sábado, 10 de outubro de 2015

Una Reforma en continuidad desde las Mujeres

Una Reforma en continuidad desde las Mujeres

Luteranas Celebrando los 500 Años de la Reforma

Rio Grande do Sul/BRASIL (LWI) – Después de una profunda conversación entre mujeres de la OASE (Orden Auxiliadora de Señoras Evangélicas) de la Iglesia Evangélica de Confesión Luterana en el Brasil (IECLB), la Dirección Nacional decidió confeccionar camisetas con la foto de Catarina von Bora a fin de promover una reforma más inclusiva y el rol de Catarina durante la Reforma.
Las camisetas llevarán el lema “Luteranas celebrando los 500 Años de la Reforma”, decisión que fuera tomada  en la reunión de la Dirección Nacional de la OASE. “El Directorio de la OASE ya estaba pensando en un encuentro nacional de mujeres luteranas para el 2017. La idea de la camiseta surge como una posibilidad para las mujeres de recaudar recursos para participar de ese encuentro que se llevará a cabo los días 17 al 19 de Marzo del 2017 en Foz de Iguazú. Paraná” indica la Reverenda Rosangela Stange – Coordinadora de Género, Generaciones y Etnias en la IECLB.
El objetivo que el Directorio Nacional de la OASE tiene es contar con alrededor de dos mil a dos mil quinientas mujeres Luteranas de todo el Brasil y de otros países de América Latina y el Caribe en el encuentro nacional el 2017.
La OASE viene desarrollando visitas a los diferentes Sínodos de la IECLB con el objetivo de conocer más y sentir lo que sucede en el día a día. La OASE recuerda también que de la mesa y cocina de Catarina hay un potencial para dar a conocer su historia, saliendo del silencio y hacer de Catarina más visible.
“Estamos preparando la celebración de los 500 Años de la Reforma. Catarina con su forma de ser emprendedora mostró un ejemplo de Iglesia amorosa, una iglesias diaconal, una iglesia en el camino que ocupa su tiempo en el amor al prójimo. Ella se coloca al servicio de otras personas y coloca su casa a disposición acogiendo a personas en todas sus necesidades de la época. Hoy motivadas por Catarina von Bora, una mujer o muy recordada ni oída o conocida,  queremos mostrar la fe y el coraje de quien tuvo una valiosa contribución en el movimiento de la Reforma” indica la noticia del 28 de Setiembre “Katharinas” Visitando el Sínodo del Amazonas.

Metodología en la Mesa con Catarina

Catarina von Bora es un símbolo de motivación para muchas mujeres de las iglesias Luteranas en América Latina y el Caribe por ser símbolo de un movimiento que continúa hasta hoy.
La metodología a mesa con Catarina es una actividad del programa “Mujeres en Movimiento: de Wittenberg a Windhoek “(WMWW) cuyo objetivo es celebrar el liderazgo y la participación de las mujeres en la continua reforma. Esta actividad busca que las mujeres en diferentes iglesias y contextos puedan “compartir ideas, debates, propuestas innovadoras y también la comida alrededor de una mesa. Comer juntas//s en la mesa nos recuerda que las mujeres se están moviendo desde el acto de servir a la mesa para participar en la mesa”, como indica el documento.
La idea viene del concepto “cena de las mujeres” (Frauenmahl) donde se tiene la oportunidad única de encontrarse para discutir temas relevantes a sus iglesias, sus experiencias de vidas, y sus contextos, afirmando así espacios de convivencia. El acto de escucha cuidadosa, comer juntas, compartir dolores a alegrías es ya en sí, una forma de reformar a las congregaciones y comunidades porque implica una tarea de cuidado mutuo.
La Metodología En la Mesa con Catarina “es un espacio para reflexionar sobre el liderazgo y empoderarse mutuamente como parte del movimiento de mujeres hacia la celebración de los 500 Años de la Reforma” indicó la Revda. Dra. Elaine Neuenfeldt – Secretaria para Mujeres en la Iglesia y Sociedad en las Oficinas de la Comunión/FLM.
Red de Comunicaciones LAC
https://americalatinacaribe.lutheranworld.org/es/content/una-reforma-en-continuidad-desde-las-mujeres-4-0

