que vai gestando a vocação na vivência da Comunidade. Mas a Comunidade precisa proporcionar um ambiente favorável para isso. A comunidade precisa exercer sua tarefa de ser instrumento de Deus na formação de novas vocações para o ministério, sempre. A comunidade precisa exercer sua vocação, da maneira como o apóstolo Paulo coloca, de forma simples e clara, na carta que ele escreveu para a Comunidade de Corinto, na 1ª carta, capítulo 12, vers. 12 a 27: (LER O TEXTO)
“Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo. ... Pois bem, vocês são o corpo de Cristo, e cada um é uma parte desse corpo.” (v.12, 13, 27). Se nós temos dúvidas sobre como nós devemos ser como comunidade cristã, podemos ler, sempre de novo, essas palavras do apóstolo Paulo. Podemos também ler suas palavras aos Efésios, no capítulo 4, 1-16, uma das leituras que ouvimos e, com esses dois textos, nos reorientar constantemente. A vocação da comunidade é ser como um corpo, onde todas as partes são importantes. Um corpo, onde o cabeça é Cristo.
Assim Deus colocou cada parte diferente do corpo como ele quis.” (v.18). E é verdade mesmo. Vocês já pensaram na importância dos cílios? Eles não foram feitos apenas pra receber maquiagem, não. Eles têm a importantíssima função de filtrar as impurezas. Sem os cílios, nossos olhos estariam muito mais expostos a irritações. Partes tão pequeninas, os cílios tem uma função importante no corpo todo, mesmo que a gente nem se dê conta deles. Da mesma forma como uma parte do corpo desempenha sua importante função sem ser notada, o inverso também pode acontecer. Pode acontecer que um dedo cresça demais e deixe o corpo anômalo. Um dedo crescido demais pode até atrapalhar a função dos outros dedos. E se for um dedo do pé, então, o corpo poderá até ter dificuldades para caminhar. Pode ainda acontecer que um membro, uma parte do corpo, deixe de ser utilizada e então atrofia, definha, perdendo sua função, fazendo com que o corpo sofra.
Nessas palavras aos coríntios, o apóstolo Paulo deixa clara a importância e necessidade de que a comunidade-corpo de Cristo funcione harmoniosamente. Cada parte desempenhando sua função, para o bem do corpo todo. Com nenhuma parte se sobressaindo e nenhuma parte sendo desprezada. Pois nesse funcionamento harmonioso do corpo, as alegrias são festejadas por todas as partes e os sofrimentos e as dores são carregadas e aliviadas, também por todas as partes. Creio que o apóstolo Paulo não poderia ter colocado de forma melhor e simples, como a comunidade-corpo de Cristo- que somos nós, deve procurar exercer sua vocação neste mundo. 
Antes afirmei que a Comunidade, cuja vocação é funcionar como o corpo de Cristo, de forma harmoniosa, com todos os membros igualmente importantes, cria o ambiente favorável para que o Espírito Santo de Deus desperte e anime pessoas para o ministério ordenado na Igreja. Mas, creio que podemos ir até um pouco mais longe. Creio que uma comunidade, funcionando como o harmonioso corpo de Cristo pode criar o ambiente favorável para que qualquer pessoa descubra que pode exercer sua profissão como vocação. Toda profissão pode ser vivida como vocação quando ela é entendida e realizada não apenas em busca do sustento, da remuneração seja maior ou menor. Mas, exercida como um dom em favor da vida de pessoas, e consequentemente, resposta a um chamado de Deus.
Quando pensamos em profissão como um dom em favor da vida de outras pessoas, provavelmente logo pensamos em médicos, enfermeiros, que lidam com a vida de pessoas muitas vezes em situações extremas e delicadas. Mas, e um motorista de ônibus, ele também não tem a vida de pessoas em suas mãos? Quando somos bem atendidos numa loja, numa repartição pública, num banco, não nos sentimos bem, não sentimos que recebemos a atenção que merecemos, nosso bem-estar não dependeu em alguns momentos de uma pessoa que exerceu seu trabalho como um dom? Lixeiros, varredores de rua também não tem a vida de pessoas em suas mãos? Eles não retiram de nossas casas e ruas muita fonte de contaminação que pode por em perigo nossa vida? Sem falar do aspecto físico, da melhor aparência que seu trabalho produz.
Seria muito interessante fazermos o exercício de avaliar cada profissão sob o aspecto da vocação. Poderíamos nos surpreender! Poderíamos passar a valorizar cada profissão não apenas pelo que ela produz em termos financeiros, mas pela importância que tem para a vida das pessoas. E, principalmente, cada um e cada uma de nós, que faz parte do corpo de Cristo, não pode escapar de responder perante Deus, e para si mesmo, se está exercendo sua profissão como vocação.
O ministério ordenado na Igreja, hoje exercido por mulheres e homens, tem entre tantas outras, a tarefa muito especial, e difícil, de orientar a comunidade -a Igreja- a viver como o verdadeiro corpo de Cristo. Essa tarefa foi a mais difícil, mais desafiadora, de muitas alegrias e também decepções, durante o meu exercício do ministério pastoral. Uma tarefa que deve ser executada com autoridade, a autoridade concedida pela Igreja que ordena ao ministério. Mas tarefa que também deve ser realizada com humildade. A humildade de quem constantemente precisa responder pela sua vocação. A humildade de quem sabe que está apenas a serviço de Deus. Nós, ministras e ministros ordenados, precisamos ter sempre a consciência que João Batista teve quando ele falou a respeito de Jesus: “Ele tem de ficar cada vez mais importante, e eu, menos importante.” (João 3.30). 
Caros irmãos e caríssimas irmãs!
Orem sempre pelas ministras e ministros da Igreja para que sejam fiéis a sua vocação. Peçam a Deus que lhes dê sabedoria e coragem para orientar, desafiar e até intimar a comunidade, a Igreja, a ser sempre verdadeiro corpo de Cristo neste mundo. Porque esta é a vontade de Deus. Amém!
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------



PROPUESTA LITURGICA PARA EL 
CULTO DE LA REFORMA

OCTUBRE DE 2014

“VIDAS MOLDEADAS EN COMUNIÓN

Material necesario: pequeños vasos de cerámica, que serán distribuidos a la entrada de la Iglesia. Dentro de ellos puede ser colocado un versículo bíblico de acuerdo con el tema del Culto o la oración de confesión de pecados de Martin Lutero.