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

MULHERES DA REFORMA: Árgula de Crumbach

MULHERES DA REFORMA

Árgula de Grumbach

            Quando completou 10 anos, em 1502, seu pai presenteou-a com uma Bíblia. Era mulher; sabia ler e escrever. Não leu o livro, por ordem de seu confessor. Havia o temor de que pensasse “bobagens”. Na época havia muitos que estavam a se desencaminhar. Jovem ainda, Árgula de Stauff vem a ser dama de companhia da duquesa Kunigunde, em Munique, mulher de muita oração. Em 1509, seus pais morrem, vitimados pela peste. Por volta de 1516, casa-se com nobre da Francônia, Frederico de Grumbach.
            A localidade é pequena, mas Árgula não está isolada do mundo. Espalatino, secretário de Frederico da Saxônia, protetor e amigo de Lutero, envia-lhe relação de todas as obras alemãs do reformador. Speratus, autor do hino Chegou a nós a salvação (HPD 156), faz chegar, em 1522, carta de Árgula às mãos de Lutero. Entrementes, Árgula releu tantas vezes a Bíblia dada pelo pai que se torna grande conhecedora de seu texto e viu a verdadeira luz brilhar. Da Bíblia lhe vem tal certeza de fé que afirma que, mesmo que Lutero negasse suas convicções, ela não o faria, pois não me baseio em sua, minha ou outra razão, mas na verdadeira rocha, Cristo. Suas posições estão baseadas na convicção adquirida na leitura da Bíblia e logo se manifestarão em público.
            Seu irmão Marcelo, estudante em Ingolstadt, informa-a sobre tendências presentes na Universidade. Os duques bávaros publicam, em 1522, edito contra novas correntes religiosas, mas os estudantes liam Erasmo e as idéias de Wittenberg se faziam presentes. Um franciscano afirmava que a ceia devia ser recebida sob ambas as espécies, o professor de grego, João Agrícola, correspondia com o pregador Osiander, em Nürnberg. Em 1523, o Arsácio Seehofer, ex-aluno de Melanchthon, se confessa culpado de haver lido as cartas de Paulo, sob a orientação de Meleanchthon e de Atanásio (295-373)!! Sob tortura, nega suas convicções e é aprisionado em um mosteiro bávaro. Árgula chora. Tudo está a acontecer próximo a ela. Os homens, que defendem as mesmas convicções de Arsácio, silenciam. Ela, então, escreve carta ao Reitor e aos professores de Ingolstadt, cita Mateus 10.32 e Lucas 9.26 e, baseando-se na autoridade de seu batismo, pergunta: Mostrai-me, senhores professores, onde se encontra na Bíblia, que Cristo ou seus apóstolos tenham encarcerado, queimado ou assassinado ou banido alguém... Não vos escrevi lero-lero de mulher, mas a Palavra de Deus, como membro da Igreja cristã, ante a qual as portas do inferno não prevalecerão. No mesmo dia, envia carta ao duque Guilherme, em Munique. Sua carta à Universidade foi impressa e divulgada. O chanceler da Universidade oficia ao esposo de Árgula, mandando que cale a boca, pois segundo prática cristã é proibido às mulheres ensinar na Igreja. Espalham-se boatos. Um pregador refere-se a Árgula como “cadela herética” que segue o espírito de Lutero. Um primo sugere a seu marido, após este haver perdido seus cargos, que ela seja emparedada. Ela responde que já está a sofrer o bastante sob sua tutela, mas que isso não a afastará da fé de seus pais. Gente simples a defende, os professores universitários a atacam. Por fim, Lutero também intervém, pois todos os porcos bávaros passaram a freqüentar a escola de Ingolstadt e lá se tornaram mestres e professores da Universidade.

            Anos depois, Arsácio foge do mosteiro e se torna pregador em Württemberg. Os parentes de Árgula mudam de opinião, alguns se tornam luteranos. Ainda assim, ela não se cansa de escrever. Exerce o Sacerdócio de todos os crentes. Sua própria situação não melhora. Ainda em 1528, Lutero envia carta de Árgula a Espalatino, na qual relata toda a sua dor. Nos anos em que as primeiros fogueiras queimam simpatizantes da Reforma, Árgula está a educar seus filhos. Em 1530, durante a dieta de Augsburgo, visita Lutero na fortaleza de Corburgo. Neste mesmo ano, faleceu seu esposo. Tornou a casar, mas o segundo esposo, evangélico, falece em pouco tempo. Em 1563 é presa pela segunda vez sob a acusação de haver levado pessoas a abandonar a antiga fé. Tem, então, 70 anos. Sai, ainda, da prisão e falece cinco anos mais tarde, em 1568. Não sabemos onde foi sepultada. Só podemos mirar-lhe a fé. 