Preparación del ambiente: delante del altar, vasos de cerámica de diferentes formas y tamaños.


LITURGIA DE ENTRADA
Preludio

Bienvenida

L: Buenos días/tardes/noches!
Celebramos en este culto la historia de la Iglesia Luterana, oriunda del Movimiento de la Reforma, en el siglo 16.  Muchas manos contribuyeron para que la Iglesia Cristiana fuera reformada y pudiera estar constantemente orientada por la Palabra de Dios, que nos libera para amar y servir.
A partir de la Reforma es posible afirmar que “de Dios nada se compra; todo se recibe! Por gratitud, por poder servirle con alegría!”  Así también, Martín Lutero, Catalina Von Bora y tantas otras personas, sirvieron a Dios a lo largo de la historia de la cristiandad!
Somos personas moldeadas diariamente por Dios, el gran Alfarero, para que tengamos vida de comunión, vidas que promueven paz, justicia, civilización y respeto donde vivimos.
Así celebramos este culto con alegría, dando gracias a Dios por las vidas que fueron moldeadas por Dios para actuar antes, durante y después de la Reforma de la Iglesia.
Agradecemos por nuestras vidas que son moldeadas para vivir en comunión al servicio del Trino Dios, dentro y fuera de la Iglesia!

Saludo  (en pie)
L: Que la gracia y el amor de Dios, que es vida; la fuerza y el coraje del Espíritu de Sabiduría; y la paz y la misericordia del Cristo Resucitado, estén con nosotros.  Amén!

Canto: ___________________________________________________

Oración de Confesión de los pecados
(Durante la oración cada persona sostiene el vaso en sus manos)

C: “Mira, Señor, soy un vaso que necesita ser lleno. Mi Señor, llena el vaso, pues soy una persona débil en la fe.  Fortaléceme, pues soy una persona fría en el amor.  Anímame para que mi amor transborde para el prójimo.  No tengo fe sólida y fuerte, porque soy una persona  llena de dudas, y así no logro confiar en ti enteramente.
Oh Señor, ayúdame, haz crecer mi fe y confianza.  Todo lo que tengo se encierra en Ti.  Yo soy pobre, Tú eres rico y viniste para recibir en misericordia a las personas pobres.  Yo soy persona pecadora, Tú eres justo.  Conmigo está la enfermedad del pecado, en Ti está la plenitud de la justicia.  Por eso quiero estar contigo, no necesito dar de mí para Ti: de Ti puedo recibir.  Amén”. (Martín Lutero)

L: Entregamos delante de Ti, oh Dios, todo aquello que pesa en nosotros, todo lo que nos aparta de Ti y ofende las personas a nuestro alrededor.  Entregamos nuestros pecados y debilidades en tus manos, para que tu amor y tu gracia quebranten nuestro preconcepto, nuestro orgullo, nuestra soledad, nuestra prepotencia, nuestras maldades y acciones violentas.  Sabemos que todo eso te ofende y produce indiferencia y frialdad en las relaciones humanas.  Quebranta y transforma nuestra vida, oh Dios, para que ella esté siempre a tu servicio, en alegría, paz y comunión.  Así cantamos:
             
Canto: Haz lo que quieras, Señor de mí; Tú el alfarero, yo el barro soy;
              Dócil y humilde anhelo ser; Cúmplase siempre en mí tu querer.
Haz lo que quieras, Señor de mí; Mírame y prueba mi corazón;
Lávame y quita toda maldad para que pueda contigo estar.

Absolución
L: Como personas amadas y perdonadas por Dios, que nos acepta por gracia y fe, que nos motiva para ir y no más pecar y nos conduce rumbo a la santificación, somos perdonadas y perdonados, pues así está escrito:  “Ahora bien, Dios, Tu eres nuestro Padre; nosotros somos el barro y tú el alfarero.  Así que obra de tus manos somos.  No te enojes sobremanera, ni tengas perpetua memoria de la iniquidad.   Míranos ahora, pues pueblo tuyo somos todos nosotros”.  (Isaías 64:8-9 )

Canto: Haz lo que quieras, Señor de mí; Quita mis penas y mi dolor;
              Tuyo es, ¡Oh Cristo!, todo poder: Tu mano extiende y sanaré.
Haz lo que quieras, Señor de mí; Dueño absoluto sé de mi ser;
Del Paracleto dame la unción, y el mundo a Cristo pueda en mí ver.

L: Alabamos a Dios que oye nuestra oración, acepta nuestro pedido de perdón y nos conduce para una vida de santificación diaria, pues conforme a las palabras del Reformador Martín Lutero, recordamos que:
La vida cristiana no consiste en ser personas piadosas, sino en volvernos piadosas.  No consiste en ser saludables, sino en ser personas curadas.  No importa el ser, sino el volverse.  La vida cristiana no es descanso, sino que es una constante práctica.  Aún no somos lo que debemos ser, pero en tales seremos personas transformadas.  No todo ya sucedió y no todo ya fue hecho, pero está a camino.  La vida cristiana no es el fin, sino el camino.  Aún no todo está luciendo y brillando, pero todo está mejorando”. (Martín Lutero)

Gloria
L: Dios nos oye.  Dios nos alcanza con su amor, perdón y cuidado a cada día.  Cantemos loores a Dios que nos conduce por la vida cristiana para pensamientos y acciones de paz, amor y comunión.
C: Glorificado sea tu nombre//    Aleluya /// a Jesús (2x)

Oración del Día:
L: Te alabamos Dios de la vida, que a lo largo de la historia moldeaste hombres y mujeres para servirte.  Te pedimos, moldéanos hoy y siempre para que tu Palabra nos despierte para acciones de paz, inclusión y respeto para con todas las creaturas que surgieron de tus manos.  Que nuestra vida, como un vaso de barro, reciba tu gracia y tu perdón para que transborde en comunión y justicia a favor de tantas personas que se hermanan en la fe, en la esperanza y en el amor.  En nombre de tu Hijo, Jesucristo, oramos. Amén.  


LITURGIA DE LA PALABRA

(La idea es que comentarios de la pieza teatral “Memorias de Catarina”[1] sean recordadas durante el culto, después de la lectura bíblica, durante y después de la predicación, como forma de resaltar el empeño y servicio a Dios de personas que por Dios fueron moldeadas).

L: Aclamemos el Evangelio en pié y cantemos Aleluya, canto dirigido a Dios que significa: “Alabado seas”:
C♪: Aleluya!//// (2x)

Lectura Bíblica: Evangelio de Juan 8.31-36

Canto:

Predicación:
(Los trechos de la pieza teatral podrán ser leídos por diferentes mujeres caracterizadas de Catalina.  El escenario puede tener una mesa con libros, un jardín, una pequeña cocina con grandes jarras o potes de barro.  Los trechos pueden ser intercalados con estrofas del himno Castillo Fuerte u otros)

Comentario de la pieza teatral “Memorias de Catalina”:
“Martín Lutero decía que: “un cristiano es señor libre sobre todas las cosas y no está sujeto a nadie.  Un cristiano es servidor de todas las cosas y sujeto a todos”.  Martin Lutero vivió como  persona libre en Cristo, por eso cambió su nombre de Ludher, con dh, que significa vagabundo, para Luther, con th, que significa liberado.  Por sentirse libre él sirvió a Dios.  Tradujo la Biblia para la lengua alemana e hizo énfasis de que los cultos se realizaran en nuestra lengua para que las personas pudieran comprender lo que estaba siendo predicado y no se dejaran engañar por voces que no eran coherentes con el Evangelio de Jesucristo.  Lutero también presionó los príncipes para que crearan escuelas  en sus territorios y  providenciaran el aprendizaje de la escrita y de la lectura a todo niño y toda niña.  Criticó la ambición de las personas en sus negocios y toda deshonestidad e injusticia en la relación entre patrón y empleados.  Escribió mucho  y ayudó las personas a conocer un Dios que ama y que libera del poder de la muerte y del pecado mediante la fe, sin cualquier mérito personal”.

Catalina: “Fue increíble lo que sucedió!  Quien diría que los escritos del Dr. Martín Lutero entrarían en el Convento Marienthron y que su lectura causaría todo este movimiento.  De hecho, después que leemos que no es necesario servir a Dios en los conventos, sino que Dios llama cada una y cada uno a servirle diariamente, a través de su actividad profesional o estudiantil, no vimos más sentido en permanecer en reclusión!  Lo mismo pensaron monjas  y monjes en otros conventos que también se apartaron de la vida monástica.  En el domingo de Pascua, el día de nuestra fuga, llegamos hasta la ciudad de Torgau y permanecimos allá hasta el martes.  Tres de nosotras encontraron abrigo junto a sus familias allí mismo.  Aunque hayamos sido bien acogidas, inclusive con aplausos  por parte de la población de la ciudad, las personas no querían que permaneciéramos en Torgau porque en aquel principado, quien auxiliase una monja, corría el riesgo de pena de muerte.  Entonces seguimos hasta Wittenberg.”

L: A partir de estos comentarios de la pieza teatral “Memorias de Catalina” y del Evangelio, percibimos que Dios nos transforma en personas libres para amar y servir en cualquier lugar donde estemos. Lo que motiva esta vida de servicio es la comunión y la relación de justicia e igualdad entre las personas que son moldeadas por Dios, sea en casa, en el trabajo, en la Iglesia, en la sociedad en general.
Las 13 monjas del Convento Marienthron actuaron con la seguridad de tener su libertad garantizada para servir a Dios de un modo diferente de aquel enseñado en el siglo 16.  Motivadas por la Palabra de Dios y por los consejos de Martin Lutero ellas actuaron unidas y audaces para servir a Dios también fuera de los muros del convento, en la seguridad de que estaban siendo moldeadas y cuidadas por Dios.
Y Hoy, ¿qué y quién nos motiva a servir?
Otros momentos de la vida de Catalina Von Bora nos recuerdan cuanto ella se dejó moldear en el servicio al Dios de la vida.  Veamos:

Catalina: A los 16 años fui ordenada monja y fue cuando recibí mi hábito.  Nosotras trabajábamos mucho en el monasterio, especialmente en la huerta y en el establo.  Allí aprendí a cuidar de los enfermos y a lidiar con los tés y hierbas medicinales.  Aprendí a leer y escribir y tuve iniciación en latín. También cantábamos y orábamos mucho.  Según él (Martín Lutero), entendimos correctamente que todas las personas son llamadas a servir a Dios a través de la profesión que ejercen, en el día a día.  Siendo así, no es necesario que las personas necesiten vivir en reclusión, en los conventos, aisladas de todo para agradar a Dios.

Canto:

Catalina: Bien, él aún dice que, de hecho, con mucho estudio de la Biblia, percibió que Dios nos salva porque Él nos ama, por causa de su misericordia.  Nada, mas nada menos de lo que hagamos hará con que conquistemos su perdón.  Él nos perdona por gracia, mediante la fe.  Esto está escrito en la carta del apóstol Pablo a los Romanos! 
Martín Lutero, entonces, escogió como marido para mí un pastor, pero a este yo no lo quería.  Envié un recado, por medio de un amigo del Dr. Martín Lutero, diciéndole que con ese tal pastor yo no me casaría de ninguna manera, pero si Lutero quisiera casarse conmigo, yo no me negaría. 
A pesar del miedo que el Dr. Martín Lutero  sentía de casarse, puesto que suponía ser asesinado a cualquier momento, algo sucedió….! Él ya se había manifestado al respecto del matrimonio diciendo ser este un espacio privilegiado para el hombre y mujer servir a Dios.  Nosotros nos casamos en la noche del 13 de junio de 1525.  Martín tenía 42 años y yo 26!

Canto:

Catalina: Bien, nuestro matrimonio fue una bella fiesta en el Schwarzes Kloster, un antiguo monasterio que Martín recibió de la Universidad como vivienda.  En los años siguientes la casa se llenó de vida: Tuvimos tres niñas y tres niños.  También acogimos con nosotros muchos sobrinos y sobrinas.  Martin se ausentaba de casa frecuentemente y muchas veces, por largos períodos, en función de las cuestiones de la Reforma.  Sin embargo, no se olvidaba, de escribir a los niños y niñas siempre que le fue posible. Les traía recuerdos del lugar donde estuviera.  Nuestro grande pesar fue la pérdida, aún bebé, de nuestra segunda hija, Elizabeth.  Esto fue realmente difícil superarlo.  Pero Dios nos concedió muchas alegrías con nuestras hijas e hijos.  Me acuerdo, con nostalgia, de las navidades en familia, cuando nuestras hijas e hijos aún eran niños….!