Autoria: Martim N. Dreher

MULHERES DA REFORMA: Elizabeth de Brandenburg

MULHERES DA REFORMA

ELIZABETH DE BRANDEBURG

Fugir por causa da fé

Nos últimos 500 anos, muita gente teve que fugir por causa de sua fé e para poder preservá-la. Essas pessoas ajudaram-nos a conquistar direito que se tornou inegociável para a humanidade: o direito de escolha, de opção. Para que isso fosse possível, muitos perderam sua vida, seus bens, romperam laços familiares. Quem tem sobrenome como Zerbien ou Trebien lembra os evangélicos que tiveram que deixar Salzburgo, na Áustria, por causa de sua fé. Quem assina Ravache, Toillier, Dupont, Devantier, Quinot nos faz lembrar a noite de São Bartolomeu, na qual milhares de cristãos evangélicos franceses foram assassinados por causa de sua fé ou, sobrevivendo, tiveram que emigrar. Cristina, rainha da Suécia, teve que renunciar ao trono e viver na Itália, quando se converteu da fé evangélica para o catolicismo.
Pouco conhecida é a vida de Elisabeth, princesa de Brandenburgo. Elisabeth nasceu na Dinamarca, filha do rei João II e da rainha Cristina. Era sobrinha de Frederico, o Sábio, príncipe-eleitor da Saxônia, o grande protetor de Lutero. Aos 17 anos, em 1502, casou com Joaquim I, príncipe-eleitor de Brandenburgo, e tornou-se mãe de cinco crianças. Seu marido tornou-se ferrenho adversário da causa evangélica, juntamente com seu irmão, o Cardeal Alberto de Mainz. Dificuldades no matrimônio, no qual amor e fidelidade haviam desaparecido, e a busca por consolo fizeram-na aproximar-se do movimento de reforma que vinha da atividade e da pregação de Lutero, em Wittenberg. Mesmo assim, não propalou, de imediato, as convicções que vinham da boa notícia do evangelho que anuncia que Deus aceita incondicionalmente a pessoa, por graça. Queria evitar o rompimento com o esposo. As perseguições ordenadas por Joaquim I a adeptos da reforma causaram-lhe conflitos interiores. Por fim, na ausência do esposo, pediu que o pregador evangélico lhe ministrasse a santa ceia sob ambas as espécies, alcançando-lhe também o cálice. Ao saber do fato, Joaquim temeu que a reforma, por causa “do mau exemplo” de sua esposa, viesse a se espalhar pelo território de Brandenburgo. Invadiu os aposentos da esposa, dirigiu-lhe palavras violentas e, por fim, ameaçou lançá-la na prisão e ali algemá-la. Temendo que a ira do rei contra sua pessoa pudesse ser transferida para a gente simples que aceitara a fé evangélica e temendo que o rei perseguisse também os pastores, resolveu deixar o território onde era rainha. Na noite de 25 para 26 de março de 1528, vestindo roupas de camponesa, acompanhada por uma camareira e por dois ajudantes de ordem, deixou o território num carro de bois. Foi acolhida por João da Saxônia, seu primo. Anos antes, diversas monjas de Cistér haviam fugido de seu mosteiro, também em uma carroça, acondicionadas em barricas de peixe. Entre elas estava Catarina von Bora, desde 1525 esposa de Lutero. Elisabeth permaneceu neste exílio, por vezes enfrentando necessidade, até a morte do esposo, em 1535. De imediato, seus filhos a trouxeram de volta ao território. Quatro anos mais tarde, seu filho Joaquim II, acompanhado de toda a corte, e na companhia da mãe, receberia em Spandau, hoje um subúrbio de Berlim, a santa ceia sob ambas as espécies, das mãos do bispo de Brandenburgo, Mathias von Jagow. Com este ato, a reforma estava introduzida no território de Brandenburgo. No dia seguinte, agora na catedral de Berlim, seria novamente celebrada a santa ceia segundo rito evangélico.
Elisabeth viveria até o fim de sua vida, 9 de junho de 1555, em Spandau. Em sua residência celebravam-se, diariamente, cultos evangélicos, nos quais muitas vezes leu o evangelho ou o sermão do Livro de Pregações, elaborado por Lutero. Foi, assim, uma das primeiras mulheres luteranas a assumir funções pastorais. Seus descendentes governariam a Alemanha até o final da primeira guerra mundial. Lutero designava-a de “minha querida comadre”, o que está a indicar que deve ter sido madrinha de uma de suas crianças.


Autoria: Martin N. Dreher