El conocimiento sobre el uso de hierbas medicinales que adquirí cuando vivía en el Convento me fue de gran valor en diversas ocasiones.  Hasta las personas de la ciudad venían hasta nuestra casa para solicitar auxilio en la enfermedad. 

Cuando Martin viajaba, acostumbraba escribirme cartas sobre diversos asuntos.  Me mantenía a la par de los acontecimientos políticos que envolvían la Reforma, me actualizaba sobre las discusiones teológicas, solicitaba mi opinión al respecto de algún asunto o me pedía para encaminar la publicación de más uno de sus escritos.
Siempre me pareció simpática y amorosa la forma como se dirigía a mí en la introducción de sus cartas.  Por ejemplo: el 7 de febrero de 1546 él escribió (Catalina lee): “Mi querida dueña de casa Catalina Lutero, doctora, comerciante de puercos de Wittenberg, mi graciosa señora, en manos y pies”.  Algunos días después, el 10 de febrero de 1546, escribió nuevamente: “A la santa mujer preocupada, señora Catalina Lutero, doctora mujer de Zülsdorf (esta es la ciudad donde adquirimos tierras que pertenecían a mi familia), mi graciosa, querida dueña de casa”.  En muchas cartas Martín finalizaba con las siguientes palabras: “Martín Lutero, tu querido amorcito”.
Me acuerdo que ni siempre pude asistir a los cultos de mi querido Lutero, pues muchas veces estaba ocupada haciendo visitas a personas ancianas, enfermas, enlutadas, donde también usaba mis conocimientos con hierbas medicinales, tés, pomadas para heridas y dolores reumáticos y técnicas de masaje[2].                           

Canto:

Confesión de Fe (sugerencia)
Creemos en un solo Dios (cantado o leído)
Creemos en un solo Dios, Hacedor de tierra y cielo;
Cual Padre escucha nuestra voz, nos da vida, luz, consuelo.
Nos provee del sustento, campo, hogar y el alimento.
Él nos cuida en cuerpo y alma, nuestra cuita y pena alma
Nos guarda fiel en su bondad, librándonos de la maldad.

Creemos en Cristo Emmanuel, Unigénito del Padre;
Cual nuestro sustituto fiel Él nació de virgen madre.
Del altísimo engendrado, por María a luz fue dado.
Ningún mal ha cometido, su cruz nos ha redimido.
Por su triunfal resurrección nos brinda eterna salvación.

Creemos en el preceptor, Santo Espíritu divino,
Quien nos conduce al Salvador; guiándonos en su camino.
Nuestras almas ilumina, engendrando fe genuina.
Toda transgresión perdona, con sus dones nos corona.
Conserva fiel la cristiandad, le da el cielo en heredad.

Oración General de la Iglesia
L: Gracias rendimos a Ti, Dios eterno, que moldeas la vida de tantas personas, que las llama, las orienta, las conduce para el servicio de amor y gestos de paz en este mundo.   Gracias rendimos por la vida de hombres y mujeres que animaste con tu Santo Espíritu para dar testimonio de tu verdad contenida en la Palabra que nos hace libres para amar y servir.
Intercedemos por tu Iglesia, para que sea siempre reformada y sea moldeada por Ti, siendo espacio de comunión, bienvenida, reposo y consuelo en los momentos difíciles de la vida.  Intercedemos por los liderazgos de la Iglesia, para que sean moldeados para acciones de bondad, misericordia y compasión en sus acciones y decisiones.  Intercedemos para que todas las personas sean valoradas con respecto y dignidad dentro de la iglesia y fuera de ella, para que haya señales de tu Reino entre nosotros.  Señales de civilización, justicia y respeto para con todas las creaturas  que integran tu enorme y diversa creación.
Moldéanos, oh Dios, para que difundamos señales de amor, esperanza y servicio en este mundo.     Moldéanos para que podamos ir al encuentro de las personas que sufren, de las enfermas, enlutadas, menospreciadas, injusticiadas, oprimidas y solitarias.  Moldéanos para que seamos siempre instrumentos de paz, amor y respeto promoviendo gestos de vida y comunión.
Te lo pedimos en nombre de Jesucristo, tu hijo amado.  Amén.

(Se por algún motivo, la Cena del Señor no es celebrada, se concluye la Oración General con el Padre Nuestro)

Canto:


LITURGIA DE LA CENA

Preparación de la Mesa:
L: Nuestras ofrendas en dinero son una señal de gratitud a Dios y de solidaridad para con las personas.  Ofrendando nos colocamos como barro en las manos del Alfarero y nos comprometemos con el servicio y la comunión con Dios y con el prójimo y con la prójima.  Las ofrendas de este culto están destinadas para….

En cuanto cantamos el canto _____ las ofrendas serán recogidas y los elementos de la Cena serán traídos al altar.

Canto:

L: Te alabamos Dios de bondad, por tu actuación amorosa en nuestra vida.  Te alabamos por las dádivas de tu creación, por las ofrendas aquí traídas, por el pan y el fruto de la vid presentes en esta mesa.  Te alabamos por tu amor que nos moldea y nos capacita para servirte.  Que la cena que aquí vamos a celebrar sea una señal concreta de la salvación que tu Hijo Jesucristo nos ofrece.  Que ella nos fortalezca en el testimonio de la verdadera comunión.
C: Amén.
L: El Señor esté con ustedes.
C: Y también con usted.
L: Elevemos nuestros corazones a Dios.
C: Al Señor los elevamos
L: Demos gracias al Señor nuestro Dios.
C: Esto es digno y justo.

Oración Eucarística
L: Oh Dios, Tu que nos moldeas y nos transformas; te rendimos gracias y loor por tu forma amorosa y acogedora de actuar.  Te alabamos porque llamaste a hombres y mujeres y confiaste a ellos y a ellas tu Misión de anunciar y propagar tu Reino de amor, bondad, justicia, respeto y cuidado.  Inscribiste a lo largo de la historia la ley del amor en los corazones humanos e hiciste con que tu pueblo te sirviera y fuera fiel a Ti y a tu querer.  Por eso, oh Dios, tu nombre exaltamos cantando:
C♪: Santo, Santo, Santo, mi corazón te adora.  Mi corazón sabe decir: Santo eres tú.

L: Alabado seas Dios de amor, por tu Hijo Jesucristo, que fue fiel a tu llamado y murió y resucitó por nosotros, por amor al mundo.  Él vino a salvarnos y motivarnos a actuar con señales de servicio, justicia, en diálogo y harmonía con nuestros hermanos y hermanas.

L: Jesucristo tu Hijo, que te sirvió hasta el fin, se reunión con sus compañeros y compañeras de caminada y en la noche en que fue traicionado, tomó el pan y habiendo dado gracias, lo dio a las personas allí reunidas, diciendo: Esto es mi cuerpo, que es dado por ustedes, haced esto en memoria de mí.  Por semejante modo, después de haber cenado, tomó también el cáliz y dijo: Este cáliz es la nueva alianza en mi sangre; haced esto todas las veces que bebieres en memoria de mí.

L: Derrama oh Dios de la vida, tu Espíritu de igualdad, fuerza y creatividad sobre nosotros, el mismo que enviaste a tus discípulos y discípulas, a los hombres y mujeres de la Reforma de la Iglesia y a todas las personas que por Ti fueron llamadas y moldeadas a lo largo de la historia.  Envía tu Espíritu de amor y transfórmanos para vivir en comunión.
C♪: Envía tu Espíritu, Señor, y renueva la faz de la tierra.

L: Recordamos Dios de amor, a las personas que sirvieron en tu Iglesia en las generaciones pasadas y en todos los tiempos, dejando marcas de renovación y testimonio de amor entre nosotros.  Reúnenos con ellas en la fiesta de la alegría en el Reino pleno de paz y justicia.

L: como el barro en tus manos, queremos hacer tu voluntad en este mundo, sirviéndote con alegría, coraje, sabiduría y fe, en la seguridad de que la ley del amor domina nuestras mentes, cuerpos y acciones.  A una sola voz, oramos como tu Hijo Jesucristo nos enseñó:

(Sigue como sugerencia la meditación sobre el Padre Nuestro escrito por Katharina Zell[3], en 1558. Puede ser leída en conjunto)

L: Nuestro Padre, que habita en el cielo
C: Él no es llamado de Señor o Juez sino de Padre.  Y desde que Él nos envió su Hijo y nosotros nacimos de nuevo, nosotros debemos llamarlo de abuelo también.  Él debe ser admirado también como una madre que supo de las aflicciones del nacimiento y el placer de amamantar.
L: Santificado sea tu nombre
C: Debemos abrazar eso con respeto, no solo por nuestro comportamiento, los otros abrazaron eso con reverencia.
L: Venga tu reino
C: Que reines en nuestros corazones, alma, cuerpo y consciencia.
L: Hágase tu voluntad
C: Sálvenos de murmurar contra cualquier cruz que reposa sobre nosotros.
L: El pan nuestro de cada día, dánoslo hoy
C: Bendice la labor de nuestras manos para que podamos hacer nuestra propia comida y también para los otros.  Danos del pan y del agua de cada día, del cual si alguien come o bebe nunca más tendrá hambre o sed.  Como los granos de trigo se vuelven un pan, que así nosotros podamos unirnos en Cristo, listos para enfrentar con Él la pobreza, dolor y vergüenza.
L: Perdona nuestras deudas
C: Líbranos de los resentimientos cuando somos calumniados y despreciados, como Cristo, que como una oveja que antes de ser trasquilada permanece muda y no abre su boca.
L: Líbranos de la tentación
C: De creer que nosotros fuimos verdaderamente perdonados mientras el rencor permanece y ante la tentación desesperadora de tu misericordia, olvidar que Pedro y María Magdalena fueron perdonados.
L: Líbranos de los demonios
C: Del hambre, de la guerra, escasez y enojo, aunque esta fuera tu voluntad.
L: Pues tuyo es el Reino
C: Cristo debe reinar en el cielo y en la tierra
L: Y el poder
C: Así mismo como liberaste a Israel, libéranos a nosotros.
L: Y la Gloria
C: Así como diste tu soplo para cada cosa que vive, porque tu gloria no tiene fin.
T: Para siempre Amén.

Saludo de la paz
L: Vamos a desear la paz de Cristo que moldea nuestro actuar, pensar y hablar, con un abrazo a nuestros hermanos y hermanas mientras cantamos:
C♪:

L
: El cáliz de la bendición por el cual damos gracias es la comunión en la sangre de Cristo.  El pan que partimos es la comunión en el cuerpo de Cristo.
C: Nosotros aun siendo muchos somos un solo cuerpo!

L: Venid pues todo está preparado. Participemos con alegría de la mesa de la comunión que nos une y fortalece en la misión de la Iglesia.

Distribución de la Cena

Oración Post-Comunión:
L: Dios de bondad, agradecemos por tu misericordia y acogida en tu mesa.  Renueva nuestra fe en la esperanza y en el amor y ayúdanos para que al salir de aquí, el cuerpo y la sangre de Jesucristo nos sustenten en la caminada como Iglesia que vive y celebra la comunión.  Moldea la vida de hombres y mujeres para un mundo solidario, justo y amoroso.  Es lo que te pedimos en nombre de Jesucristo, tu Hijo amado, nuestro salvador.
C: Amén.


LITURGIA DE SALÍDA

Anuncios

Canto Final

Bendición
Como barro en las manos del Alfarero, Dios te bendiga!
Como barro moldeado por el Alfarero, Dios te use!
Como vaso nuevo, Dios te revigore para el servicio del amor y alegría!
Como vaso de barro, Dios te moldee siempre para una vida de comunión!
Así te bendiga el Dios que te creó, te moldeó y te sustenta para ser vaso nuevo en tu casa, en la Iglesia, en la sociedad, en cualquier lugar donde estés.

Envío
Que el Dios eterno, creador y modelador de vidas nos guíe para servirlo con amor y alegría, hoy y siempre.  Un día muy bendecido y vayan en la paz del Cristo Resucitado, con la fuerza del Espíritu vivificador. Amén.

Postlúdio


Liturgia elaborada por la Pa. Cristina Scherer
São Francisco do Sul – Santa Catarina – Brasil
Uma iniciativa de la Red de Mujeres y Justicia de Género de las Iglesias Luteranas de América Latina y Caribe filiadas a FLM.





[1] A Peça Teatral “Memórias de Katharina” foi escrita pela Pa. Ms. Scheila dos Santos Dreher e está disponível no Portal Luteranos no endereço: http://www.luteranos.com.br/conteudo_organizacao/confessionalidade-luteranos-em-contexto/memorias-de-katharina

[2] del Libro: Katharina Von Bora – uma biografia, de Heloisa Gralow Dalferth, Editora Otto Kuhr, 2014, p.43-44.
[3] Para saber mais sobre Kathrina Zell veja matéria sobre “O Movimento da Reforma e a Participação das Mulheres” no blog: http://redemulheresluteranas.blogspot.com.br/p/estudo-biblico-teologico.html

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------



RELAÇÃO DAS MULHERES NA BÍBLIA


MULHERES NO NOVO TESTAMENTO

MARIA, mãe de Jesus, expressa solidariedade com o povo simples em seu cântico, Magnificat – Lucas 1.46-56.
ISABEL – que recebeu o Espírito Santo e identificou Jesus ainda na barriga de sua mãe – Lucas 1.39;45
ANA, profetisa que vivia no pátio do Templo Lc 2.36s
MARTA E MARIA – fazem parte do círculo de amizades de Jesus – Lucas 10.38-42
MARTA – fez uma confissão de fé a Jesus Cristo antes da ressurreição de seu irmão Lázaro (João 11.27), ela fez a mesma confissão que Pedro em Mateus 16.16: Tu és o Cristo. Pedro passou a ser lembrado e foi a pedra de edificação da igreja, Marta e sua confissão foram esquecidas.
Mulher que interroga Pedro – empregada da casa do grande Sacerdote Lc 22.56s
Mulher samaritana – Jo 4 – discute teologia com Jesus
Mulher sírio-fenícia- Mc 7.24-30 – faz Jesus mudar de idéia e pede a cura para sua filha
MARIA MADALENA – foi a primeira testemunha da ressurreição e recebeu a ordem de Jesus Cristo de ir e anunciar aos outros – João 20.1-23
PRISCILA e Áquila são uma dupla missionária, fazedores de tenda. O nome da mulher sempre aparece por primeiro denotando sua importância (At 18.20; 18.26-27; Rm 16.13; 1 Co 16.19; 2 Tm 4.19). A igreja se reunia em sua casa e Paulo os cita muitas vezes.
                                Ela é “sinergoi” COLABORADORA; TRABALHA JUNTO COM
SAFIRA e seu marido Ananias não foram exemplo de amor cristão e morreram por isso – Atos 5.1-11.
TABITA – discípula notável pelas boas obras e esmolas, é ressuscitada por Pedro – Atos 9.36-43
MARIA, MÃE de João Marcos, preside uma igreja em sua casa no início do cristianismo – Atos 12.1-17.
RODE, empregada da casa de Maria – Atos 12.13
LÍDIA, vendedora de púrpura, tem autonomia financeira e em sua casa reúnem-se pessoas cristãs, é uma líder da comunidade – Atos 16.11-15,40.
DÂMARIS – convertida em Atenas – At 17.34
A ESCRAVA PROFETISA -  At 16.16-18
AS PROFETISAS - filhas de Felipe: At 23.16-22
EVÓDIA E SÍNTIQUE – mulheres em conflito uma com a outra, Fp 4.2
LOIDE E EUNICE – avó e mãe de Timóteo, exemplos de fé citadas por Paulo – 2Tm 1.5
FEBE, diácona da igreja de Cencréia era protetora de Paulo – Romanos 16.1
Todas as mulheres que aparecem em Romanos 16 são exemplos de testemunho fiel no primeiro século do cristianismo: 
FEBE, PRISCILA, MARIA, JUNIA, TRIFENA, TRIFOSA, PÉRSIDE, JÚLIA.
MARIA DE BETÂNIA – unge os pés de Jesus com perfume e os seca com os cabelos – gesto profético para anunciar a morte de Jesus, ele não a critica, mas os discípulos sim – João 12.1-8.
CLOÉ e sua família, citadas pelo apóstolo Paulo, liderança na comunidade cristã – 1 Coríntios 1.11
NINFA É ÁFIA, colaboradoras na missão e líderes de comunidades em suas casas, Cl 4.15 e Fm 1.2
Mulheres seguidoras/discípulas de Jesus – MARIA MADALENA, JOANA, SUSANA E OUTRAS em Lucas 8.1-3; Lc 23.49; Lc 23.55-56; Mc 15.40; Mt 27.55-56

Mulheres curadas por Jesus:
Hemorroísa: Mc 5.21-23
Filha de Jairo: Lc 8.40-58
          Sogra de Pedro: Mc 1.29-31
          Mulher encurvada: Lc 13.10-17

Mulheres perdoadas por Jesus:
            Adúltera: Jo 7.53-8.11
            Pecadora: Lc 7.36-50

Mulheres elogiadas por Jesus:
Sua mãe: Mc 3.31-35; A mulher em Lc 7.44-46; A estrangeira: Mt 15.28; A mulher hospitaleira: Mt 26.10

Mulheres defendidas por Jesus:
Contra o adultério: Mt 5.27-32; Contra o divórcio: Mt 19.10-12; Contra o direito à livre opção pelo celibato: Mt 19.10-12

Mulheres atendidas por Jesus:
Viúva de Naim: Lc 7.11-17; Mulher cananéia: Mt 15.21-28 (faz Jesus mudar de posição)

Mulheres tomadas como exemplo de perseverança:
Viúva persistente: Lc 18.18

Mulheres admiradas por Jesus – exemplo de doação-serviço:             
Viúva pobre: Mc 12.41-44

Valorizada por Jesus – faz a mesma confissão que Pedro: 
Marta: Jo 11.27; Mulher samaritana – Jesus tem uma longa conversa com uma estrangeira - João 4.

Presentes no caminho do calvário: Lc 23.27-31

Presentes na hora da morte: Lc 23.48-49; Mt 27.55-56

Presentes no sepultamento: Lc 23.55-56; Mt 27.61

Primeiras testemunhas da Ressurreição: Jo 20.1-18; Mt 28.1-6; Lc 24.1-8; Lc 24.22-24

Anunciadoras da Ressurreição aos discípulos: Lc 24.9-11; Mt 28.7-10

Mulheres colaboradoras e amigas de Paulo: Rm 16.1-16

Mulheres consideradas com igualdade: Gl 3.28; Ef 6.9; 2Co 6.18

Mulher atormentada por causa de Jesus: mulher de Pilatos: Mt 27.19

Mulheres tratadas com desigualdade e discriminação na comunidade: 1 Co 11.2-16; Na vida doméstica: Ef 5.22-23; 1Pe 3.1-7;  Cl 3.18-19; No matrimônio: 1Co 7.1-9

Mulheres do lado da dominação:        
DRUSILA – mulher do governador: At 24.24-26;
BERENICE – mulher do Rei Agripa: At 25.13-25;
HERODÍADES – amante de Herodes, pede a cabeça de João Batista: Mc 6.17-29.


MULHERES NO ANTIGO TESTAMENTO

EVA – Seu nome em hebraico: EV = VIDA; a primeira mulher (a criação da mulher: Gn 2.21-25; a mulher e o mal: Gn 3.1-4; vitória sobre a serpente: Gn 3.15; mãe dos viventes: Gn 3.16)
SARA- mãe do povo – matriarca (Sara passa por irmã de Abraão Gn 12.12; Sarai estéril, oferece a escrava para Abraão Gn 16.1-16; Sarai – Sara: mãe de nações: Gn 17.15-22; Sara ri e não crê em si mesma: Gn 18.9-15, dá a luz a Isaac: Gn 21.1-7, morte de Sara Gn 23.1-20.
AGAR – sem direito a decidir sua vida – escrava – mãe de Ismael: Gn 16.1-16, expulsa com seu filho: Gn 21.8-20, fez a confissão: Tu és o Deus que vê - Gn 16.13
MULHER E FILHAS DE Ló: honra de mulher vale menos que a hospitalidade: Gn 19.30-39; mulher curiosa Gn 19.20; origem de moabitas e amonitas: Gn 24.1-67.
REBECA, esposa de Isaac: Abraão manda buscar uma esposa para Isaac Gn 24.1-67, Rebeca estéril, fica grávida, Gn 25.21; Gêmeos lutam no seio da mãe, Gn 25.2-28; Rebeca passa por irmã de Isaac Gn 26.1-11; Ajuda a passar a bênção de Esaú para Jacó Gn 27.1-40.
MULHERES ESTRANGERIAS de Esaú, amargura para os sogros Gn 26.34-35.
RAQUEL- esposa de Jacó. Jacó trabalha 14 anos por amor a Raquel, Gn 29.1-38; Raquel estéril, se torna fecunda Gn 30.1-3; 22-24; Raquel morre no parto Gn 35.16-20. Mãe de José e Benjamim.
LIA – outra esposa de Jacó, é desprezada, Lia é usada Gn 29.23-30; briga entre Lia e Raquel, ambas casadas com Jacó Gn 36.1-21. Gerou seis filhos e uma filha.
BILA e ZILPA – servas das esposas de Jacó, concubinas. Gn 29-30
DINÁ - raptada, é violentada Gn 34.1-5, os irmãos vingam a desonra Gn 34.6-31.
TAMAR – nora de Judá – casa com dois filhos de Judá Gn 38.6-11, obriga Judá a observar a lei e engravidou de gêmeos Gn 38;                                                                                                               
MULHER DE Potifar – Gn 39 - José foi assediado por parte da mulher do seu proprietário.José foi então enviado para a prisão do rei. Ali, tem José a oportunidade de interpretar os sonhos de dois outros prisioneiros, o que lhe habilitou a, dois anos depois, sair do cárcere. Potifar perde importância, e seu nome não é mais lembrado.
SIFRÁ E PUÁ – parteiras fiéis a Javé e seu povo defendem a vida contra a ordem do faraó Ex 1.15-19; Deus recompensa e multiplica o povo Ex 1.21.
MIRIAM - irmã de Moisés – ajuda a salvar a vida do irmão e encontra estratégias Ex 2.1-10; aparece com nome e título quando conduz as mulheres e o povo para louvor, canto e dança pela vitória do povo Ex 15.20-21; Miriam e Aarão reclamam contra Moisés sobre a liderança e somente ela é castigada – fica leprosa Nm 12.1-15, é lembrada ao lado dos irmãos como exemplo de liderança Mq 6.4.
JOCABED – mãe de Moisés, salva o filho pela esperteza Ex 2.1-6; ela mesma cria e educa o filho Ex 2.7-10.
ZÍPORA – mulher de Moisés. Moisés defende as mulheres Ex 2.16-17; “ganha” a sua mulher Ex 2.18-22, mesmo contra a vontade circunda seu filho Ex 4.24-26.
MACLA, NOA, HOGLA, MILCA, TIRZA, filhas de Zelofeade, defendem o patrimônio do pai falecido onde juntas, ajudam a cria uma lei que favorece as mulheres sobre o direito à terra - Nm 27.1-11.
RAABE – prostituta que ajuda a Israel, pela esperteza salva os espiões do povo Js 2.1-21 e ela mesma se salva com toda sua família Js 6.17; 23-25. Sem ela a missão secreta para derrubar os muros de Jericó teria sido frustrada.
ACSA – mulher prêmio, dada a Otoniel pelo pai Jz 1.12-23; pede fonte Jz 1.14-16.
DÉBORA – profetisa e juíza – age em Jz 4 e é respeitada pela sua ação e cântico Jz 5.
JAEL – mulher do quenita, acolhe e mata Sísera, general inimigo do povo Jz 4.17-22.
Mulher mata Abimelec, o usurpador, vergonha de ser morto por uma mulher Jz 9.52-55.
A FILHA DE JEFTÉ, vítima da promessa do pai, é sacrificada. Jz 11.29-40
MÃE de Sansão, estéril, anúncio do nascimento de Sansão Jz 13.1-25, mulher de bom senso Jz 13.23.
ESPOSAS DE Sansão, ele se apaixona por uma filistéia Jz 14.1-4, mulher chora no ombro de Sansão Jz 14.12-20, DALILA trai Sansão Jz 16.4-21.
CONCUBINA de um levita, sem nome, é entregue para salvar um hóspede, é violada e esquartejada. Jz 19.22-28
Mulheres para perpetuar a raça, virgens dadas aos benjaminitas Jz 21.8-14
RUTE E NOEMI – mulheres teimosas e inovadoras enfrentam dificuldades e recuperam leis importantes para a vida do povo Rute 1-4.
ANA, esposa de Elcana, Ana é estéril e FENENA a humilha, 1 Sm 1.1-7, Ana triste, clama a Deus 1 Sm 1.9-18, dá a luz a Samuel e consagra seu filho Samuel. 1 Sm 1.19-28, cântico de ANA 1 Sm 2.1-11.
PENINA, outra esposa de Elcana, gerou 10 filhos. 1Sm 1-2
Mulher de Fineias – susto para dar à luz 1 Sm 4.19-20
MULHERES de Davi – celebram as vitórias 1 Sm 18.6-7;
MERABE e MICAL usadas como armadilhas, são filhas do rei Saul; 1 Sm 18.17-29; Saul tira Mical de Davi e a dá a Palti 1 Sm 25.44, Davi toma Mical de volta 2 Sm 3.13-16. Mical despreza Davi e não tem mais filhos - 2 Sm 6.2;  Davi compra suas concubinas 2 Sm 20.31.
ABIGAIL – mulher sábia, coloca-se a favor de Davi 1 Sm 25.2-42; casa-se com Davi 1 Sm 25.40-42
AQUINOAM de Israel, é mulher de Davi ao mesmo tempo que Abigail 1 Sm 24.43
Mulher necromante consultada por Saul, ela expõe sua vida por Saul 1 Sm 28.7-26
BATESEBA – esposa de Urias é roubada por Davi, Davi manda matar Urias para ter Bateseba 2 Sm 12.15-23, Bateseba entra na conspiração palaciana 1 Rs 1.11 e perde no meio das intrigas 1 Rs 2.3-25.
TAMAR, irmã de Absalão, violentada por Amon, filho de Davi, 2 Sm 13.1-18.
Mulher de Técua, reconcilia Davi e Absalão, com habilidade 2 Sm 14.1-24.
RISPA, mulher de Saul, protege os corpos dos filhos enforcados contra os urubus – 2Sm 21.1-14
ABISAG, jovem ela de Sunar, serve ao rei, Salomão a nega a Adonias; 1Rs 1.3-4;  2.13-25
MULHERES de Salomão, filha do faraó do Egito 1Rs 3.1; mil mulheres 1Rs 11.1-13
RAINHA de Sabá, visita o rei Salomão 1 Rs 10.1-13
Mulher de Jeroboão, intercede pelo filho doente 1 Rs 14.1-18
Viúva de Sarepta – partilha o que tem com o profeta Elias e vê o filho ressuscitado 1 Rs 17.17-24
JEZABEL – esposa do rei Acaz, é perspicaz, persegue Elias 1 Rs 19.1-2, com intrigas mata Nabote e fica com sua vinha 1 Rs 21.1-26, morre tragicamente 2 Rs 9.30-37.
Viúva ajudada por Eliseu, pede e recebe ajuda do profeta 2 Rs 4.1-7.
SUNAMITA acolhe o profeta Eliseu 2 Rs 4.8-13 e é recompensada 2 Rs 4.14-37.
ATALIA – rainha de Judá, mulher terrível, RS 11.1- 6.
HULDA – a profetisa, opõe-se a Reforma de Josias, com sua sabedoria e seus dons proféticos teve a capacidade de ensinar tanto ao povo simples como aos reis poderosos 2 Rs 22.11-20.
ESTER – mulher que enfrenta o palácio; por sua solidariedade com seu povo, foi uma governante sábia – livro de Ester
VASTI – não aceitou a idéia de que as mulheres deveriam se submeter aos maridos e cumprir todas suas vontades – Ester 1.2-22.
BEM AMADA – livro Cântico dos Cânticos

Mães dos Reis – aparece o nome de quase todas.

Casamentos mistos – ruptura de matrimônios estrangeiros – Ed 9.1-15

Sabedoria personificada como mulher – Pv 9.1-18; 31; 13.3

Mulher de Isaías – profetisa – Is 8.1-4;  

Mulheres de profetas – Ez 24.18; Os 1.3

Deus como mãe que não esquece seus filhos – Is 49.15

Amor de Deus para com o povo é como amor de alguém se inclina para dar de comer aos filhos e lhes ensina a andar – Imagem maternal de Deus – Oséias 11.1-4

Jerusalém comparada com mulheres – Ez 16.44-63;  

Visão de mulheres – Zc 5.5-11



Credo da Mulher  (Rachel C.Wahlberg)

Creio em Deus, que criou a mulher e o homem a sua imagem, que criou o mundo e recomendou aos dois sexos o cuidado da terra.
Creio em Jesus, Filho de Deus, eleito de Deus, nascido de uma mulher, Maria, que escutava as mulheres e as apreciava; que morava em suas casas e falava com elas sobre o Reino; que tinha mulheres discípulas, que o seguiam e o ajudavam com seus bens.
Creio em Jesus, que falou de teologia com uma mulher, junto a um poço, e lhe revelou, pela primeira vez, que ele era o Messias, que a motivou a ir e contar as grandes novas na cidade.
Creio em Jesus, sobre quem uma mulher derramou perfume, em casa de Simão; que repreendeu aos homens convidados que a criticavam.
Creio em Jesus, que disse que essa mulher seria lembrada pelo que havia feito: servir a Jesus.
Creio em Jesus, que curou a uma mulher, no sábado, e lhe restabeleceu a saúde porque era um ser humano.
Creio em Jesus, que comparou Deus com uma mulher que procurava uma moeda perdida, como uma mulher que varria, procurando a sua moeda.
Creio em Jesus, que considerava a gravidez e o nascimento com veneração, não como um castigo, mas como um acontecimento desgarrador, uma metáfora de transformação, um novo nascer da angústia para a alegria.
Creio em Jesus, que se comparou a galinha que abriga os seus pintinhos debaixo das suas asas.
Creio em Jesus, que apareceu primeiro à Maria Madalena, e a enviou a transmitir a assombrosa mensagem "Ide e contai...".
Creio na universalidade do Salvador, em quem não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher, porque todos somos um na salvação.
Creio no Espírito Santo, que se move sobre as águas da criação e sobre a terra.
Creio no Espírito Santo, o espírito feminino de Deus, que nos criou, e nos fez nascer, e qual uma galinha nos cobre com suas asas. Amém!


SALMO DE MULHER

Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim.
De fato, acalmei e tranqüilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.
Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, desde agora e para sempre!



 Listagem organizada pela Pastora Cristina Scherer - IECLB.









Nenhum comentário:

Postar um comentário